Identificação de bobinas de motores assíncronas trifásicas
Tese: Identificação de bobinas de motores assíncronas trifásicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 28/9/2014 • Tese • 648 Palavras (3 Páginas) • 317 Visualizações
Identificação das bobinas de um motor de indução trifásico
Primeiramente é preciso fazer um teste de descontinuidade, ligando uma das pontas do multimetro (na posição medição de resistencia, em Ohms) a um dos terminais do motor e testar nos outroa terminais até encontrar a continuidade. Com isso, define-se a primeira bobina como 1 e 4, repetindo os procedimentos com os números 2 e 5 para a segunda bobina e 3 e 6 para a terceira bobina, conforme a imagem abaixo.
O próximo passo é verificar a polarização das bobinas do motor.
Primeiramente verifica-se a polarização das bobinas 1 e 2. Liga-se a bobina nº 1 (do terminal 1 e 4) em série com a bobina 2 (terminais 2 e 5) e liga-se uma lampada aos terminais 3 e 6. A figura abaixo demonstra essa ligação.
Se a lâmpada ligada nos terminais da bobina 3 acender, a bobina 1 está com a polaridade invertida. Assim deve-se trocas 1 por 4. Se a lampada permanecer apagada, as bobinas 1 e 2 estão polarizadas corretamente.
Agora se deve verificar a polaridade da bobina 3. É preciso interligar as bobinas 2 e 3 em série com a fonte de 220V e ligar uma lampada na bobina 1 (terminais 1 e 4). A figura abaixo demonstras as ligações.
Se a lâmpada que está colocada nos terminais da bobina 1 acender, a polarização está invertida. Neste caso deve-se trocar 3 por 6 e verificar se a lampada continua apagada. Em caso de sim, é necessário confirmar a numeração das bobinas do motor
2) Campo Magnético Girante
Os enrolamentos do estator de um motor trifásico são distribuídos ao longo do entreferro
do motor de forma a produzir uma fmm com características aproximadamente senoidais e
com defasagem de 2/3 radianos elétricos. Uma máquina de 2 polos pode ser
representada esquematicamente pela figura 1.
Figura 1: Distribuição dos enrolamentos do estator de um MIT de dois pólos.
Desprezando-se o efeito das ranhuras, ou seja,considerando que o entreferro é constante e
que a correntes entrando e saindo nos condutores possam ser representadas por uma
corrente concentrada, pode-se representar a fmm produzida pela fase "a" em função do
ângulo espacial do entreferro , considerando que no eixo magnético da fase "a" = 0
pode ser representada pela forma de onda apresentada na figura 2.
Figura 2: fmm produzida pelos enrolamentos distribuídos da fase “a”.
Esta forma de onda pode ser decomposta em série de Fourier e, tomando-se algum cuidado com o espaçamento entre as ranhuras, pode-se minimizar as harmônicas de baixa ordem de forma que a representação da fmm produzida por uma corrente ia pode ser dada por uma função cossenoidal do ângulo .
Onde ka é um fator que leva em consideração a distribuição dos enrolamentos, N é o número de espiras da bobina "a" e ia o valor instantâneo da corrente na fase "a".
De forma análoga é fácil observar que as fmm produzidas pelos outros enrolamentos (“b” e “c”) podem ser escritas por:
Se a corrente aplicada nas bobinas for trifásica e equilibrada pode-se perceber facilmente que a fmm produzida por cada enrolamento terá um comportamento pulsante ao longo do seu eixo magnético.
A fmm resultante será dada pela soma de cada uma destas ondas pulsantes nos seus respectivos eixos. Fazendo a soma obtém-se:
A característica desta fmm (FR) é diferente das fmms descritas por (4). Observa-se que esta cossenóide tem amplitude constante e se desloca em a medida que o tempo passa. Este tipo de onda é chamado de “trafegante”.
A velocidade angular desta onda que se desloca no entreferro é .
Concluindo: o efeito de correntes defasadas no tempo, circulando em bobinas defasadas no espaço, produz um campo magnético girante no entreferro.
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