História da tecnologia no Brasil
Pesquisas Acadêmicas: História da tecnologia no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 9/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 3.495 Palavras (14 Páginas) • 492 Visualizações
ATIVIDADE
A história da engenharia teve início a milhões de anos atrás, quando
nossos ancestrais começaram a elaborar seus instrumentos que supria suas
necessidades imediatas as suas próprias armas ferramentas, com
conhecimentos e técnicas que se acumularam ao longo de anos e com ajuda da
escrita e convivências com grandes mestres, foram passadas de geração para
geração, tais conhecimento nas mãos de certas, foram sendo aperfeiçoadas, um
exemplo é de Leonardo da Vinci idealizador de diversos dispositivos a frente de
seu tempo, a engenharia estar datada aproximadamente no século XVIII, os
primeiros engenheiros diplomados sugiram na França na École nationale des
ponts et chaussés, em seguida pela École polytechnique. Outras escolas de
engenharia foram surgindo em outros países como a academia real de artilharia,
fortificação e desenho, nos estados unidos a academia de West point, o instituto
politécnico de Viena na Áustria e no brasil a academia real de artilharia,
fortificação e desenho.
No brasil a escola de engenharia teve origem no ensino militar e só
depois denominada de curso de engenharia civil, onde foram criadas a escola
Politécnica de São Paulo, a escola de engenharia de Pernambuco, escola de
engenharia Mackenzie em São Paulo.
Com a Engenharia muitos foram aqueles que se destacaram com
grandes contribuições e projetos como de Leonardo da Vinci no códex atlanticus
no qual muitas páginas são dedicadas a moinhos de agua e diversos aparelhos
hidráulicos, guinchos, escavadeiras, roscas de Arquimedes, bombas da agua e
outros.
“Segundo (TELLES,1994), no seu livro história da engenharia no brasil,
a engenharia quando considerada como arte de construir é evidentemente tão
antiga quanto o homem, mas quando considerada como um conjunto
organizado de conhecimentos com base cientifica aplicado à construção em
geral é relativamente recente, podendo-se dizer que data do século XVIII” bem
adequadas as evoluções do mundo moderno, formando engenheiros dotados de
uma competência dupla de técnica e gerencial, em 1729, o engenheiro militar
francês general Bernard Forrest Belidor publicou o primeiro livro “o que havia até
então na ciência do engenheiro” (La Science des ingéniurs) e também foi o
pioneiro em fazer um estudo cientifico das estruturas de arcos e muros de
arrimo, o que hoje é conhecido e aplicado na engenharia civil. Foi o engenheiro
inglês John smeaton, um dos descobridores do cimento Portland (século XVIII),
John smeaton usou pela primeira vez o termo engenheiro civil como
caracterização profissional, para distinguir dos engenheiros militares (TELLES,
1994). Em 1794 a ecole polytechnique tonou-se modelo para outras escolas de
engenharia com a missão consistia em oferece a seus alunos uma formação
adequada para desempenhar e realizar projetos inovadores do mais auto nível,
fundamentada a uma solida cultura mu ltidisciplinar e treinamento com o objetivo
de desenvolver atitude de liderança, visando no futuro à ocupação de cargos no
âmbito administrativos, cientifico, tecnológico e pesquisa. Todo esse sucesso
graças a renomados Professores como Forrier, Lagrange, Monge, fundador da
escola de engenharia, o curso tinha duração de três anos e era ministrada
disciplinas básicas de engenharia para posterior mente os discentes
complementarem seus conhecimentos em outras escolas especializadas, como
École de Mines, point et chausseés e outas.
