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GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E A IMPORTÂNCIA DA ELETRICIDADE PARA A HUMANIDADE

Por:   •  2/7/2020  •  Resenha  •  2.826 Palavras (12 Páginas)  •  316 Visualizações

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Geração e distribuição de energia e a importância da eletricidade para a humanidade

Se pararmos para pensar é fácil perceber que a eletricidade está em praticamente tudo a nossa volta e presente em nosso dia a dia. Desde a lâmpada que ilumina nossa casa e todos os eletrodomésticos até os fenômenos naturais, a eletricidade está presente. Neste texto vamos entender como começou a história da eletricidade e como ela evoluiu até os dias de hoje se tornando um item de suma importância para nossa vida.

É difícil falar quando realmente a eletricidade começou, já que ela sempre esteve presente pelo mundo, mas é sabido que é um dos fenômenos mais incríveis da natureza, e sua manifestação mais poderosa que já vimos é o raio. Se imaginarmos como o mundo seria sem a eletricidade (Frio, escuro e silencioso), chegaremos à conclusão de que em muitas características e aspectos seria como o início do séc. XVIII, onde a sua história começa. Em 1705 Francis Hauksbee surgiu com uma esfera giratória de vidro onde colocando sua mão sobre ela, começou a se formar uma luz azul dentro dela que dançava em torno de sua mão como se algo vivo estivesse dentro da bola. Isto foi considerado um feito fantástico pois naquela época fenômenos naturais como este eram vistos como obra de Deus. Naquele tempo era normal para muitos interpretar os fenômenos naturais como atos de Deus e dessa forma quando um mero mortal fazia algo do tipo que Hauksbee fez soava como interferência na obra de Deus e isto estava além da compreensão racional, no entanto Hauksbee nunca compreendeu o tamanho da importância de sua experiência. Antes desse acontecimento a eletricidade era simplesmente algo curioso onde os gregos antigos friccionavam o âmbar, que eles chamavam de elétron, para obter pequenos choques. Mas de forma até que engraçada a nova máquina inventada por Hauksbee não foi de imediato aceita pela maioria dos intelectuais, e passou a ser usada por mágicos e ilusionistas.

Na década de 1720, Stephen Gray construiu uma máquina com estrutura de madeira, dois balanços com corda de seda e uma máquina Hauksbee, para gerar eletricidade estática. Com um garoto deitado entre os dois balanços, ele gerou eletricidade e eletrificou o garoto por uma biela e com isso folhas de ouro pulavam em direção aos dedos do garoto. Através deste número Gray ficou intrigado em como a eletricidade se movia pelo corpo do garoto porem era detida pelas cordas de seda e partir daí passou a dividir o mundo em dois diferentes tipos de substâncias, chamadas isolantes e condutoras. Essa distinção é a que sobrevive até os dias de hoje, como exemplo temos as torres de transmissão onde os cabos são condutores e os objetos de vidro que ficam entre os cabos e as torres são isolantes. Contudo por mais que Gray conseguisse gerar a eletricidade este não conseguia armazená-la. Posteriormente essa descoberta seria feita na Europa continental, mais precisamente em um centro de pesquisa em Leiden na Holanda pelo Pieter van Musschenbroek. Considerada por muitos a invenção mais importante do século XVIII, Musschenbroek pegou uma Garrafa de vidro, encheu com um pouco de água e inseriu dentro dela um fio condutor conectado pela parte superior a uma máquina elétrica de Hauksbee por acidente, colocou a Garrafa sobre um isolante com a intenção de ajudar a manter a corrente dentro dela. Em seguida tentou inserir eletricidade dentro da garrafa através do condutor sem sucesso. Posteriormente, por acidente, ele esqueceu de colocar a Garrafa sobre o isolante, e a eletrificou enquanto ainda estava em sua mão. Por fim, segurando a Garrafa com uma mão, ele tocou na parte superior com a outra e recebeu um choque elétrico tão forte, que quase foi jogado ao chão. Dessa forma descobriu que a garrafa conseguia armazenar eletricidade por horas ou até dias. A descoberta Hauksbee foi chamada de Garrafa de Leiden. No final da década de 1745 a garrafa de Leiden virou um fenômeno global elétrico, porém ninguém sabia ao certo como ela funcionava.

Após 10 anos Franklin entrou em cena para explicar racionalmente o raio, que era considerado por muitos como fenômeno mágico. Franklin propôs a experiencia de empinar uma pipa na tempestade, porém é praticamente certo que ele nunca a realizou. Baseado nisso, em 1952 na França George Louis Leclerc e seu amigo Thomas François descobriram após um raio atingir uma haste de metal de aproximadamente 12 m que a faísca gerada pelo raio era idêntica à eletricidade criada pelo homem. A partir dos resultados deste experimento feito na França, Franklin voltou a pesquisar a garrafa de Leiden resolvendo seu mistério e chegando à conclusão do que temos hoje em dia em equivalência a garrafa de Leiden que é o capacitor.

Resolver o enigma da Garrafa de Leiden e identificar o raio apenas como um tipo de eletricidade foram dois grandes êxitos de Franklin, mas posteriormente uma nova espécie de eletricidade seria descoberta. Eletricistas começaram a investigar um tipo de peixe chamado de peixe tremelga, e identificaram a fisgada de seu ferrão era parecido ao choque causado pela Garrafa de Leiden. Baseado nisso Henry Cavendish fabricou seu próprio peixe artificial, onde duas Garrafas de Leiden em formato de peixe enterradas na areia quando tocavam na areia descarregavam, proporcionando um choque desagradável fazendo com que ele chegasse à conclusão de que o peixe era realmente elétrico. Isso gerou a dúvida de se o choque produzido pelo peixe seria o mesmo produzido por uma máquina elétrica e esse foi um grande debate que dividiu opiniões por décadas. Desse debate surgiu a descoberta de que a eletricidade não precisava ser um choque ou faísca breve, mas poderia ser contínua e com isso a geração de eletricidade contínua acabaria nos levando à nossa era moderna.

No próximo passo da história, após estes acontecimentos e já no final do século XVIII, Luigi Aloisio Galvani se interessou pelo uso da eletricidade em tratamentos médicos e usando descargas elétricas, fez as pernas de uma rã se mexerem, porém não conseguiu corretamente entender muito bem como isso acontecia. Nesta mesma época, Alessandro Volta com uma visão diferente da de Galvani, conclui que as contrações eram causadas pelos metais nos nervos e nos músculos, e que o sistema nervoso usa conexões elétricas para enviar sinais ao corpo. Após um breve experimento com moedas uma ideia ocorreu a ele ao revisitar os trabalhos científicos de Cavendish, e, sobretudo, a sua famosa obra sobre o peixe tremelga elétrico, Galvani pegou uma placa metálica de cobre, em seguida, colocou sobre ela um pedaço de papelão molhado em ácido diluído. Posteriormente, sobre isto, ele pegou outro metal e colocou por cima e repetiu o processo. Dessa forma ele estava construindo uma pilha de metal,

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