LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 - CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
Por: Stephanie Elize • 26/1/2018 • Trabalho acadêmico • 1.377 Palavras (6 Páginas) • 288 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
SAMUEL BRITO – 1615140200
STEPHANIE RAMIRES – 1415070201
LABORATÓRIO DE FISICA 2
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
Manaus/Am
2017
OBJETIVOS
Estudar o comportamento do campo magnético gerado por uma corrente e identificar o campo magnético terrestre, assim como determinar o seu valor.
INTRODUÇÃO TEÓRICA
Segundo Halliday & Resnick, o campo magnético é uma propriedade básica de muitas partículas elementares, do mesmo modo como a massa e a carga elétrica (quando existe) são propriedades básicas.
O módulo do campo magnético da terra varia entre 20 µT a 60 µT, mas, devido às condições geológicas presentes em determinados locais, ele pode diferir bastante do valor esperado para aquela região. Na maior parte dos pontos na superfície da Terra, o campo magnético não é paralelo à superfície. Por isso, em geral, ele é especificado por meio de suas componentes horizontal, na direção Norte-Sul, e vertical.
- Cálculo do Campo Magnético produzido por uma corrente
Um fio condutor, com uma corrente i, gera um campo magnético ao seu redor, de acordo com a Lei de Ampere. A figura 1 mostra de forma arbitrária uma corrente i percorrendo por um fio.
[pic 1]
Figura 1 – Campo magnético (Fonte: Halliday & Resnick)
As linhas de campo magnético produzidas por uma corrente em um retilíneo longo são círculos concêntricos em torno do fio, como indica a figura 2.
[pic 2]
Figura 2 – Linhas de campo magnético em um fio retilíneo (Fonte: Halliday & Resnick)
Os campos magnéticos, como os campos elétricos, podem ser somados para determinar o campo total. Assim, podemos calcular o campo total no ponto P somando, por integração, as contribuições de todos os elementos de corrente. O módulo do campo no ponto P por um elemento de corrente i é dado por:[pic 3][pic 4][pic 5][pic 6]
[pic 7][pic 8]
Onde θ é o ângulo entre as direções de e r, o vetor que liga ds a P e µ0 é uma constante, conhecida como permeabilidade no vácuo, cujo valor é dado por: [pic 9]
µ0 = 4π x 10-7 T.m /A ≅ 1,26 x 10-6 T.m/A
A direção de , que é para dentro do papel, é a do produto vetorial x . Podemos, portanto, escrever a equação, em forma vetorial, como:[pic 10][pic 11][pic 12]
= [pic 13][pic 14]
Esta equação e sua forma escalar, são conhecidas como lei de Biot-Savart. A lei, que se baseia em observações experimentais, é do tipo inverso do quadrado.
- Lei de Ampère
Segundo Halliday & Resnick, é possível calcular o campo magnético total associado a qualquer distribuição de correntes escrevendo o campo magnético elementar produzido por um elemento de correte i e somando as contribuições de todos os elementos de corrente. Assim, podemos usar a Lei de Ampère para determinar o campo magnético total, o que facilita consideravelmente os cálculos.[pic 15][pic 16]
De acordo com a Lei de Ampère,
= [pic 17][pic 18][pic 19]
O círculo no sinal de integral indica que a integração do produto escalar · deve ser realizada para uma curva fechada, conhecida como amperiana. A corrente ienv é corrente total envolvida pela curva fechada. [pic 20][pic 21]
Para aplicar a lei de Ampere dividimos mentalmente a amperiana em elementos de comprimento que são tangentes à curva e apontam no sentido de integração. O produto escalar . é igual a B ds. Assim, a Lei de Ampère pode ser escrita na forma:[pic 22][pic 23][pic 24][pic 25]
[pic 26][pic 27]
Assim, o produto escalar . é um produto de um comprimento elementar ds da amperiana pela componente do campo B tangente à amperiana nesse ponto. Aplicamos a regra da mão direita da Lei de Ampère, tomando o sentido de integração o anti-horário, a corrente total envolvida amperiana é: ienv = i1 – i2. [pic 28][pic 29][pic 30]
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para a realização do experimento, foram necessários os seguintes
instrumentos:
- Fonte alimentadora AC/DC;
- Multímetro digital;
- Bússola magnética;
- Uma bobina eletromagnética com 26 espiras;
- Cabos para conexão.
Para iniciar o experimento, fez-se a seguinte montagem:
[pic 31]
Figura 3 – Montagem do experimento. (Fonte: Própria)
Alinhou-se corretamente a bússola de acordo com o campo magnético terrestre antes de se iniciarem as medições. Após isso, inseriu-se uma corrente elétrica na bobina, variando-a e anotando o ângulo de deflexão θ da agulha da bússola. Os resultados seguem na Tabela I:
Med. | Corrente i (A) | Ângulo θ | Campo Magnético B (T) | Campo Terrestre Bth |
1 | 1,10 ± 0,02 | 8 ± 1 | 4.3373x10-4 ± 1.5744x10-5 | 3.0861x10-3± 7.7152x10-4 |
2 | 50,00 ± 1,00 | 40 ± 1 | 1.9715x10-2 ± 7.886x10-3 | 2.3495x10-2 ± 1.1747x10-3 |
3 | 194,00 ± 3,88 | 52 ± 1 | 7.6494x10-2 ± 3.0598x10-3 | 5.9763x10-2 ± 2.3047x10-3 |
4 | 180,00 ± 3,60 | 55 ± 1 | 7.0974x10-2 ± 2.8390x10-3 | 4.9696x10-2 ± 1.8071x10-3 |
5 | 194,00 ± 3,88 | 60 ± 1 | 7.6494x10-2 ± 3.0598x10-3 | 4.4163x10-2 ± 1.4773x10-3 |
Tabela 1 – Dados do experimento. (Fonte: Própria)
RESULTADOS E CONCLUSÃO
Com uma bobina de 26 espiras de comprimentos L1=8cm e L2=7cm, além da corrente lida no multiteste, foi possível calcular o campo magnético gerado pela bobina, utilizando a Equação 1 abaixo.
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