Exploração e Aplicações do Nióbio
Por: Leonardo Sampaio • 4/4/2019 • Artigo • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 227 Visualizações
EXPLORAÇÃO E APLICAÇÕES DO NIÓBIO
Alunos: Amanda José Maria de Souza, Débora de Carvalho Sant’Anna e Leonardo Costa de Araújo Sampaio
Introdução
Seu primeiro registro foi realizado em 1801 pelo inglês Charles Hatchett. O nióbio é denominado como o mais leve dos metais refratários, tendo uma atuação poderosa perante ligas ferrosas. Tornou-se um elemento muito importante para o desenvolvimento de tecnologias, pois ele melhora tudo que é eletrônico, ou leva aço e tudo isso com uma baixa quantidade de uso do material. O que abre um imenso potencial de mercado para os países que possuem reservas de nióbio. A exploração deste material é rentável para o desenvolvimento monetário dos países que são favorecidos por terem reservas de tal elemento. O Brasil, por exemplo, tem um uma grande capacidade de abastecimento deste material. O nióbio é apontado por diversos países como um recurso estratégico e fundamental para o desenvolvimento de tecnologias. Neste trabalho iremos apresentar como são feitas as explorações do elemento e também as suas aplicações.
Objetivos
Demonstrar como o nióbio é explorado, mostrando as peculiaridades da mineração e refinamento do elemento e pautar como ele é utilizado no atual desenvolvimento da humanidade, apontando a importância dele para o futuro da civilização.
Metodologia
Foram realizadas pesquisas referentes ao tema através de sites especializados em informações sobre o elemento, sites referentes a desenvolvimento tecnológicos e sites especializados em mineração.
Discussão
Com os decorrentes testes feitos após a descoberta do nióbio, precisou-se identificar para que o elemento seria útil para a sociedade. Segundo Claudio Kruger, “No final do século XIX, o elemento começou a ser utilizado nos filamentos de lâmpadas, até descobrirem que o tungstênio é mais resistente”. Com o passar do tempo, mais precisamente em 1930, surgiram pesquisas que indicavam que a mistura do nióbio com o ferro era algo vantajoso, sendo necessário apenas 100g de nióbio no meio de 1 tonelada de aço, tornando a liga muito mais forte e maleável. Porém, para conseguirem alcançar a escala industrial era preciso encontrar uma reserva que abastecesse as indústrias com uma alta quantidade do material.
É neste momento que o Brasil se torna impactante para o mercado do elemento. Em meados da década de 60, foi descoberta a primeira grande reserva do mundo, no qual era localizada em Araxá, no interior de Minas Gerais. Neste momento, após o convite do americano Arthur W. Radford, que era integrante da mineradora Molycorp, Walther Moreira Salles junto ao investidor americano abriu a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
Após alguns anos, Salles foi comprando a parte dos americanos. Com o passar do tempo, a CBMM tornou-se a controladora mundial no mercado de nióbio. Segundo Claudio Kruger, “(...) nos anos 1970, a empresa descobriu dezenas de utilidades para o nióbio – que hoje é um dos principais negócios da família Moreira Salles (também dona do Banco Itaú) ”.
As empresas que atuam neste ramo não colocam no mercado o minério bruto, mas sim uma liga que é chamada de ferronióbio, que contém 2/3 de nióbio e 1/3 de ferro. A CBMM além de vender isso para o mercado, também disponibiliza ao comércio 10 outras formulações à base de nióbio.
O refinamento deste material é peculiar, a CBMM mantém todas as informações técnicas em segredo, devido a sua superioridade perante os demais concorrentes. Este segredo industrial segundo a empresa é que o refinamento é feito a partir de 15 etapas, sendo todas elas criadas pela empresa brasileira. Outro dado importante é que há outra empresa no país que também explora este segmento, que é a Anglo American, uma empresa britânica.
Segundo o presidente da CBMM, Eduardo Ribeiro, o procedimento envolve mineração, homogeneização, concentração, remoção do enxofre, remoção do fósforo e chumbo, metalurgia, britagem e embalagem. Para produzir o nióbio metálico, por exemplo, é necessário realizar uma última etapa em um forno de fusão por feixe de elétrons, que atinge temperaturas superiores a 2.500 ºC.
Há também mais reservas de nióbio espalhada pelo país, que estão localizadas em: Catalão, no estado de Goiás e também na Amazônia, porém, ainda não houve o início da mineração neste estado. Segundo estudos realizados sobre o assunto, os estados de Minas Gerais e Goiás tem a capacidade de abastecer toda a demanda mundial pelos próximos 200 anos.
Conclui Claudio Kruger que os maiores compradores são China, EUA e Japão, que pagam em média US$ 26 mil pela tonelada de nióbio (esse valor é uma estimativa, pois o metal não é vendido em bolsas de commodities; o preço é negociado caso a caso, direto com cada comprador).
O Brasil poderia vender o nióbio em um valor mais caro para o exterior, porém, há outros produtos que conseguem substituir o nióbio, sendo eles: o vanádio e o titânio. Tendo também outras substâncias como: tungstênio, tântalo e o molibdênio. Um dos argumentos dos países não comprarem preferencialmente com o Brasil é que eles não querem depender de um país que tem um mineral que é praticamente exclusivo de um território. Sendo que o Brasil detém por volta de 90% das reservas de nióbio no mundo.
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