Escola de Engenharia Industrial e Metalúrgica de Volta Redonda
Por: Lucas Pinho • 4/7/2021 • Trabalho acadêmico • 2.290 Palavras (10 Páginas) • 173 Visualizações
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Universidade Federal Fluminense
Escola de Engenharia Industrial e Metalúrgica de Volta Redonda
Departamento de Engenharia Mecânica (VEM)
Relatório 3:
Ensaio de Tração.
Alunos:
Hannah Corrêa de M.M. Thomaz
Suellen do Nascimento A. Vieira
Gabriel Henrique do V. V. Amado
Bernardo A. Monteiro
Mariana Baêsso
Volta Redonda,
2019
Sumário
- Introdução
- Objetivo
- Revisão Bibliográfica
- Materiais e Métodos
- Ensaio de Tração
- Caracterização do Ensaio
- Resultado e Discussão
- Conclusão
- Bibliografia
1. Introdução:
Neste experimento observaremos um ensaio de tração, que consiste em aplicar uma força uniaxial a um corpo de prova de aço galvanizado, deformando-o até o momento de sua fratura. Como resultado de um ensaio de tração, obtém-se um diagrama Tensão x Deformação e com isso, características e propriedades importantes do material ensaiado.
2. Objetivo:
Realizar um ensaio de tração e analisar os dados coletados a fim de se conhecer as propriedades mecânicas do material do corpo de prova.
3. Revisão Bibliográfica:
O ensaio de tração é a metodologia mais utilizada para a análise das propriedades mecânicas dos materiais. Isso porque é simples na sua aplicação e eficiente na coleta de informações sobre o material. Consiste na aplicação de uma carga uniaxial trativa crescente em um corpo de prova, coletando-se as informações da carga aplicada e sua respectiva deformação. No Brasil, os corpos de prova são padronizados de acordo com a norma MB-4 da ABNT que define formatos específicos, ou seção circular ou de seção quadrada. É utilizada a máquina universal de ensaios para sua realização e pode ser aplicado em todas as classes de materiais (metais, cerâmicos, polímeros, etc).
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Figura 1: corpo de prova de seção circular;
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Figura 2: corpo de prova de seção retangular;
Do ensaio é retirada a informação da tensão, que é o valor da força aplicada dividido pela área da seção transversal da peça, e a deformação, que é o quanto o comprimento da peça aumentou quando submetido à carga. Com isso é elaborado um gráfico relacionando essas duas variáveis e, dessa forma, pode-se observar o comportamento do material quando submetido a um esforço trativo. Na curva gerada é possível observar algumas regiões onde o material possui comportamentos específicos, significando diferentes fases do processo de deformação.
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Figura 3: exemplo do gráfico Tensão x deformação;
Região de comportamento elástico: parte que representa o comportamento do material quando submetido a cargas de baixa magnitude. Nessa etapa o material se deforma de maneira proporcional à tensão aplicada, de acordo com a Lei de Hooke, , sendo que E representa o módulo de elasticidade. Enquanto a tensão aplicada não superar o limite de escoamento, as ligações químicas não irão se romper e, com isso, as mudanças nas dimensões da peça não serão permanentes. [pic 5]
Região de deslizamento de discordâncias: a partir dessa região, as deformações ocorridas serão permanentes, uma vez que a peça estará sofrendo os efeitos da deformação plástica. Essa etapa é caracterizada pela movimentação das discordâncias, defeitos no empilhamento dos átomos na estrutura, pela rede cristalina e pelo rompimento sucessivo das ligações químicas.
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Figura 4: representação de uma discordância;
Região de encruamento uniforme: com a deformação plástica, o número de discordâncias é multiplicado e se concentram nos contornos dos grãos, com isso, uma começa a impedir a movimentação da outra assim elevando a resistência do material à tensão aplicada, esse fenômeno é conhecido como encruamento ou aumento de resistência a frio.
Região de encruamento não-uniforme: é a última etapa do processo de deformação e é caracterizado pelo surgimento e coalescência de trincas no material e pelo fenômeno de estricção, diminuição da área da seção transversal do material devido à constância do volume da peça.
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Figura 5: representação do fenômeno da estricção;
3.1. Limite de Proporcionalidade
O limite de proporcionalidade é definido como a tensão máxima até a qual a curva de tensão x deformação tem um comportamento linear. Em geral, é coincidente com o limite de escoamento. Ele indica a transição do regime elástico para o regime plástico. O limite de proporcionalidade pode ser identificado no gráfico pelo ponto onde a curva de tensão x deformação deixa de ser linear, porém para alguns materiais essa mudança de comportamento da curva é imperceptível. Para esses casos, utiliza-se o método offset, que consiste em traçar uma linha paralela a região linear da curva, partindo de uma deformação de 0,2% () e o limite de proporcionalidade é, então, definido pelo valor de tensão no ponto interseção dessa reta paralela com a curva de tensão x deformação. Para alguns materiais, a curva pode apresentar uma região de variação de tensão na transição para a região plástica. Para esses materiais é identificado o limite de proporcionalidade superior e o limite de proporcionalidade inferior, e o limite de proporcionalidade é determinado pela média entre esses dois. [1][pic 8]
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Figura 6: Exemplo de obtenção do limite de proporcionalidade;
3.2 Módulo de elasticidade
O módulo de elasticidade, também conhecido como Módulo de Young, pode ser entendido como a medida da rigidez de um material e está relacionado com as forças de ligação interatômicas. Ele pode ser obtido através da Lei de Hooke, que é válida, apenas, para a região elástica (linear) da curva de tensão x deformação. A equação (1) expressa o cálculo do módulo de elasticidade a partir da Lei de Hooke. [1]
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