Inovação E Big Data No Brasil

1 INTRODUÇÃO

O processo de tomada de decisão no indivíduo e na empresa é complexo. Pode enveredar por caminhos muito diversos, desde o impulso repentino, complementado por imposição autocrática , até a análise aprofundada, seguida por laborioso processo de negociação e compromisso (C. Machline – 1977).

Segundo C. Machline (1977), no processo de decisão utiliza-se como fundamento os critérios de valor e utilidade. Os critérios de valor estão diretamente ligados aos princípios de eficácia, ao qual submetemos nossas decisões.

Nesse sentido, diante do ambiente uma empresa podemos citar como exemplo de valores: aspiração ao lucro, aversão ao risco e realização do potencial criativo.

Contudo, diante destas premissas, C Machline (1977) ressalta que:

“todo indivíduo, grupo e sociedade possuem diferente perfil de valores, de modo que optarão muitas vezes por linhas de ação diversas, em face do mesmo problema. A decisão é indissoluvelmente ligada ao perfil de valores da pessoa ou da empresa, sendo, pois subjetiva e intransferível de um responsável para outro”.

No que diz respeito ao segundo critério citado pelo autor, a utilidade, é a unidade de eficácia que permitirá efetuar medições quantitativas na escala de valor (C. Machline – 1977). Ou seja, a utilidade é o critério que permite auferir medições a respeito do processo de decisão.

Diante deste contexto, considerando os critérios de valor e utilidade apresentados, é necessário que estes sejam subsidiados por informações e dados consistentes para que possam ser analisados hipoteticamente pelos critérios ora referenciados.

A obtenção de dados relevantes é um grande desafio para o processo de tomada de decisão. Segundo um artigo publicado pela Revista CIO em 2012 , “Dados úteis podem vir de qualquer lugar (e estar em toda parte) ”.

Neste sentido, as informações necessárias para construção de estratégias efetivas de mercado podem estar dispersas em aspectos comportamentais de negócios e pessoas reunidas em sociedade ou mesmo em cada pessoa no contexto de sua individualidade.

Diante deste cenário, Joab Jackson (CIO/EUA 2012), afirma que:

“A crescente necessidade de ter a análise de dados empresariais sempre disponíveis, combinado com o armazenamento de grandes volumes de dados e capacidades avançadas de análise, tem revigorado o interesse em data warehouses e tecnologias adjacentes”.

O processo de captura, armazenamento, análise e sistematização de dados em informações relevantes para estratégias de negócios, só é possível graças à tecnologia da informação. É nessa perspectiva que surge o BIG DATA, tratado como “a nova fronteira para inovação e competitividade” segundo um relatório da Computer World (2014).

Segundo um relatório do IDC (2013):

“Tecnologias Big Data descrevem uma nova geração de tecnologias e arquiteturas, designadas para economicamente extrair valor de grandes volumes de uma grande variedade de dados, com alta velocidade de captura, descobertas e/ou análises”.

O Big Data está se mostrando cada vez mais uma ferramenta poderosa que promete transformar os volumes massivos de dados de uma organização com inteligência, fornecendo