“A separação na estruturação curricular, entre as diversas ciências que
participam na formação do engenheiro, colocando –se primordialmente (em
bloco) as básicas, depois as fundamentais de engenharia e por fim, as aplicadas
de engenharia”
O PRIMEIRO CURSO DE ENGENHARIA DO BRASIL
Foi criada por carta régia de 1699, com enfoque para o ensino militar a
Aula de Fortificação, que promovia conhecimentos de engenharia e,
posteriormente (1738), conhecida como Aula do terço de Artilharia. Não era um
ensino regulamentado com programa de ensino, sabendo -se apenas que tinha a
duração de cinco anos, conforme Pardal, 1966. Em 17 de dezembro de 1792, a
Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de
Janeiro foi pioneira em ter o curso formal de engenharia no Brasil, segundo
registros de (PARDAL, 1986) e (TELLES, 1994). Numa época em que poucos
países, além da França, possuíam escolas para a formação regular de
engenheiros, a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho
repercutiu muito e veio suceder a antiga Aula de Fortificação do Rio de Janeiro
que tinha como característica o enfoque para o ensino militar, tendo já o caráter
de um verdadeiro instituto de ensino superior, com organização comparável aos
demais de sua época. Esta Academia foi também precursora em linha direta e
contínua, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
preparando oficiais para o exército. Conforme (TELLES, 1994), “Os oficiais de
infantaria e de cavalaria faziam apenas os três primeiros anos, os de artilharia os
cinco primeiros, e os de engenharia o curso completo. O sexto ano era dedicado
exclusivamente à engenharia civil”. Da Casa do Trem (atualmente parte do
Museu Histórico Nacional), a Academia Real Militar, criada pela lei de 04 de
dezembro de 1810, foi a próxima escola com ensino regulamentado. O ensino
nessa Escola abrangia um curso teórico de Ciências Matemáticas, Físicas e
Naturais, um curso de Engenharia e Ciências Militares, e um curso de
Engenharia Civil voltado para as técnicas de construção de estradas, pontes,
canais e edifícios, ministrado aos não-militares, ou seja, aos civis que
frequentavam as aulas. A Academia Real Militar teve sua sede transferida, em
1812, para o Largo de São Francisco de Paula, ocupando o primeiro prédio
construído no Brasil para abrigar uma escola hoje dita superior. A Escola situada
no Largo de São Francisco é considerada o Berço da Engenharia Brasileira,
funcionando ali até 1966. Atualmente, o prédio está ocupado pelo Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. O curso de engenharia da Academia
Militar, tinha duração de 7 anos. A Academia posteriormente recebeu às
denominações de Escola Militar e, em 1858, de Escola Central.
A Academia Militar foi transformada em Escola Central, permitindo o
estudo de civis e militares (1860). Fonte: www.poli.ufrj.br (2005)
Com a transferência do Ministério do Exército para o Ministério do
Império em 1874, a Escola Central passou a ser denominada Escola Politécnica.
A Escola Central promovia formação de bacharéis em ciências e, engenheiros
civis e também foram criadas outras especialidades de engenharia. Seus
programas de ensino se tornaram modelo para todas as escolas de engenharia
brasileiras até o início do século XX e devido a sua fama educacional, muitas
são denominadas, ainda hoje de Escola Politécnica, nome que agora nossa
escola retoma. Personagens ilustres da história brasileira tiveram a sua
formação acadêmica em classes e salas da Escola Politécnica da UFRJ. Alguns
deles tiveram uma projeção tão grande na vida nacional que até hoje são
homenageados pela sociedade brasileira com os seus nomes em ruas, túneis,
avenidas, monumentos. Uma correção Fonte: Revista de Ensino de Engenharia
(v 10, n 3, nov/1983) com correções baseadas em (PARDAL, 1986 e 1996) e
(TELLES, 1994).
1792 Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho
1810 Academia Real Militar
1822 Academia Imperial Militar
1832* Academia Militar e de Marinha
1833 Academia Militar da Corte
1839 Escola Militar da Corte
1855 1858 Escola Militar e de Aplicação do Exército Escola Central
Subordinada ao Exército Formação de Engenheiros e de Oficiais do Exército
1874 Escola Politécnica
1896 Escola Politécnica do Rio de Janeiro
1928 Escola de Engenharia Militar
1937 1933 Escola Nacional de Engenharia Escola Técnica do Exército
1959 Independente do Exército Formação de Engenheiros
1965 Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Instituto Militar de Engenharia (IME)
Resultado da fusão da Academia Militar e de Guardas-Marinha que
voltaram a separar-se em 1833. Aparece pela primeira vez a denominação
Curso de Engenharia Civil. Como se pode observar na obra dos autores
consultados, pode se verificar que o ensino de engenharia teve origem no ensino
militar com conhecimentos pertinentes à formação militar e aprendizado de
técnicas próprias à construção com finalidades militares, como pontes,
fortificações, calçamento, calçadas, entre outros, mas que também se usava na
construção civil. A partir de 1874, começou a ser empregado no Brasil, a
denominação engenharia civil com a desvinculação da Escola Central do
Ministério da Guerra, passando a ser a Escola Politécnica. Conforme bibliografia
consultada, o ensino de engenharia não militar, no Brasil, também se iniciou pela
engenharia hoje conhecida como engenharia civil. Em 1835, foi fundado na
Província de São Paulo, o Gabinete Topográfico. Este estabelecimento foi
avaliado como o segundo em ensino de estabelecimento no Brasil e funcionou
até 1838, reabriu em 1840 e fechou outra vez em 1850. O modelo para a maioria
das escolas de engenharia do Brasil têm sido a Escola de Engenharia da UFRJ,
logo, ao pesquisar a evolução do ensino de engenharia no país, quanto a
estruturação, formação, métodos e recursos didáticos, teremos que colocar em
destaque esta Escola que sempre serviu de referência para as outras.
