Era Dos Extremos

01- A era dos extremos se estendeu de 1914 até 1991, sendo que esta pode ser subdividida em 3 eras, a era do ouro (1950-1960), a Era das catástrofes (1914-1950) e o desmoronamento (1970-1991). O século XX foi chamado de Era dos extremos, pois este período foi o período da história mais marcado pelas ciências naturais, contudo foi também o que a sociedade se sentiu menos a vontade, criando assim o paradoxo do século XX.

02- Na era das catástrofes, temos a ocorrência de várias guerras e o trunfo do fascismo, fizeram com que se encerrasse a ciência eurocêntrica, assim como vários cientistas europeus que fugiram da Europa por motivos políticos e foram então drenados por países ricos por motivos econômicos. Temos a consolidação da união das repúblicas socialistas soviéticas, pela crise de 1929 e o descrédito das democracias liberais. Na Era do Ouro: temos a guerra fria, estabilização capitalista, avanços econômicos, grande número de cientistas. O desmoronamento vem com a desaceleração econômica, colapso do socialismo soviético em 1983 e os problemas, miséria versus luxo. Temos a crise do petróleo (1973 e 1979), pois a dependência do mundo com este produto era enorme, desestabilizando a economia mundial. Há, portanto, tanto desmoronamento dos sistemas políticos quanto do sistema econômico.

03- O problema entre a ciência e a sociedade é que as tecnologias em que se baseavam as descobertas e teorias eram muito distantes do mundo do cidadão comum, fosse pela linguagem ou pela ausência de conhecimentos básicos e avançados. Assim, apenas uma pequena parcela da sociedade podia enxergar as aplicações práticas, e inclusive esta parcela de “cientistas” pode ter se tornado tão especialista em determinado assunto que precisava cada vez mais se comunicar com os outros ramos da ciência através de publicações, fosse lendo ou apresentando seus trabalhos. Os célebres cientistas faziam publicações populares para que uma grande parte da população conhecesse as novas descobertas. Um exemplo foi quando houve a descoberta da fusão nuclear pelo físico alemão Otto Haln, em que mesmo cientistas do ramo como Niels Bahr acreditava que essa descoberta teria uma aplicação prática. Com a Segunda Guerra Mundial, vários pesquisadores de laboratório passaram a pesquisar com intenção de colocar suas invenções na prática, e esse fato incentivou o pioneirismo cientifico. Muitas das tecnologias que surgiam para o uso diário passaram a requerer menos conhecimentos específicos por parte de quem iria operar, como exemplo temos os caixas dos supermercados. O medo de que a falta de conhecimento influenciasse era alimentado diariamente, pois a ciência era vista como incompreensível, de que as conseqüências práticas e morais eram imprevisíveis e provavelmente catastróficas, que a ciência desamparava o indivíduo e o povo em geral.

...