Diário de campo estágio supervisionado II
Por: jade40 • 22/5/2016 • Relatório de pesquisa • 342 Palavras (2 Páginas) • 670 Visualizações
Essa demanda aconteceu no dia 23/12/2015, na Unidade de saúde básica Maria Augusta Estrela.
A mãe veio ao setor de Serviço Social, porque a filha de 13 anos que sofre de depressão severa e que aos 11 iniciou o tratamento psiquiátrico, tomou a medicação durante um ano e alguns meses.
Segundo a genitora, ela engordou muito durante o tratamento. Através de pesquisas na internet a adolescente resolveu parar de tomar as medicações e de comer, pois ela relata que são as medicações que a fazem ganhar peso. Há um mês tem se alimentado forçadamente pela mãe, que não consegue marcar uma consulta com o psiquiatra da adolescente para uma data mais próxima, mesmo relatando o que vem acontecendo.
Desde 1990 com o ECA, as crianças e os adolescentes são reconhecidos como sujeito de direitos estabelecendo que a família, o Estado e a Sociedade são responsáveis pela sua proteção, já que são pessoas que estão vivendo um período de intenso desenvolvimento físico, psicológico, moral e social.
“Seus direitos devem ser tratados com prioridade absoluta”. Entende-se que, os direitos das crianças e dos adolescentes estão em primeiro lugar e não devem de forma alguma ser negligenciada.
Então porque a adolescente citada não consegue marcar uma consulta para o dia seguinte?
A direção da unidade de saúde juntamente com os profissionais não teriam que dar prioridade para essa adolescente?
Nesse caso, o setor de Serviço Social interveio e conseguiu marcar uma consulta para dali há dois meses, porém o profissional do setor não ficou satisfeito e expos o problema da adolescente, argumentando que, o seu caso era grave e que era seu direito ser atendida adequadamente e o mais rápido possível. Só assim a consulta foi remarcada para dali há uma semana.
Isso mostra a falta de recursos humanos, eficácia do sistema público e má gestão.
Com a demora das marcações, as vezes, o problema torna-se muito maior, devido a esse espaçamento de tempo.
O Serviço Social esbarra com esse exemplo nos limites da instituição que materializam a precarização dos serviços prestados e da falta de cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
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