Ferramentas Case (Computação)

RESUMO

Esse trabalho propõe apresentar ferramentas case, defini-las, mostrar onde são aplicadas, falar um pouco sobre sua história, aborda-las nas organizações, falar sobre análise impactos, implantação, abordar suas classificações(interativa, atuação, por etapas no processo de desenvolvimento, e por função), mostrar que as funções podem ser relacionadas ao processo de ciclo de vida, relacionadas ao uso da ferramenta case, caracteristicas gerais de qualidade e caracteristicas gerais não relacionadas à qualidade. Além disso mostrar porque adotar as ferramentas, falar sobre a seleção e adoção delas (tanto a curto prazo quanto a longo prazo), mostrar que existem modelos de referência para auxiliar na seleção e adoção.

PALAVRAS-CHAVE: Ferramentas Case.

Sumário

INTRODUÇÃO 4

FERRAMENTAS CASE 5

1. DEFINIÇÃO 5

2. ONDE SE APLICA 5

3. HISTÓRIA 5

4. ABORDAGEM 5

5. ANÁLISE DE IMPACTOS 6

6. IMPLANTAÇÃO 6

7. CLASSIFICAÇÃO 6

8. FUNÇÕES DAS FERRAMENTAS 7

9. PORQUE USAR AS FERRAMENTAS 7

10. SELEÇÃO E ADOÇÃO 8

11. MODELOS DE REFERÊNCIA 9

CONCLUSÃO 12

REFERÊNCIAS 13

INTRODUÇÃO

Esse trabalho propõe apresentar ferramentas case, defini-las, mostrar onde são aplicadas, falar um pouco sobre sua história, aborda-las nas organizações, falar sobre análise impactos, implantação, abordar suas classificações(interativa, atuação, por etapas no processo de desenvolvimento, e por função), mostrar que as funções podem ser relacionadas ao processo de ciclo de vida, relacionadas ao uso da ferramenta case, caracteristicas gerais de qualidade e caracteristicas gerais não relacionadas à qualidade. Além disso mostrar porque adotar as ferramentas, falar sobre a seleção e adoção delas (tanto a curto prazo quanto a longo prazo), mostrar que existem modelos de referência para auxiliar na seleção e adoção.

FERRAMENTAS CASE

DEFINIÇÃO

Sigla CASE significa Computer Aided Software Engineering, e trazido para o português pode ser “Engenharia de Software auxiliada por computador”; conforme o padrão ISO/IEC 14102 (ISO,2008b), a definção de ferramenta case é “Um produto de software que pode auxiliar engenheiros de software através do apoio automatizado para atividades do ciclo de vida de software conforme definido na ISO/IEC 12207”.(ISO, 1995,p.3).

Com a demanda de mercado exigindo sistemas cada vez mais complexos e sofisticados, é importante que o processo para o desenvolvimento dos mesmos seja eficaz e eficiente, sendo assim a automatização dos processos para o desenvolvimento é um ponto fundamental para essa estratégia competitiva, contudo, é importante que além do processo para desenvolvimento, existam ferramentas que auxiliem de diversas maneiras.

ONDE SE APLICA

Aplica-se em organizações que desenvolvem sistemas, e são utilizadas de diversas maneiras dependendo da necessidade.

Com a demanda de mercado exigindo sistemas cada vez mais complexos e sofisticados, é importante que o processo para o desenvolvimento dos mesmos seja eficaz e eficiente, sendo assim a automatização dos processos para o desenvolvimento é um ponto fundamental para essa estratégia competitiva. Além disso a ferramenta case pode diminuir o esforço e a complexidade do problema. Tem serve para automatizar algumas atividade, fazer algum tipo de verificação de consistência e a geração de código e documentação.

HISTÓRIA

Em 1982 surgiram as primeiras ferramentas comerciais para as organizações. Porém só em 1985 surgiram as ferramentas mais sofisticadas feitas pelas indústrias. Todavia dois fatores foram fundamentais para tais sofisticações, uma é as pesquisas desenvolvidas nas áreas de desenvolvimento de software que criaram modelos que podem ser apoiados por ferramentas CASE, e outro fator foi a capacidade de processamento e surgimento de interface gráficas que surgiram com o avanço do hardware dos computadores.

