Ensaios mecânicos

Ensaios Mecânicos

   De acordo com SOUZA  a determinação das propriedades mecânicas de um material metálico é realizada por meio de vários ensaios. Geralmente esses ensaios são destrutivos, pois promovem a ruptura ou a inutilização do material. Existem ainda os ensaio chamados não-destrutivos, utilizados para a determinação de algumas propriedades físicas do metal, bem como detectar falhas internas do mesmo. Na categoria dos ensaios destrutivos, estão classificados os ensaios de tração, dobramento, flexão, torção, fadiga, impacto, compressão entre outros. O ensaio de dureza, que, embora possa em certos casos, não inutilizar a peça ensaiada, também esta incluído nessa categoria. Dentre os não-destrutivos, estão os ensaios como raio-X, ultra-som, Magnaflux, elétricos e outros.

   A escolha do ensaio mais interessante ou mais adequado para cada produto metálico depende da finalidade do material, dos tipos de esforços que este material vai sofrer e das propriedades mecânicas que se deseja medir. Em geral, existem especificações para todo tipo de produto metálico fabricado e nestas especificações constam os ensaios realizados para saber se o material esta em conformidade com a finalidade proposta. Dois fatores determinantes para a realização para um dado tipo de ensaio mecânico são a quantidade e o tamanho das amostras a serem coletadas.

ENSAIO DE TRAÇÃO

   A facilidade de execução e a reprodutividade dos resultados tornam o ensaio de tração o mais importante de todos ensaios. A aplicação de uma força no corpo sólido promove uma deformação no material na direção do esforço, este consiste em submeter um material a um esforço que tende a esticá-lo ou alongá-lo. Geralmente o ensaio é realizado num corpo de prova de formas e dimensões padronizadas,para que os resultados obtidos possam ser comparados,ou se necessário reproduzidos. Este corpo de prova é fixado na máquina que aplica esforços crescentes na sua direção axial, sendo medida as deformações correspondentes por intermédio de um aparelho como o extensômetro. Os esforços são medidos na própria máquina e o corpo de prova é levado até a sua ruptura (SOUZA,1982).

  Com esse tipo de ensaio pode-se afirmar que praticamente as deformações promovidas no material são uniformemente distribuídas em todo seu corpo, pelo menos até ser atingida uma carga máxima próxima do final do ensaio é possível fazer com que a carga aumente em uma velocidade rezoavelmente lenta durante todo o teste. A uniformidade de deformação permite ainda obter medições precisas de variação  dessa deformação em função da tensão aplicada.

   A uniformidade de deformações termina no momento em que é atingida a carga máxima suportada pelo material, quando começa a aparecer o fenômeno de estricção da secção do corpo de prova, nos casos de metais com certa ductibilidade. A ruptura sempre se dá na região estrita do material, a menos que um defeito interno no

ENSAIO DE DOBRAMENTO

 O ensaio de dobramento fornece uma indicação qualitativa da ductibilidade do material. Por ser um ensaio simples, é muito utilizado nas industrias e laboratórios, constando mesmo na especificação de vários países. O ensaio de dobramento comum não determina nenhum valor numérico havendo porém variação do ensaio que permite obter valores de certas propriedades mecânicas do material.

   Segundo (SOUZA,1982) o ensaio consiste em dobrar um corpo de prova de eixo retilíneo e secção circular, tubular, retangular ou quadrada assentado em dois apoios afastados a uma distancia especificada, por intermédio de um cutelo, que aplica um esforço deflexão no centro do corpo de prova até que seja atingido um angulo de dobramento α  especificado. A carga na maioria das vezes não precisa ser medida, o cutelo tem um diâmetro D que varia conforme a severidade do ensaio, sendo também indicado nas especificações geralmente em função do diâmetro do corpo de prova. Quanto menor o diâmetro do cutelo, mais severo é o ensaio.