LABORATÓRIO DE FÍSICA II CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
Por: iangabriel07 • 6/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.153 Palavras (5 Páginas) • 233 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA – EST
LABORATÓRIO DE FÍSICA II
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
ALUNO (A): IAN GABRIEL COSTA MACHADO - 1215120276
PROFESSOR (A): JOSÉ LUIZ DE NUNES DE MELLO
MANAUS – AM
2018
Objetivos
- Estudar o comportamento do campo magnético gerado por uma corrente.
- Identificar o campo magnético terrestre e determinar seu valor.
Introdução Teórica
O planeta terra é apontado como um imenso imã o qual gera um campo magnético. A partir de 1870, a problemática que tem deixado os cientistas preocupados é a oscilação do momento magnético da terra, tendo em vista isso, foi ratificado a debilidade do mesmo, gerando teorias do fim do campo. A observação dos corpos celestes, é uma das principais evidências da comunidade científica, O grego Tales de Mileto (624 a.c.-546 a.c.), apontou que os objetos em si estavam atraídos, através de propriedades de um metal e uma rocha.
Mas o que gerou um grande espanto, foi que a partir do ano 1100, os chineses inventaram um instrumento composto de um material imantado, que possibilitava a orientação geográfica, a famosa bússola, num primeiro momento, a magnetização da bússola indicava o norte magnético.
No ano de 1269, um francês chamado Petrus Peregrinus (1240), com seu estudo denominado “Espitola de Magnete”, demonstrou que quando a agulha da bússola sofria uma perturbação, a sua orientação se movia em diferentes partes. Ele também separou dois imãs em partes iguais, e quem em ambas as partes existia polo norte e polo sul. Com isso, foi pioneiro ao descrever a lei da atração e da repulsão.
[pic 1]
Figura 1: Imã dividido, gerando polo norte e sul, fonte: Ebah.
Na época das grandes navegações, a declinação magnética fora observada com a intenção de determinar o norte magnético, seu conceito nada mais é do que a divergência entre o norte geográfico e o norte magnético, para uma localização definida. Essas informações inferem que há uma variabilidade no campo tanto no tempo, como no espaço.
Em 1600, o cientista William Gilbert (1544-1603), descreveu que a terra possui seu próprio campo, e que os corpos são considerados magnéticos, por isso a atração. Notou que qualquer objeto pode se tornar elétrico, todavia apenas os compostos ferrosos permitiam a magnetização. Seu principal experimento foi “Terella” no qual um imã esférico apoiado em uma agulha, tinha propriedades semelhantes á do planeta terra.
[pic 2]
Figura 2: Campo Magnético Terrestre e suas linhas de força, fonte: Gorocks.
No Sistema Internacional (SI), a sua unidade é em Tesla (T), em referência ao renomado Nikola Tesla (1856-1943). A estrutura do campo magnético é descrita através das linhas de força, a proximidade das linhas em relação ao campo magnético determinam sua intensidade, quanto mais perto, maior a intensidade ou vice-versa. Algumas propriedades das linhas de campo:
Linhas de campo magnético nunca se cruzam.
Linhas de campo magnéticas naturalmente agrupam-se em regiões onde o campo magnético é mais forte. Isso significa que a densidade das linhas de campo indicam a força do campo.
Linhas de campo magnéticas não começam ou terminam em lugar algum, elas sempre fazem ciclos fechados e continuam dentro de um material magnético (embora, às vezes, elas não sejam desenhas deste jeito).
Não se tem nenhum imã no núcleo terrestre. O material que é constatado o é um fluido de Níquel (Ni) e Ferro (Fe) com uma alta condutividade elétrica (σ = 5x105 S/m), através da indução, as correntes elétricas amplificam o campo magnético.
Procedimento Experimental
Os seguintes materiais foram utilizados no experimento:
- Dois multitestes;
- Cinco fios com ponteira banana;
- Uma fonte CC;
- Uma bobina com 26 espiras;
- Uma bússola magnética;
- Uma chave interruptora;
- Uma régua;
[pic 3]
Figura 3: Fonte de tensão CC, fonte: própria.
Primeiramente, houve a orientação da bússola para o norte. O comprimento das bobinas foi aferido. O lado L1 possui 8,3 ± 0,1 centímetros e o lado L2 possui 7,1 ± 0,1 centímetros.
A régua fora posicionada em cima da bobina, e a bússola por cima da régua, fazendo com que o norte indicasse a mesma direção das bobinas. Um circuito simples foi montado para se ater as leis do magnetismo e a influência na direção do experimento. Neste caso houve um deslocamento para o lado leste da agulha, ou o lado direito.
Regulou-se a fonte em um volt, como já afirmado anteriormente, houve um deslocamento para a direita, quanto mais próxima a bússola ficava perto da bobina. Isso indica que a corrente é capaz de causar um campo magnético que entra em atrito com imã que há na ponta da bússola.
Já consolidando o experimento, há uma perpendicularidade entre os campos da bobina e o campo magnético da terra. Portanto, a fonte de tensão começou a sofrer variações, com o intuito de obter diferentes correntes, observando também a diferença de ângulo na agulha para cada variação de corrente. Com a Lei de Biot-Sawart, verificou-se o valor do campo magético ocasionado pela bobina.
B = ( + ). [pic 4][pic 5][pic 6]
Em seguida, utilizando uma equação melhor simplificada, calculou-se o valor do campo magnético:
[pic 7]
[pic 8]
Figura 4: Experimento sendo realizado, fonte: própria.
Na tabela a seguir, mostra-se os valores identificados:
Aferições e medidas calculadas no experimento | ||||
Medida | Corrente i (mA) | Ângulo θ | Campo Magnético B (T) | Campo Terrestre Bth (T) |
1 | 34,7 ± 1 | 340º ± 1 | 133,5 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 | 0,39 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 |
2 | 70 ± 1 | 323º ± 1 | 269,2 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 | 0,83 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 |
3 | 110,5 ± 1 | 310º ± 1 | 424,9 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 | 1,37 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 |
4 | 124 ± 2 | 307º ± 1 | 476,9 x 10⁻7 ± 2 x 10-7 | 1,55 x 10⁻7 ± 2 x 10-7 |
5 | 159,7 ± 3 | 301º ± 1 | 614,1 x 10⁻7 ± 3 x 10-7 | 2,04 x 10⁻7 ± 3 x 10-7 |
6 | 198 ± 3 | 295º ± 1 | 761,4 x 10⁻7 ± 3 x 10-7 | 2,58 x 10⁻7 ± 3 x 10-7 |
7 | 0,48A ± 1 | 287º ± 1 | 1,576 x 10⁻4 ± 1 x 10-7 | 5,49 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 |
8 | 0,41A ± 1 | 282º ± 1 | 1,73 x 10⁻4 ± 1 x 10-7 | 6,13 x 10⁻7 ± 1 x 10-7 |
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