ABORDAGEM

O Investimento em T.I. é essencial em qualquer Instituição que possui a ambição de se manter no mercado ou oferecer bons produtos e serviços para seus clientes ou usuários.

Investir em Ferramentas CASE é algo difícil de se explicar pois o seu custo é elevado e geralmente não afetam diretamente a lucratividade da organização, o que gera uma certa desconfiança dos empregadores pois o retorno do investimento será perceptível somente a longo prazo.

É Importante identificar e analisar possíveis consequências na adoção das ferramentas, pois assim a empresa poderá acelerar e maximizar seus benefícios.

ANÁLISE DE IMPACTOS

A Análise de Impactos varia de empresa para empresa pois fatores como infraestrutura, processos de desenvolvimento e limitações da organização.

O entendimento dos custos é uma parte muito importante na análise de impacto, pois, obviamente, deve se evitar gastos desnecessários.

Limitações da organização podem gerar desafios ou incompatibilidade com determinadas ferramentas.

Após a análise de impactos é possível determinar onde a ferramenta pode ser melhor aplicada e assim, maximizar os benefícios obtidos com a implantação da mesma.

Existem diversos modelos de análise de impactos para facilitar a avaliação dos benefícios da ferramenta.

IMPLANTAÇÃO DA FERRAMENTA

A Fase de implantação das ferramentas é complexa e importante pois além dos fatores técnicos, os fatores humanos também devem ser considerados.

A Introdução da ferramenta na instituição pode gerar mudanças estruturais e influenciar nos recursos humanos da empresa, pois determinados usuários precisarão de treinamento e motivação para utilizar a ferramenta de forma adequada.

CLASSIFICAÇÃO

Ferramentas case podem ser classificadas, como

• Por tipo de interatividade: interativas são as relacionadas as ferramentas para a o projeto de solução (como geradores de código), e não-interativas, como os compiladores;

• Por tipo de atuação: Pode ser vertical, que é a atuação pontual e especifica, e pode ser horizontal que é mais genérica abrangendo diversas fases do desenvolvimento;

• Por etapas no processo de desnevolvimento: existem Upper-Case, que são especialistas na fase de concepção do software (análise especificação e modelação de requisitos), existem Lower-Case que são especialistas na fase de implementação (ferramentas de desenho técnico, de edição e compilação de código e testes), e também existem as I-Case que são as que cobrem todo o ciclo de vida do software, desde de requisitos até o controle final de qualidade.

• Por função: podem estar relacionadas a produção, que agrupa as funções que visam aumentar a capacidade dos desenvolvedores de planejar e projetar artefatose produtos; podem estar relacionadas com a Coordenação que agrupa funções relacionadas ao apoio da interação de múltiplos agentes que participam do processo de desenvolvimento; ou podem estar relacionadas a organização que agrupa as funções que estão associadas aos padrões e regras existentes na organização e determinam o ambiente na qual os processos de coordenação e produção irão funcionar.

FUNÇÕES DAS FERRAMENTAS CASE

As ferramentas cases atuam em diversas areas do ciclo de vida do software, e possuem diversas funções e caracteristicas; a ISO/IEC 14102(ISO, 2008b) é um padrão que lista as funções e caracteristicas das ferramentas CASE. As funções das ferramentas case foram agrupadas para facilitar a sua classificação e avaliação.

• Funções e caracteristicas relacionadas ao processo de ciclo de vida- está ligada a todas as iterações do ciclo de vida do software.

• Funções e caracteristicas relacionadas ao uso da ferramenta case- está ligada ao seu ambiente operacional, e a limitações de outras ferramentas.

• Funções e caracteristicas gerais de qualidade- esta ligada a qualidade, e esta descrita no padrão ISO/IEC 9126 (ISO 2001).São elas: Funcionalidade, Confiabilidade, Usabilidade, Eficiência, Manutenibilidade e Portabilidade.

