Enegenhara E Tecnologia

Em todas as pesquisas que fiz, percebi que no Brasil falta engenheiros qualificados para exercício da profissão, culminando com escassez no mercado de trabalho. A percepção de escassez de engenheiros qualificados no Brasil ocorre porque o setor industrial brasileiro espera que esses profissionais apresentem competências pessoais que transcendam o raciocínio objetivo e quantitativo tradicional dos cursos de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), conforme dados da CNI (Confederação Nacional da Industria).

Há quem diga que o problema é falta de experiencias dos profissionais, pois, as empresas preferem contratar engenheiros experientes com salários acima do teto. Nesse cenário os novos engenheiros procuram alternativas para entrar no mercado de trabalho.

A realidade é que países em desenvolvimento precisam de mais engenheiros por estarem realizando maior número de mega projetos de infraestrutura, os países em desenvolvidos possuem maior demanda de engenheiros do que países que já possuem uma malha viária concluída, por exemplo. a realidade das estradas nacionais demandam maior cuidado e investimentos recorrentes, os quais geram maior gerenciamento e supervisão dos profissionais da engenharia, realidade se estende para as ferrovias, portos, fábricas e edifícios por fazer e etc.

Outra discussão muito constante e que o Brasil perde na formação de novos engenheiros até mesmo de outros países, emergentes. Anualmente, graduam-se em engenharia 30 mil brasileiros. Na Coreia do Sul, 80. E na China, são 400 mil novos profissionais especializados em engenharia, todos os anos.

Além de poucos, o Brasil forma engenheiros em especialidades muito similares. Claro que nos últimos anos houve avanços em relação ao numero de concluintes em engenharia no Brasil, exemplo, Bahia era de 0,27 na década de 2000, hoje supera 1,28. O sudeste é a região que mais formam e onde tem a maior concentração de engenheiros por habitante.

A comparação com médias internacionais pode ajudar a fornecer uma estimativa da situação do Brasil em relação a outras nações, bem como verificar se os indicadores brasileiros estão dentro das expectativas.

Nos países da OCDE há uma média de 26 engenheiros 10 diplomados para cada mil habitantes, enquanto que, no Brasil, existem pouco mais de 3 engenheiros diplomados por cada 1.000 habitantes. Na OCDE, dados do Relatório Europeu de Engenharia (2009-2012) indicam uma média de 11 engenheiros atuantes no mercado de trabalho a cada mil habitantes. Nos Estados Unidos, este número chega a 9, enquanto no Brasil há menos de 2,3.