Linhas de transmissão
Por: Luan De Toni • 7/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.736 Palavras (7 Páginas) • 231 Visualizações
Linhas de Transmiss˜ao
Luan Bottin de Toni(246851)
7 de setembro de 2015
Resumo
Este relat´orio descreve um experimento cujo objetivo ´e entender a
propaga¸c˜ao de ondas eletromagn´eticas atrav´es de cabos coaxiais e seus
comportamentos ao variar a resistˆencia em sua extremidade. Mostrase
que ´e poss´ıvel calcular a velocidade de propaga¸c˜ao atrav´es de um
referencial te´orico ou um equipamento experimental e que essa velocidade
´e cerca de 2/3 da velocidade da luz, evidenciando a utilidade de
tais cabos para linhas de transmiss˜ao.
1 Introdu¸c˜ao
Atualmente as frequˆencias usadas na transmiss˜ao de sinais est˜ao cada
vez mais altas, levando a perdas importantes nos sinais. Isto faz com que o
conhecimento da f´ısica envolvida seja muito importante.
O experimento realizado tem como objetivo estudar os aspectos da propaga¸c˜ao
de ondas eletromagn´eticas em uma linha de transmiss˜ao constitu´ıda
por um cabo coaxial, medindo sua capacitˆancia, indutˆancia e impedˆancia,
assim como analisar a propaga¸c˜ao e reflex˜ao de pulsos.
Um cabo coaxial ´e uma linha de transmiss˜ao que consiste de um centro
condutor (geralmente de cobre), um espa¸camento diel´etrico, uma malha
condutora externa e uma cobertura pl´astica que, al´em de servir como terra,
blinda o sinal de campos eletromagn´eticos externos.
E razo´avel supor que uma linha de transmiss˜ao se comporta como uma ´
distribui¸c˜ao cont´ınua de capacitores e indutores, da qual isolamos uma c´elula
elementar demonstrada na figura 1.
A tens˜ao V0(t) aplicada num extremo introduzir´a um sinal V(x,t) e I(x,t)
que se propagar´a ao longo do cabo como uma onda. Na figura 1 h´a uma
queda de tens˜ao provocada pela corrente dada por ∆I/∆t na indutˆancia
L
0∆x. Ao considerarmos um cabo ideal sem perdas e aplicarmos a lei das
malhas temos que:
∆V (x, t) = −L
0∆x
∆I(x, t)
∆t
Analogamente, a diferen¸ca de corrente ´e dada por:
∆I(x, t) = −C
0∆x
∆V (x, t)
∆t
1
Figura 1: C´elula elementar de extens˜ao ∆x do circuito onde L’ e C’ representam
a indutˆancia e capacitˆancia por unidade de comprimento.
Tomando o limite ∆x, ∆t → 0:
∂V
∂x = −L
0 ∂I
∂t (1)
∂I
∂x = −C
0 ∂V
∂t (2)
Ao tomarmos a derivada da equa¸c˜ao (1) em rela¸c˜ao a x e a derivada da
equa¸c˜ao (2) em rela¸c˜ao a t, temos que:
∂
2V
∂x2
= −L
0 ∂
2
I
∂t∂x ;
∂
2
I
∂x∂t = −C
0 ∂
2V
∂t2
Logo, temos que:
∂
2V
∂x2
= L
0C
0 ∂
2V
∂t2
(3)
Como a equa¸c˜ao (3) e a equa¸c˜ao da onda s˜ao matematicamente a mesma
vemos que, de fato, trata-se de uma onda se propagando no cabo com velocidade:
v =
1
√
L0C0
(4)
A capacitˆancia e indutˆancia por unidade de comprimento est˜ao relacionadas
com parˆamentros geom´etricos dos cabos:
C
0 =
2πR
ln(r2/r1)
; L
0 =
µ0
2π
ln(r2/r1) (5)
onde R = κ0 ´e a constante de permissividade do diel´etrico do cabo coaxial.
Ao aplicarmos uma tens˜ao na extremidade do cabo uma onda e corrente
s˜ao geradas, no sentido positivo, de acordo com as rela¸c˜oes:
V+(x, t) = V0(t −
x
v
) ; I+(x,
...