ESCOLAS DE ENGENHARIA NO BRASIL DEPOIS DA UFRJ
Foi o imperador D. Pedro II quem, com a sua vasta erudição e
interessado pela riqueza do solo brasileiro que em 1874, contratou, por
indicação do cientista francês Auguste Daubrée, o seu discípulo, o engenheiro
Claude-Henri Gorceix (1842-1919), que, na ocasião, estava na Grécia,
realizando uma série de pesquisas geológicas. Gorceix retornou, não só
aceitando o convite como, também, prontificando-se a ministrar o ensino da
mineralogia e da geologia. E, então, em 1876, criava-se a Escola de Minas de
Ouro Preto. Ainda no século XIX, foram fundadas mais 5 escolas de engenharia
e entre 1910 e 1914, tivemos o registro de mais cinco. Até então 12 escolas de
engenharias, sendo que quatro 4 estavam em Minas Gerais. Os Cursos de
engenharia no Brasil até o meado do século XX tiveram o seu início a partir
de1893. A seguir são apresentados em ordem cronológica e organizados pelos
autores, baseados em (OLIVEIRA, 2000), as seguintes fundações:
• 1893 - Fundação da Escola Politécnica de São Paulo, denominada
hoje USP com os seguintes cursos iniciais em Civil e Industrial (período – 2
anos), Agronômico e Mecânica (período – 3 anos) e Agrimensor (período – 2
anos); • 1895 – Fundação da Escola de Engenharia de Pernambuco,
denominada hoje UFPE com os seguintes cursos iniciais em Agrimensor
(período – 2 anos) e Civil (período – 5 anos); • 1896 – Fundação da Escola de
Engenharia Mackenzie, denominada hoje UPM com o curso inicial em Civil
(período – 5 anos); • 1896 – Fundação da Escola de Engenharia de Porto
Alegre, denominada hoje UFRG com o curso inicial em Civil.
• 1897 - Fundação da Escola Politécnica da Bahia, denominada hoje
UFBA com os seguintes cursos iniciais em Geógrafo (período – 4 anos) e Civil
(período – 5 anos);
• 1911 - Fundação da Escola Livre de Engenharia, denominada hoje
UFMG com os seguintes cursos iniciais em Civil (período – 5 anos);
• 1912 - Fundação da Faculdade de Engenharia do Paraná, denominada
hoje UFPR com o curso inicial em Civil;
• 1912 - Fundação da Escola Politécnica de Pernambuco, denominada
hoje UFPE com os seguintes cursos iniciais em Civil e Química Industrial;
• 1913 - Fundação do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, denominado hoje
EFEI com os seguintes cursos iniciais em Mecânica e Elétrica (período – 3
anos);
• 1914 - Fundação da Escola de Engenharia de Juiz de Fora,
denominada hoje UFJF com o curso inicial em Civil Eletrotécnico (período – 4
anos). A Primeira Escola de Engenharia particular do Brasil foi fundada em 1896,
na cidade de São Paulo, apresentada pela Escola de Engenharia da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, denominada hoje EE-UPM. Fonte:
Centro Histórico da UPM
Atualmente, verifica-se um número assustador de escolas de engenharia
no Brasil. Muitas das quais, sem condições de oferecer cursos de qualidade, por
não apresentar corpo docente devidamente preparado e desprovidas de
recursos tais como: laboratórios, oficinas, espaço físico, entre outros.
A engenharia da qual me identifico é engenharia elétrica pois já trabalho
na área a mais de 8 anos, este ano formei em técnico eletrotécnico pelo SENAI
Roraima e hoje almejo o diploma de engenharia elétrica sei das dificuldades
mais é o que fez de grandes nomes como os já citado nesta atividade se
relembrados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que possamos avaliar a evolução ou o retrocesso do ensino de
engenharia se faz necessário uma retrospectiva dos objetivos que nortearam a
fundação das escolas de engenharia no Brasil e no mundo, no que tange ao
conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicado à
construção em geral. Atualmente, verifica-se uma tendência ao tecnicismo
pragmático que reduz tudo ao conjunto de técnicas e regras sem o conveniente
embasamento científico ocasionado pelo despreparo didático-pedagógico
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Assim, alguns professores são
formados na graduação e pós-graduação, como copiadores de conteúdo, sem
que haja uma preocupação em se formar educadores com didática apropriada.
Dessa maneira, a preocupação é quantitativa, de maneira que o conteúdo seja
transmitido em sua totalidade, porém sem a preocupação de que ele seja
assimilado e compreendido, paralisando o desenvolvimento da inteligência,
oferecendo ao aprendiz a discorrer com acerto, mas não lhe ensinando a pensar
e refletir.
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Ana Júlia Ferreira Rocha - juliarocha@mackenzie.com.br
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