Implantação de Sistema de Gestão Integrados em Usinas
Por: Luan Ricardo • 26/4/2020 • Monografia • 2.378 Palavras (10 Páginas) • 142 Visualizações
IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO EM SSMA EM USINAS: ESTUDO DE CASO
Luan Ricardo Alves da Silva [1]*
Sergio Constantino [2]*[3]*
- ANÁLISE DOS RESULTADOS
Atualmente, muitas organizações têm sua SGSST pautada em ações voltadas para o atendimento dos requisitos legais mínimos, atuando de forma reativa e sem apresentar resultados significativos. Isso pode ser considerado em decorrência de não se adotar uma visão sistêmica na abordagem da SGSST.
A implantação completa do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança se deu em aproximadamente um ano, com isso ficou facilitou a gestão dos riscos ajudando no controle dos atos e condições inseguras, incidentes e proporcionalmente os acidentes e doenças ocupacionais. Anualmente é realizado uma auditoria interna, a fim de verificar aderência a política de SGSST.
Atualmente existem procedimentos padrões para todos os tipos de atividades e esses procedimentos são atualizados sempre que há alguma mudança no ambiente ou processo, mudança de ferramenta ou equipamentos. Sempre que algum tipo de mudança em algum passo da atividade for identificado os procedimentos concernentes às mudanças são alterados e novamente divulgados aos níveis da empresa.
O controle de acidente e doenças ocupacionais se mostra com resultados cada vez mais interessantes, como por exemplo, recordes após recordes de horas homens trabalhadas sem acidentes. Outro aspecto importante da implementação do Sistema de Gerenciamento de Saúde e Segurança é a redução de gastos com acidentes e com tratamento de colaboradores com doenças ocupacionais.
Por outro lado os colaboradores podem contar com um ambiente de trabalho mais seguro e saudável. Contar também com equipamentos, veículos e ferramentas adequados para a execução das atividades. Enfim, todos os aspectos do Sistema de Gestão estão continuamente sendo atualizados e os resultados são de grande aceitabilidade e reconhecimento da Diretoria da empresa devido à apresentação dos ganhos com a implementação do sistema de gestão.
Entretanto, apesar dos resultados positivos alcançados, que o SGSST, como qualquer ferramenta gerencial, deve ser apropriada às atividades e depende do envolvimento de todos, principalmente da alta liderança que deve proporcionar todos os recursos necessários para que a ferramenta seja eficaz.
O Sistema de Gestão pode ser visto como uma ferramenta gerencial e que, segundo os resultados apresentados no estudo de caso, pode propiciar a melhoria de desempenho de SST nas empresas.
Com a implantação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST), conclui-se que a organização tem como controlar os riscos à saúde e segurança ocupacional dos seus empregados, bem como enriquecer o desempenho de seu negócio, fazendo dele um lugar seguro e saudável para os seus clientes internos e externos.
Adotar procedimentos que visem a integridade das pessoas, que são a engrenagem das organizações, requer mudanças de cultura por parte de todos os níveis gerenciais das empresas. Proporcionar um ambiente livre de acidentes, sejam eles às pessoas, meio ambiente ou instalações, garante maior sustentabilidade e compromisso com os clientes.
Contudo, é importante ressaltar que o tema deste trabalho não é por si só acabado, ou seja, pode haver outras perspectivas a respeito das práticas de implantação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, a fim da busca de melhoria nas organizações.
Segundo os dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) recomendam os seguintes parâmetros para a Taxa de Frequência e Taxa de Gravidade:
Taxa de Frequência (número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco):
Com resultado até 20 = muito bom.
De 20,1 a 40 = bom.
De 40,1 a 60 = ruim.
Acima de 60 = péssima.
Taxa de Gravidade : dias de trabalho foram perdidos por afastamento (ligado ao acidente ou doença do trabalho), incapacidade permanente ou morte para cada 1 milhão de horas de trabalho na empresa em determinado período:
Resultado até 500 = muito bom.
De 500,01 a 1.000 = bom.
De 1000,01 a 2.000 = ruim.
Acima de 2.000 = péssima.
A empresa em análise optou por não divulgar os dados exatos, por questões de confidencialidade, entretanto suas variáveis são:
Taxa de Frequência: entre 1 e 4.
Taxa de Gravidade: entre 10 e 20
Ou seja, empresas com um sistema robusto de gestão de segurança, bem implementado, possuem menores frequência de acidentes, bem como menores dias com afastamento.
Além da taxa de frequência e gravidade, que é um indicador específico para acidentes com pessoas, outra solução que auxilia positivamente na consolidação dos resultados, e que vem demonstrando evolução anão a ano, foi a criação de indicadores de acidentes materiais específicos das atividades relacionadas ao processo de usinas conforme abaixo, e que foi adotado pela empresa em questão:
- Taxa de Acidentes de Processos = Número de Ocorrência de Nível 1 / milhão de horas homens trabalhadas na indústria
- Taxa de Acidente em Frota Leve = Número de Ocorrência / milhão de quilômetros rodados;
- Taxa de Acidente em Frota Apoio = Número de Ocorrência / milhão de quilômetros rodados
- Taxa de Acidente em Transporte de Integrantes = Número de Ocorrência / milhão de quilômetros rodados
- Taxa de Acidente em Transporte de Cana = Número de Ocorrência / milhão de quilômetros rodados;
- Taxa de Acidente em Máquina Agrícola = Número de Ocorrência * 100.000 / Horas Máquinas Trabalhada;
- Incêndios Agrícolas = Número de Ocorrências de Origem Interna / milhão de toneladas de cana colhida.
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste trabalho foi possível mostrar o objetivo principal dos sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho, como sendo uma ferramenta organizacional que pode proporcionar a melhoria contínua do desempenho de segurança e saúde no trabalho em organizações de diversos setores viabilizando a gestão de ferramentas aplicadas para este fim.
As usinas de cana de açúcar, é um modelo de atividade econômica fortemente rentável, entretanto a sua cultura de segurança, precisa passar por um forte processo de evolução. Conforme mostrado acima, a criação de indicadores específicos para acidentes relacionados a este tipo de operação, é uma das soluções para acompanhamento de evolução. A partir dele é possível medir o desempenho de segurança da organização, e onde é necessário agir de forma imediata. Cabe destacar que estes indicadores, devem estar diluídos a nível de diretoria e gerencial da organização através do programa de metas anuais, para que todos sejam donos do negócio.
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