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Etica E Moral

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Por:   •  2/12/2014  •  5.217 Palavras (21 Páginas)  •  818 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existe há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, mas esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas: Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano, já Ética, define-se como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social”.

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência.

Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.

A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitos, voluntariamente.

Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma realidade.

Conceito de ética

A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Assim, a priori, podemos dizer que a ética se dá pela educação da vontade. Segundo Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), a filosofia moral ou a disciplina denominada ética nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Isto é, nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa, isto é, o senso moral e consciência moral individuais. Segundo Chauí, podemos dizer que o Senso Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a dos outros segundo ideias como a de justiça, injustiça, bom e mau. Trata-se dos sentimentos morais. Já com relação à Consciência Moral, Chauí afirma que esta, por sua vez, não se trata apenas dos sentimentos morais, mas se refere também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros. Isso significa ser responsável pelas consequências de nossos atos.

A importância da ética na sociedade

Se você precisar se desfazer de uma dessas coisas, qual será? Elimine uma de suas escolhas. E se você precisar abrir mão de mais duas coisas? Elimine outras duas respostas. Enfim, o que restou? Essa dinâmica nos ajuda a perceber o papel que o outro ocupa na nossa vida. Praticamente, ninguém se desfaz das pessoas, nesse exercício. Geralmente, os grandes responsáveis pelos nossos sentimentos de alegria ou tristeza provêm das relações que temos com as pessoas. Quantas vezes perdemos o sono ou não acordamos bem porque temos algum problema de relacionamento interpessoal? Você já se sentiu assim? Você imaginaria a sua vida isolada dos outros? Enfim, o outro é a causa de nossa alegria e de nossa tristeza, contribui e prejudica em nossa busca pelo sentido da vida. É importante percebermos que nossa condição humana é marcada pela incompletude e inacabamento; a todo o momento buscamos o outro, ou para partilhar, ou para nos completar como indivíduos. Quantas vezes você está desanimado, chateado e ao conversar com outra pessoa parece ficar mais leve e tranqüilo?Isso tudo nos ajuda a entender que o outro nos completa em nossos pensamentos e ações. Mas, quem é o outro? O outro pode ser a pessoa que está à sua frente, um familiar, um amigo, ou qualquer ser humano de qualquer raça e cultura, uma criança, um trabalhador, um portador de HIV. Podemos, também, compreender o outro como os animais e a natureza; as idéias de outras culturas, de outras religiões, de outros partidos políticos; o mundo exterior que se apresenta a nós a todo momento. O outro também pode ser a nossa própria capacidade de reflexão, quando se volta sobre si mesma, analisa a consciência, capta os apelos que nela se manifestam (ódio, compaixão, solidariedade, vontade de dominação ou de cooperação, sentido de responsabilidade), percebe os seus atos e as conseqüências que deles derivam;quando analisamos nossas próprias idéias (BOFF, 2003a).

Com relação ao reconhecimento do “outro”, Boff (2003a) também se refere ao meio ambiente, ao planeta Terra, a tudo o que sai da nossa esfera individual. Reconhecer o outro-animal, o outro-natureza, na sua dignidade, é reorganizar toda uma forma de ver o mundo,

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