Evolução Do Software Livre
Exames: Evolução Do Software Livre. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: FrancieleGarcia • 2/6/2014 • 1.800 Palavras (8 Páginas) • 273 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Software há muitos anos deixou de ser apenas um conjunto de rotinas executadas em máquinas das empresas e passou a ser utilizado em grande escala em todo lugar do mundo.
Não é comum que o desenvolvimento de software seja feito desde o início, sem se utilizar de recursos de outros desenvolvedores ou de outras empresas. Partindo desta premissa, pode ser observado que o software precisa de comunidade, onde haja relações, troca de código e informação.
A troca de código era algo muito comum entre desenvolvedores de software na década de 70, porém as empresas de software começaram a barrar este tipo de compartilhamento de código e partiram a patentear seus programas, formando assim então uma forma de negócios em seus códigos. Partindo deste problema, Richard Stallman decidiu criar uma ideologia de software livre, onde os desenvolvedores pudessem compartilhar seus códigos, podendo também estudá-los, alterá-los, copiá-los e redistribuí-los.
2. O QUE É SOFTWARE LIVRE
Software Livre é o software que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição. Não quer dizer necessariamente que não é pago, pois pode se pagar para receber as cópias do software livre e independente de como foi adquirido, tem-se a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cópias (CAMPOS,2006).
2.1 Conceito de software livre
Software livre não está relacionado com gratuidade. Ele está definido na relação aberta de programação, que permite aos profissionais com conhecimento técnico necessário a edição, manipulação, alteração e exclusão de trechos do código-fonte do software, permitindo que o mesmo possa alterar o modo de funcionamento do software, adequando-o às mais diversas realidades diagnosticadas de uso do referido software.
Para conceituar como software livre, precisa-se de quatro requisitos:
1. Para execução do programa não existe uma regra estipulada para uso do software. Este pode ser utilizado livremente, sem o ônus de qualquer tipo de cobrança, por qualquer usuário, para fins domésticos ou comerciais, executar o programa de onde quiser do jeito que quiser e sem restrição nenhuma.
2. O software livre tem código fonte aberto, isto é, o conjunto de instruções, comandos, processos e programas que o constituem tem seu código fonte aberto para que interessados e estudiosos possam "analisar, classificar, catalogar, observar, estudar" o conjunto destas instruções, comandos, processos e programas, conhecendo a estrutura de funcionamento do software na questão de programação. Entender como ele foi feito. Ver como funciona o programa, ver suas funcionalidades e adaptá-lo do jeito que quiser.
3. Redistribuição de cópias livremente. Não é ilegal realizar cópias livremente, e distribuir para outros interessados sem nenhuma complicação de pirataria.
4. Modificação e aperfeiçoamento do código fonte. Da mesma forma que é permitida a analise, classificação, catalogação, observação e estudo do código fonte, também é permitido a alteração do código fonte, para fins de aperfeiçoamento do software a situações diagnosticadas. O software livre é interessante neste ponto por permitir a adequação do software livre às necessidades específicas de uma determinada empresa, setor, departamento, ou mesmo regiões do mundo, países, cultura, língua, etc. Poder aprimorar o programa e liberar seus aprimoramentos de modo que seja útil a todos os usuários (WIKILIVROS, 2011).
3. A HISTÓRIA E EVOLUÇÃO
Na década de 50 e 60, os computadores de grande porte, utilizados quase exclusivamente em grandes empresas e instituições governamentais, dominavam o mercado da computação. O software era entregue junto com o código-fonte ou apenas o código-fonte, pois os utilizadores freqüentemente modificavam-no para corrigir falhas ou adicionar novos recursos. Existiam grupos de usuários que compartilhavam código e informações. A International Business Machines (IBM), uma das poucas empresas da área de Tecnologia da Informação (TI), em 1967, já distribuía um sistema operacional para mainframes de modo muito similar ao Software Livre. Grupos de utilizadores como o do IBM 701, chamado SHARE, e o da Digital Equipment Corporation (DEC), chamado DECUS se formaram para facilitar a troca de software. Assim, no início, para aqueles que tinham acesso à tecnologia, o software era livre (SILVA, 2009).
No final da década de 60, crescia o custo de desenvolvimento e o surgimento da indústria de software que competia com os produtos entregues junto com o hardware.
Em 1969, a IBM VS Estados Unidos, embutiram o preço do software no custo do hardware e que foi considerada anti-competitiva.
Na década de 70, a empresa American Telephone and Telegraph (AT&T) distribuiu sem custo, versões iniciais do Unix ao governo e universidades.
Bill Gates escreveu, em 1976, a “Carta Aberta aos Hobistas”, dizendo que o que os hackers chamavam de “compartilhamento” era, para ele, “roubo”.
Em 1979, a AT&T começa a forçar licenças restritivas ao decidir que poderia lucrar através do sistema Unix.
Em 1980, o advento da Usenet permitiu o surgimento de uma comunidade de programadores que agora tinham os meios para compartilhar e colaborar na construção de software e estabelecer os fundamentos éticos, legais e financeiros desse movimento (SILVA,2009).
3.1 GNU e a FSF
Em 1983, Richard Stallman lançou o projeto GNU, cujo objetivo era escrever um sistema operacional livre completo, sem restrições com relação ao uso de seu código fonte.
Motivações iniciais: problemas com o uso de uma impressora.
Discordância entre Stallman e a Symbolics Inc., sobre o direito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) ter acesso a atualizações realizadas por esta empresa na sua máquina Lisp, que foi baseada em código escrito no próprio MIT.
Stallman cunhou o termo “software livre”, fundou a Free Software Foundation (FSF) e a definição de software livre publicada em fevereiro de 1986.
Em 1989 a primeira versão da Licença Pública Geral (GPL) foi publicada. A versão 2 de 1991 promoveu pequenas atualizações. Em 2007 foi lançada a versão 3.
O kernel do projeto
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