Frederick Taylor - O Pai Da Administração Cientifica
Artigo: Frederick Taylor - O Pai Da Administração Cientifica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danieltosca • 21/5/2013 • 790 Palavras (4 Páginas) • 1.200 Visualizações
Mal-amado e incompreendido
A gestão científica de Frederick Taylor começou na fábrica, mas acabou por penetrar em todos os aspectos da
vida e cultura do século xx. Apesar da rejeição que o taylorismo hoje inspira, o facto é que não conseguimos
substituí-lo por algo melhor. Veja neste ensaio por que continua actual
Por: Clemente Nóbrega
A Viking Press lançou em Maio passado, nos Estados Unidos, um livro que está cotado para o
Prémio Pulitzer, a maior distinção literária americana: The One Best Way: Frederick Winslow
Taylor and the Enigma of Efficiency, de Robert Kanigel. Trata-se de uma biografia de Frederick
Taylor, o primeiro especialista americano em racionalização e eficiência no trabalho.
O que haveria de tão especial com um ideário de administração do início do século? É que,
sendo o primeiro "manifesto revolucionário" sobre o redesenho de processos de trabalho
visando aumentos radicais de produtividade, é, de longe, o mais bem-sucedido de todos até
hoje. As pressões geradas pelo aumento da competição no mundo globalizado do final do
século xx fizeram com que a busca de aumentos em eficiência seja a prioridade de todos os
executivos. No entanto, ao contrário do que dão a entender propostas modernas,
supostamente revolucionárias, o tema não é novo: surgiu em 1911 com a promessa de, já
naquela época, alterar decisivamente as concepções predominantes no mundo do trabalho.
Taylor prometeu e cumpriu. E cumpriu de uma forma e com uma abrangência tais que ninguém
poderia ter previsto. Taylor publicou as suas ideias em 1911 no livro The Principles of Scientific
Management. Ele era um homem comum, não um intelectual especialmente brilhante. A sua
influência na vida do século xx é, porém, comparável à de Henry Ford ou Thomas Edson. Peter
Drucker, o guru supremo do mundo da gestão, coloca-o ao lado de Freud e Darwin em
importância, atribuindo às suas ideias um peso decisivo para a derrocada da proposta
marxista. O taylorismo, ganhando vida própria, revelou-se uma ideia mais inteligente do que o
homem que a formulou.
Jeremy Rifkin, autor de The End of Job, diz em Time Wars: "Taylor fez da eficiência o modus
operandi da indústria americana e a virtude central da cultura desse país. Ele teve
provavelmente mais influência que qualquer outro indivíduo sobre a vida pública e privada de
homens e mulheres no século xx."A ideia taylorista acabou por extrapolar o mundo da empresa
e penetrar em todos os aspectos da vida do século xx.
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Nada foi capaz de detê-la. A originalidade do livro de Kanigel está na ênfase que dá a essa
dimensão pouco notada das ideias de Taylor: elas partiram da fábrica, mas acabaram por
condicionar obsessivamente a cultura do século.
No pós-guerra, os Japoneses devoraram os escritos de Taylor. Russos e Alemães adoptaram
as suas ideias. Tudo o que tenha a ver com maximização de recursos no tempo tem algo a
aprender com Taylor: da Federal Express (entregas expresso) aos robots das linhas de
montagem informatizadas. No momento económico neoliberal-globalizado que estamos a viver,
Taylor continua actual.
Taylor propôs a criação de uma "ciência da administração". Observando
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