Exames de Água: Recurso Natural

 

 

INTRODUÇÃO

Podemos dizer, sem dúvida, que a água é o mais importante recurso natural, dentre os demais, por ser elemento fundamental tanto à vida, como para todas as atividades desenvolvidas pelo homem. Consequentemente, deve-se garantir, preservar e utilizar conscientemente as fontes de águas, para que satisfaçam as demandas quantitativas e qualitativas, de maneira segura e confiável para os diversos usos de qualquer comunidade. Assegurada a quantidade, é necessário que a qualidade seja adequada para seu determinado uso, ou seja, cada finalidade exigirá determinadas características qualitativas da água. Sendo assim, deverá atender as exigências do grau de pureza, definido por padrões de qualidade, através de valores limites, máximos ou mínimos, de diversos parâmetros físico-químicos e microbiológicos, variando de acordo com o tipo de utilidade que terá a água em questão.

O uso múltiplo das águas e suas determinadas características de qualidade serão diferenciadas, por exemplo, utilização para uso doméstico, na forma de água potável para alimento e higiene; uso industrial como insumo, integrante do processo de fabricação ou limpeza; para uso agrícola na irrigação de culturas vegetais; para dessedentação de animais; na geração de energia elétrica na movimentação de turbinas hidráulicas ou geração de vapor em termoelétricas; na navegação; utilização para balneabilidade, pesca ou atividades recreativas; na área urbana, em limpeza de ruas, manutenção de parques ou excedente das águas pluviais; dentre outros.

Ainda conforme sua utilidade, as exigências de qualidade das águas poderão requerer correções de algumas de suas prioridades, de modo a atingir os padrões específicos para se obter a qualidade mínima necessária. Surge então, a necessidade, na maioria das vezes, do tratamento das águas, captadas em mananciais superficiais ou subterrâneos, para fins produtivos, seja abastecimento público ou industrial, por exemplo. Naturalmente, antes de captada, a água vai sofrendo alterações de acordo com as fases do ciclo hidrológico; de maneira semelhante, após o uso da água tratada para uma certa finalidade, as características também se alteram, resultando nas águas servidas ou residuárias, que são os esgotos ou efluentes líquidos.

As diferentes utilizações das águas naturais, podem gerar conflitos de interesses e econômicos. As águas residuárias urbanas e industriais em geral, em função dos diversos poluentes que carregam, são também motivos de conflitos, em especial quando confrontadas com o uso do corpo d’água em questão para o seu abastecimento. Sendo assim, nota-se a importância que tem a qualidade de um corpo d’água, para um abastecimento seguro e para proteção ambiental em geral, dos sistemas de esgotos sanitários e efluentes industriais.

Temos como objetivos do controle da qualidade das águas, a relação com a conservação e melhoria das fontes ou mananciais, aplicação da tecnologia apropriada para a correção ou tratamento quando necessário e distribuição e uso seguro no destino final. Tal controle também se aplica para a coleta, transporte, tratamento e disposição adequada das águas residuárias no ambiente, após sua utilização.

Para obtermos um controle de qualidade de água eficiente, além de ter conhecimento sobre suas propriedades naturais, é importante saber os conceitos, importância, aplicação, como determinar analiticamente e o significado de cada um dos parâmetros que no conjunto conferem à água, as suas características físicas, químicas e biológicas.

Esse controle envolve necessariamente a análise quantitativa e qualitativa de diversos constituintes, através de condições físicas, químicas e biológicas. Sucessivas avaliações podem formar uma coleção de informações relevantes, que compõem um programa de monitoramento. Seja para uma amostragem simples para uma rápida avaliação ou monitoramentos prologados, requerem atividades de campo para coleta de amostras e trabalhos analíticos em laboratório para os exames físicos, análises químicas e exames microbiológicos, que determinam ou medem as concentrações e quantidades dos constituintes e suas características.

Não devemos considerar a coleta de amostras como um procedimento simples, pois a mesma requer conhecimentos técnicos específicos para sua prática.

Uma amostra, por definição, representa o resumo do comportamento do universo estudado, sendo assim, sua coleta exige profundo conhecimento, ou seja, pessoas capacitadas para tal procedimento.

Para criar uma metodologia de coleta, escolha dos pontos de amostragem e seleção de parâmetros, é preciso definir os usos propostos para o corpo d’água, o conhecimento dos riscos à saúde da população, os danos ao ecossistema, a toxidade das substâncias químicas envolvidas, dentro outras informações.

Sem esses dados previamente definidos, qualquer programa de avaliação de qualidade, pode gerar resultados distorcidos sobre a realidade, levando a decisões erradas.

O objetivo da amostragem e das análises não é um resultado de pequenas frações, mas sim, de uma grande parcela do corpo d’água selecionado.

 

FLUXOGRAMA DE EXAMES DA ÁGUA

O exame da água é realizado de uma maneira sequencial, com o intuito de fornecer resultados desejados. Seguindo uma ordem de tarefas, temos:

 

ESTABELECIMENTO DOS OBJETIVOS

Definir com clareza os objetivos a serem alcançados com a execução de determinado exame, ponto de partida para todas as demais atividades. Os objetivos são inúmeros, dentre eles:

- Fornecer dados para a execução de programas de controle de poluição;

- Fornecer informações para o planejamento de do desenvolvimento de recursos hídricos;

- Complementar pesquisas;

- Determinar a eficiência dos processos de tratamento já existentes e elaborar novos processos;

- Verificar a conformidade da água para seu determinado uso

Com os objetivos definidos, sabemos a intenção do trabalho a ser feito, porém, somente isso não basta para o seguimento das demais etapas. Deve-se detalhar os objetivos,