• Funções e caracteristicas gerais não relacionadas à qualidade- esta ligada a própria ferramenta e ao desenvolver/fornecedor, como autenticações, custos de licenças.

PORQUE USAR AS FERRAMENTAS

A Adoção das ferramentas CASE se justifica com vários ganhos, como na produtividade e na qualidade, facilitando bastante a vida dos profissionais em TI e inclusive dos stakeholders. Porém, para ter esses retornos positivos pelo uso das ferramentas CASE as organizações, tem que fazer um alinhamento entre a estratégia da organização com relação aos investimentos feitos que está diretamente ligado aos objetivos e resultados a serem alcançados com os investimentos. E um exemplo de investimento seria exatamente implantar ferramentas para automatizar tarefas importantes do desenvolvimento de software. Como já foi resumidamente citado, os principais benefícios com a adoção da tecnologia CASE são:

• Ganhos variáveis de produtividade;

• Modestos ganhos de qualidade;

• Documentação melhorada;

• Melhoria das comunicações de projeto;

• Imposição de métodos de projeto e padrões;

• Melhoria na manutenibilidade de softwares.

SELEÇÃO E ADOÇÃO

O Processo de seleção e adoção de ferramentas CASE É complexo pois deve levar em consideração requisitos técnicos e gerenciais, além de possuir um método para selecionar as ferramentas mais apropriadas à organização. O processo de seleção de Ferramentas Case deve focar em como elas farão parte no ciclo de vida do processo de desenvolvimento, com a consciência das implicações a longo e curto prazo da adoção das ferramentas CASE.

Implicações de Curto Prazo:

•Um potencial decaimento na produtividade inicial:

Existe a tendência de que produtividade diminua após a implantação da ferramenta pois os usuários estarão em fase de treinamento e aprimoramento no uso da ferramenta.

• Insatisfação de parte dos funcionários ao adotar a nova tecnologia:

É Possível que uma parte dos funcionários não fique satisfeita com a adoção de uma nova ferramenta, pois não acredita que a nova ferramenta seja essencial aos processos e métodos de desenvolvimento.

• Custos significativos:

Geralmente o retorno do Investimento só acontece a longo prazo.

Implicações de Longo Prazo:

Custo de longo prazo da manutenção das ferramentas CASE;

O Custo pode se elevar ao longo do ciclo de vida dos sistema desenvolvidos com a ferramenta.

Lançamento frequente de nova tecnologia;

Mudanças na Tecnologia podem gerar necessidade de incrementos, atualizações ou até a alteração da ferramenta.

Custos contínuos para treinamento de novos funcionários e atualização dos funcionários existentes já treinados;

Os Gastos com a ferramenta não irão cessar, pois como o objetivo da empresa é crescer e as Tecnologias não param de evoluir, sempre será necessário contratar novos funcionários ou atualizar os existentes.

MODELOS DE REFERÊNCIA

A padronização de processos de desenvolvimento é importante. Pois facilita a equipe a ter uma melhor comunicação do projeto e os membros abordariam o mesmo padrão, ou seja, “falariam na mesma língua”, permitindo então menor dependência do conhecimento individual de cada membro da equipe envolvida no processo. Vamos apresentar alguns exemplos de modelos ISO/IEC 14102 (ISO, 2008b), ISO/IEC 14471 (ISO, 2007) e o Guia de Oakes et al (1992) que estão relacionados à seleção e adoção de ferramentas CASE em organizações

ISO/IEC 14102

Aborda um conjunto de processos bem definidos para orientar organizações que visam automatizar o processo de desenvolvimento.

Esses processos são úteis tanto para os usuários quanto para os fornecedores das ferramentas CASE.

Os processos e as atividades estabelecidas pelo o padrão devem ser adaptadas de acordo com o contexto em que acontece a adoção da tecnologia CASE, por isso é flexível.

São elas:

• Processo de iniciação: Estabelece objetivos gerais e requisitos da avaliação e seleção.

• Processo de estruturação: Elabora um conjunto de requisitos estruturados e obter informações acerca das ferramentas.

