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Jogos E Oficinas Pedagógicas

Seminário: Jogos E Oficinas Pedagógicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/4/2014  •  Seminário  •  2.806 Palavras (12 Páginas)  •  698 Visualizações

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Atualmente, o mundo globalizado exige níveis de competência cada vez maiores aos

profissionais das diversas áreas de atuação. Mesmo as pessoas que ainda não estão inseridas

no mercado de trabalho, vêem-se, constantemente, confrontadas a desafios impostos por esse

mundo automatizado e tecnológico.

Face a essa situação, vem-se discutindo no Programa Especial de Formação de

Professores, da Universidade Federal do Acre, mais precisamente no âmbito da disciplina

Oficina de Matemática, meios de se levar aos professores e alunos do ensino fundamental e

do ensino médio e à comunidade em geral, novas formas de ensino acerca das noções

matemáticas. Efetivamente, na esteira de diversos autores que vêm se debruçando sobre o

assunto, pretendemos contribuir para a elaboração de um instrumental que auxilie o professor

na sua praxis pedagógica.

Espera-se que esse instrumental seja visto, muito mais do que simples meios de

transmissão de conteúdos, como formas estimulantes do raciocínio e da capacidade de

resolução de problemas do dia-a-dia. Espera-se, ainda, contribuir para a quebra do velho

paradigma da matemática como a disciplina mais difícil, reservada aos mais inteligentes e

inacessível a uma boa parte dos alunos.

2 JOGOS NA SALA DE AULA

D’ Ambrósio (1991, p.1) afirma que “[...] há algo errado com a matemática que

estamos ensinando. O conteúdo que tentamos passar adiante através dos sistemas escolares é

obsoleto, desinteressante e inútil”. As palavras deste autor evidenciam a necessidade de se

abandonar o tradicionalismo, isto é, a visão da matemática como disciplina que desperta

ansiedade e medo em crianças, jovens e adultos, além de apresentar o maior índice de

reprovação nas escolas. Evidenciam, também, a urgência de uma reflexão acerca de novas

estratégias pedagógicas que contribuam para a facilitação do processo de ensinoaprendizagem

dessa disciplina, ao mesmo tempo que estimulem nos alunos o pensamento

independente, o que lhes permitirá a utilização de recursos e instrumentos úteis no seu

cotidiano.

Essa é, em resumo, a proposta deste trabalho: oferta de novas estratégias pedagógicas

para o ensino da matemática, baseadas na utilização de jogos. Acredita-se que os jogos, além

de úteis para o desenvolvimento do raciocínio lógico, a criatividade e a capacidade de manejar

situações reais, podem, ainda, servir de elemento facilitador no despertar do aluno para a

importância da matemática para a sua vida social, cultural e política. Nesse sentido, Borin

(1996. p.09) diz que:

Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade

de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a

Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo,

onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao

mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um

melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de

aprendizagem.

Nesse norte, Malba Tahan (1968) afirma que “para que os jogos produzam os efeitos

desejados é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores”. Com efeito, se

partirmos do princípio de que as crianças pensam de maneira diferente dos adultos e de que

nosso objetivo não é ensiná-las a jogar e, sim, acompanhar a forma como jogam, talvez

possamos auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que entendam o raciocínio

instalado por trás de cada jogo. É evidente que, nesse processo de observação atenta, o

professor interferirá, sempre que possível, para abordar questões interessantes, sem, no

entanto, perturbar a dinâmica dos grupos.

Lara (2004, p. 24-27), apresenta alguns tipos de jogos, diferenciando-os entre si:

1. Jogos de construção são aqueles que trazem ao aluno um assunto desconhecido fazendo

com que, por meio da manipulação de materiais ou de perguntas e respostas, ele sinta a

necessidade de uma nova ferramenta, ou se preferirmos, de um novo conhecimento para

resolver determinada situação – problema proposta pelo jogo. Na procura desse novo

conhecimento ele tenha a oportunidade de buscar por si mesmo uma nova alternativa para a

resolução da situação – problema.

2. Jogos de treinamento são aqueles criados para que o aluno utilize várias vezes o mesmo

tipo de pensamento e conhecimento matemático, não para memorizá-lo, mas, sim, para

abstraí-lo, estendê-lo, ou generalizá-lo, como também, para aumentar sua auto-confiança e sua

familiarização com o mesmo.

3. Jogos de aprofundamento são utilizados depois de o aluno ter construído ou trabalhado

determinado assunto. A resolução de

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