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Hackers Do Bem

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Por:   •  5/5/2013  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  535 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Mathew Budman, editor de The Conference Board Review, realizou uma entrevista com dois renomados consultores: Bill Jensen e Josh Klein (autores do livro digital “Hacking Work: breaking stupid rules for smart results”), esses consultores demonstram como as empresas continuam apegadas as regras e hierarquias do passado, elas sufocam as inovações, na ilusão de terem o controle sobre seus funcionários. Impedindo assim, sem perceber, o desenvolvimento da organização e de seus colaboradores.

Geralmente os colaboradores gostam do trabalho que desenvolvem, o que os contraria, no entanto, é a quantidade de procedimentos que tendem a dificultar o atendimento ao cliente. Isso traz demora a um procedimento, que poderia ser realizado de maneira rápida e simples, se mais poder fosse delegado aos colaboradores, pra que esses pudessem ter mais o controle das coisas, sendo mais eficazes em seu trabalho.

Bill Jensen e Josh Klein revelam que os lideres não delegam esse poder aos colaboradores, por causa da ilusão do controle que os mesmos têm, em relação aos fatos acontecidos no ambiente de trabalho. Mas tudo isso não passa de mera ilusão, visto que, com tanta tecnologia disponível, é impossível controlar os atos dos funcionários, que podem fazer conexões entre documentos e comunicar-se com qualquer um, a qualquer hora, se assim desejarem. As organizações têm receio das atitudes de seus colaboradores, devido à quantidade de ferramentas e tecnologias disponíveis, e com isso, criam cada vez mais regras e burocracias, visando evitar o vazamento de informações importantes. Sempre na ilusão de ter o controle sobre a mente e o coração das pessoas.

É em um ambiente assim, que os hackers do bem nascem. Especialistas em contornar as regras, eles priorizam o atendimento ao cliente, facilitando o seu acesso aos produtos, deixando de lado os longos ciclos de venda, agilizam assim, processos que de uma maneira geral demoraria muito mais tempo, devido à burocracia morosa e apego a normas que já se encontram ultrapassadas. Os hackers do bem agem pelo bem de seus empregadores, porque ao trazer satisfação ao cliente, trará lucro para a organização.

Estamos vivendo na Era da Comunicação e da Tecnologia, onde as notícias correm na velocidade da luz. Muitas vezes, porém, os colaboradores possuem mais ferramentas de capacitação em seu celular para seu uso pessoal, do que a empresa fornece ou aprova para seus projetos. Por isso, começam a praticar o hacking no ambiente de trabalho. Isso, porque as pessoas se sentem frustradas com a demora na resolução de alguns problemas. Problemas que talvez, se fossem delegadas a elas mais confiança e credibilidade, poderiam resolver com mais agilidade e menor tempo, facilitando assim, a vida dos clientes.

Segundo Jensen e Klein, os líderes devem assumir os riscos e dar credibilidade aos seus colaboradores, delegando a eles poder e liberdade para tomar decisões. Acreditando sempre que o que o colaborador faz é na perspectiva de trazer algo de bom para a organização, e desapegar-se da ilusão do controle, visto que, atualmente trabalhamos em um sistema aberto, onde a tecnologia está presente em todos os ramos de negócios.

Os consultores demonstram ainda, como as organizações que confiam em seus funcionários, crescem mais facilmente e não criam ambiente para que o hacking aconteça. Se não existem regras, então não há o que contornar. E quanto mais regras existirem, mais hacking estará acontecendo.

Vivemos hoje em uma sociedade tecnológica, onde a informação e o conhecimento são as novas armas do mercado. Somente as organizações que acompanharem esse avanço tecnológico, serão capazes de se manter firmes no mercado e continuar crescendo. Afinal, hoje, a informação é a matéria prima do conhecimento e obtê-la em tempo relevante é um dos maiores desafios das organizações. É por causa desse detalhe que Josh e Klein, defendem tanto o uso da tecnologia no ambiente organizacional. Quanto mais recursos estiverem disponíveis, mais fácil será a busca pela informação.

Mas nem sempre foi assim. As organizações passaram por inúmeras transformações ao longo das décadas. A Revolução Industrial, ocorrida no século XIII, foi à maior responsável por essas mudanças. Foi nesse período que houve a substituição do trabalho humano pelo mecânico. Surgiu-se então a necessidade de administrar os recursos das empresas na expectativa de continuar crescendo e obter a obediência dos funcionários.

Carregada de normas e regulamentos o modelo burocrático permaneceu estável até o surgimento da Era Tecnológica, quando houve a necessidade de se reestruturar os sistemas, definindo estratégias para se manter atuante no mercado de trabalho. Mesmo com tantas mudanças no mercado mundial, algumas organizações ainda continuam apegadas ao tradicional modelo burocrático, não conseguindo se adequar ao planejamento estratégico.

O planejamento estratégico surgiu da necessidade de se atingir objetivos a curto, médio e longo prazo. Realizando assim, uma metodologia das missões, metas, estratégias, objetivos e projetos da organização que irão interagir com seu contexto ambiental. Porém, para se obter êxito é necessário que todos

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