• Processo de avaliação: Produz relatórios técnicos que servirão de

base ao processo de seleção.

• Processo de seleção: identifica a ferramenta CASE mais adequada entre as candidatas em que atenda aos objetivos originais.

O padrão ISO/IEC 14102 (ISO, 2008b) fornece, dessa maneira, um guia para um processo de avaliação e seleção bem planejado e organizado, para que se resguardem os investimentos da organização.

ISO/IEC 14471

Orienta o estabelecimento de processos e atividades a serem aplicadas para a adoção bem sucedida de ferramentas CASE.

Foi criado para complementar o ISO/IEC 14102. focando em suprir fatores importantes para a implantação da ferramenta.

Os fatores são:

• Estabelecimento de metas: Definição de um conjunto de metas e expectativas para adoção de ferramentas CASE.

• Apoio gerencial: Devem estar presentes no projeto e encorajando e incentivando o uso das Ferramentas CASE.

• Estratégia de uso de ferramenta: : Definição de uma estratégia para o

escopo de uso de ferramenta.

• Plano para o processo total de adoção: Definição de um plano e um projeto para a implantação da ferramenta na organização.

• Comprometimento: A implantação bem sucedida depende do comprometimento da organização como um todo.

• Adaptabilidade do processo de desenvolvimento: é importante a flexibilidade da ferramenta e do processo pois é necessário para se obter um conjunto único e consistente de métodos.

• Treinamento: Fornecimento de treinamentos e informação a cada passo da implantação da ferramenta.

• Apoio de especialistas: É natural que os especialistas possuam um conjunto de habilidades como experiência nos processos, procedimentos da organização, experiência de uso de ferramentas e influências dentro da organização.

• Projeto piloto: A execução de um projeto piloto controlado, que acontece antes da decisão final de adoção;

• Capacidade da ferramenta: As funções da ferramenta, em seu ambiente de hardware e software.

• Suavidade de transição: A organização deve ser capaz de operar simultaneamente em dois processos, o processo antigo e o novo, até que toda a organização tenha mudado completamente para o novo processo.

Guia de adoção de Ferramentas CASE

Dita, a utilização da ferramenta é um fator importante a ser considerado na implantação de ferramentas.

Modelo é abrangente e lista todo o processo de adoção em seis fases distintas:

• Conscientização: pesquisar informações sobre ferramentas CASE a ser adotada.

• Comprometimento: Comprometimento dos gerentes, engenheiros e pessoal de suporte cujas atividades diárias serão afetadas pela incorporação da nova tecnologia junto com o restante da equipe é fundamental.

• Seleção: Foca as necessidades de curto e longo prazos da organização para a utilização de tal ferramenta, baseada em todas as direções do processo e melhoria de tecnologia.

• Testes: Durante o período de teste é importante executar uma análise objetiva através do ciclo completo de desenvolvimento, com simulações realistas do tamanho de projeto e múltiplos usuários.

• Estratégia de implantação: A nova ferramenta pode afetar muitos elementos no ambiente, incluindo o pessoal, processos e métodos existentes. Então envolve a integração da nova ferramenta com o ambiente existente, e minimizando os efeitos da implantação da mesma na organização.

• Manutenção: É necessário construir uma infra-estrutura para Implementar atualizações frequentemente, treinamento, e apoio às decisões relacionadas com novas abordagens.

A Maior dificuldade na adoção das ferramentas CASE é treinar os novos funcionários e atualizar os perfis que já estão dentro da empresa.

CONCLUSÃO

A automatização de tarefas importantes é fundamental para o desenvolvimento de produtos de software cada vez mais qualificados e pelo o avanço da produtividade das empresas. Enfim, os profissionais de TI em geral foram totalmente beneficiados pelas ferramentas CASE.

Entretanto, vem a pergunta: Será que é realmente profissional usar uma ferramenta para facilitar o trabalho? Responderíamos com outra pergunta: Se os profissionais fazem software para facilitar a vida dos usuários, por que não podem usar softwares para facilitar os seus trabalhos?