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Fibra Vegetal

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Por:   •  18/12/2013  •  1.533 Palavras (7 Páginas)  •  372 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Observa-se que o concreto possui uma diversidade de características que lhe assegura o posto de material estrutural mais empregado no mundo. Nesse contexto, ressalta-se que as principais vantagens do concreto, podem ser relacionadas da seguinte forma: baixo custo e a capacidade de se adaptar as mais variadas condições de produção, além de possibilitar infinitas variações de forma em relação às peças moldadas. Ale disso, observa-se que o concreto apresenta diversas restrições e limitações, tais como a baixa relação resistência/peso e o fato de ter sua qualidade mensurada somente depois que a peça estrutural foi gerada. Ou seja, após passar pelo controle regular de qualidade, sendo que somente 28 dias após a execução de um pilar é possível verificar com certo grau de confiabilidade que o mesmo atende aos requisitos relacionados ao desempenho estrutural.

Ainda, verifica-se que o concreto simples apresenta um comportamento acentuadamente frágil e com baixa capacidade de deformação antes da ruptura quando submetido aos testes de esforços de tração. Visto que, caso venha se apresentar fissurado, o concreto simples perde completamente à capacidade de resistir aos esforços de tração e, por esse motivo, foram desenvolvidas alternativas tecnológicas, entre os quais o concreto armado, onde estas limitações são compensadas pelo reforço de barras de aço. Entretanto, observa-se que mais recentemente foram desenvolvidas uma nova possibilidade de reforço do concreto a partir do uso de fibras.

Observa-se que o concretos reforçados, tanto com fibras como com barras ou fios de aço, são exemplos de materiais compostos, também denominados de compósitos, ressaltando que o próprio concreto é um compósito no qual se pode considerar como fases a pasta, os poros e os agregados, ou até mesmo a argamassa e os agregados graúdos. Entretanto, é comumente empregado o termo compósito para os materiais que possuem algum tipo de reforço. Assim, o concreto com fibras e o concreto armado fazem parte de uma classe de compósitos que é basicamente constituída por uma matriz frágil e algum tipo de reforço. Neste caso, pode-se citar como exemplos desses materiais o poliéster reforçado com fibras de vidro, o fibrocimento, a argamassa armada, o adobe, o uso de fibras vegetais como o bambu (bambucreto) entre outras.

Observa-se que determinados compósitos são empregados na construção civil há tempo, segundo a literatura, pode-se verificar registros históricos que demonstram que sua utilização já no Antigo Egito.

Fato este que demonstra que o material composto apresenta um comportamento mais adequado a determinadas aplicações, visto que o mesmo combina as diferentes capacidades dos materiais que lhe deram origem. É usual observar, inclusive, existir uma sinergia em função de que o comportamento do compósito é mais elevado ao obtido com os materiais que lhe deram origem individualmente. Por conseguinte, destacam-se algumas das limitações das matrizes frágeis, como é o caso do concreto que podem ser compensadas pelo material que é empregado para seu reforço. Ademais, observa-se que a adição da fibra ao concreto ocorre como qualquer outra matéria-prima, como cimento e demais agregados, existe uma facilitação de aplicação do material. Usualmente, considera-se que as atividades relacionadas com montagem e instalação da armadura convencional são eliminadas, proporcionando uma grande facilidade de execução.

Isto é, não é necessária a instalação de um pátio de montagem da armadura vindo há ganhar muito tempo eliminando as etapas de instalação das mesmas na fôrma. Dessa forma, considera-se que a intensidade de utilização do concreto reforçado com fibras (CRF) vem ganhando cada vez mais adeptos e vem crescendo progressivamente no mundo e especialmente no Brasil.

Dessa forma, objetiva-se com o presente estudo analisar a evolução do concreto, suas características e a relevância de agregar fibras ao mesmo.

2 CONCRETO

2.1 Histórico

Pela literatura, verifica-se que muitos pesquisadores consideram que o primeiro tipo de concreto teria sido desenvolvido no antigo Império Romano. Observa-se que a arquitetura romana destaca-se até hoje em decorrência de seus arcos e colunas, que são verdadeiras obras de artes.

Entretanto, com apenas uma determinada quantidade de mármore a disposição dos construtores romanos, fazendo com que estes empregassem uma grande quantidade de terra, pedra e tijolo. Muito embora, os romanos teriam inventado também um novo material, ou seja: o concreto.

Observa-se que o material considerado ideal para as construções é aquele que apresenta as seguintes características: resistência e durabilidade conjuntamente. Verifica-se que as pedras, altamente empregadas nas construções antigas, apresentam grande resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, entretanto, apresentam uma baixa resistência à tração. Cita-se como exemplo o caso da madeira que apresenta uma razoável resistência, entretanto a sua durabilidade é restrita. Obviamente o ferro e o aço apresentam resistência elevada, entretanto a durabilidade também é limitada em decorrência da corrosão que podem vir a sofrer (BASTOS, 2006).

Em relação ao concreto armado, o mesmo surgiu efetivamente da necessidade de aliar a durabilidade da pedra com a resistência do aço, com as demais vantagens do material composto poder assumir qualquer forma, com celeridade e facilidade, e com o aço envolvido e protegido pelo concreto com a finalidade de evitar a sua corrosão (BASTOS, 2006).

Ressalta-se que os materiais de construção desenvolvidos a partir do cimento, denominados de “materiais cimentícios”, podem ser considerados como sendo um dos materiais mais importantes produzidos pelo homem, em função de que o mesmo possibilitou a construção de edificações e todas as principais obras de que necessitava para viver, tais como as habitações, fortificações, aquedutos, barragens, obras sanitárias, pontes, rodovias, escolas, hospitais, teatros, igrejas, museus, palácios, entre outras tantas construções mais.

A grande abundância das matérias primas

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