CRITICA BIG BROTHER BRASIL
Trabalho Universitário: CRITICA BIG BROTHER BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: saquettirafael • 2/11/2014 • 1.382 Palavras (6 Páginas) • 2.145 Visualizações
O Big Bhother Brasil é um produto da indústria cultural, considerado atualmente o reality show de maior sucesso do mundo. Movimenta a economia, chama a atenção dos formadores de opinião da mídia, e bate recorde de audiência.
Podemos analisar o Big Bhother Brasil pela indústria cultural, começando pelo esqueleto que esse reality show apresenta. Sua criação no Brasil não é original.
O primeiro reality show deste gênero surgiu na Europa, mais precisamente na Holanda, em 1999. John de Mol, executivo de TV e criador do programa, deu a ele o nome de Big Brother, nome de um personagem de um livro de George Orwell (Irmão Grande, no sentido de irmão mais velho que toma conta dos menores; na ficção de Orwell, líder opressor). Mundo afora, muitos programas semelhantes surgiram, conservando o mesmo nome ou traduzindo-o para o idioma local. Em alguns lugares o programa foi copiado exatamente como o original, mantendo o nome, como foi o caso do Brasil (Big Brother Brasil - BBB).
Se não é original, logo podemos notar que o conceito da teoria critica que aqui se aplica é a de falsa novidade. Foi montado seguindo a estrutura de outros países. Embora, o público teve a sensação do “novo” programa lançado pela TV Globo, muitos não sabem que foi um programa copiado de um esqueleto pré-aprovado como um produto de sucesso.
Outro conceito observado no BBB é de que o consumidor acha que domina a indústria cultural, mas, antes é objeto dedominação. Nos meses de exibição, os fãs acompanham diariamente a “vida real” dos participantes, ficam completamente atentos a qualquer notícia e novidade da casa dos BBBs. Por quê?
A resposta fica evidente se pensarmos no método que o programa usa para manipular o público. As eliminações, assim como, as participações de antigos participantes, e a escolha do vencedor são decididas por votação. Votação essa que é organizada pela grande comunicação de massa visando sempre à audiência e o lucro para a emissora. A ideia de dominação do espectador nasce desse ponto. Pois a principal mensagem que fica gravada na mente dessas pessoas é: “Você que está em casa, é quem a decide hoje quem continua, e quem sai do BBB”. Fique de olho!
Percebeu como existe a sensação de dominar? Mas, só existe. Porque na prática, o jogo é inverso: os fãs são dominados. Não sobra espaço para crítica ou qualquer julgamento que leve o individuo a se questionar se o reality é benéfico para a sua vida e para a sociedade.
Um ponto que merece destaque segundo a teoria critica, aplicando – a no Big Brother è a ideologia cultural: a adaptação toma o lugar da consciência. Esse reality passa para o telespectadores a imagem de que foi criado baseado na realidade de pessoas comuns e tem como objetivo entreter, e deixar a decisão fluir pelo povo. Esse pensamento é totalmente ideológico. Pois a massa é dominada pela burguesia (nas palavras de hoje: milhares de pessoas sãodominadas pela globo, que vivem alienadas pelo BBB). O programa faz tamanho sucesso por isso: O que parece feito para o povo, é na verdade uma extensão do trabalho das próprias pessoas, porque a globo ganha dinheiro assim: enquanto você puder colaborar nas suas horas de lazer e descanso vendo o BBB em casa e votando no seu jogador predileto, melhor vai ser o lucro final “Assita, vote, fique burro, porque você me rende muito”. Essa é ferramenta mais poderosa que a indústria cultural usa para as massas. As mentes são preparadas para um esquematismo racionalizado: pois sempre vai parecer para os consumidores como “um conselho de quem entende”. O telespectador não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher. È a lógica do clichê.
No Big Brother Brasil, o culto à imagem e à beleza é evidente e se intensifica a cada edição. A começar pela casa espetacular: enorme, bem decorada, com piscina, jardim, academia, cozinha muito bem equipada, enfim, o sonho de consumo de grande parte das pessoas que assiste ao programa. As festas também estão envoltas de beleza e sedução, seja pela decoração, roupas enviadas aos brothers, música ou comidas. Esse culto á beleza não fica restrito a casa do BBB. Esses padrões criados dentro do programa viram ícones estéticos para o publico. Tudo que o público vê no programa, é vendido na loja virtual da globo. Fica clara a intenção da indústria cultural: de lucrar sempre. Com tudo que for possível, eo que ainda não é possível, certamente será em breve, alienado com a ideia de falsa novidade.
O último ponto a ser comentado nesta análise segundo a teoria critica são os estereótipos no BBB. Quanto mais os jogadores causarem algum tipo de identificação no telespectador, maior será a dominação por parte da indústria cultural desses consumidores. Os estereótipos são aceitos com facilidade pelo público e muda a percepção de cultura dessas pessoas.
Reconhecemos facilmente os estereótipos que são criados, forçada ou espontaneamente. As edições e os participantes mudam, mas os personagens, de certa forma, continuam os mesmos: as mulheres gostosonas, os caras sarados, os excluídos – sejam por raça, condição social ou opção sexual, os engraçados, os “barraqueiros”, e muitos outros conhecidos.
Na edição de 2010, os jogadores foram divididos em “tribos”: os sarados, os coloridos, os inteligentes e os belos. Esses estereótipos já foram apresentados antecipadamente para o público e foram se confirmando ou não durante o programa,
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