MOTORES FORD

1. Introdução:

O propósito do presente trabalho é dar noções sobre o funcionamento e a manutenção dos motores a combustão interna alternativos. Serão apresentado as partes principais de um motor, seguido de quatro motores Ford, sendo três movidos a gasolina e um a diesel. Após a apresentação dos motores será feito uma breve introdução sobre manutenção, seguido de uma descrição de como ela é feita na concessionária Florisa.

2. Classificação dos motores de combustão interna:

Os motores de combustão interna seguem vários critérios de classificação, os quais são citados a seguir:

2.1. Classificação segundo o tipo de serviço:

a) Motores para propulsão de veículos terrestres, marítimos e aeronáuticos.

b) motores estacionários: geradores, bombas, máquinas agrícolas, construção civil.

c) motores especiais: de corrida, brinquedos, pesquisa, acrobacia aérea, portáteis.

2.2. Classificação segundo o tipo de combustível:

a) Estado físico: sólido, líquido ou gasoso.

b) Origem da biomassa: convencional ou do petróleo, alternativos ou de plantações renováveis.

2.3. Classificação segundo o tipo de ignição:

a) Ignição por centelha (ICE) – motores com vela.

b) Ignição por compressão (ICO) – motores diesel.

2.4. Classificação segundo o tipo de alimentação:

a) Entrada de ar: aspiração natural ou sobrealimentado.

b) Entrada de combustível: carburação, injeção mecânica ou injeção eletrônica.

2.5. Classificação segundo o tipo de refrigeração:

a) Refrigeração a ar.

b) Refrigeração a água.

2.6. Classificação segundo o número de tempos:

a) 2 tempos (1 ciclo por rotação).

b) 4 tempos (1 ciclo a cada 2 rotações).

2.7. Classificação segundo o número e arranjo dos cilindros:

a) Número de cilindros: mono-cilindrico; 2, 3, 4, ...cilindros.

b) Arranjo dos cilindros: em linha; em V; opostos; estrela; opostos; outros

2.8. Classificação segundo o tipo de distribuição:

a) Em motores de 4 tempos:

• Posição das válvulas: laterais SV; no cabeçote OHV; combinado

• Posição do eixo de comando: no cabeçote (OHC); no bloco (BC).

• Transmissão do movimento: por engrenagens; por corrente; por correia dentada; por biela

b) Em motores de 2 tempos:

• De corrente refletida.

• De corrente unidirecional

3. Produção de energia:

O motor é o sistema responsável pela conversão da energia calorífica liberada pela combustão de um comburente em energia mecânica. Este comburente é geralmente constituído por uma mistura de ar e combustível na forma gasosa, e é queimado no interior dos cilindros. Esta mistura gasosa é formada no carburador, sendo então injetada nas câmaras de combustão. Neste instante, ela é então, comprimida pelos êmbolos que se deslocam dentro dos cilindros e é inflamada por uma vela de ignição no caso dos motores à gasolina, ou então por compressão no caso dos motores à diesel.

O movimento alternativo dos êmbolos para cima e para baixo é transformado em movimento rotativo pela árvore, ou eixo de manivelas, sendo então transmitido para as rodas através da embreagem, da caixa de mudanças, do diferencial e do eixo de transmissão, em algumas situações. Os pistões estão ligados à árvore de manivelas pelas bielas.

As válvulas de admissão e descarga localizadas nos cilindro são acionadas através de uma árvore de cames, ou árvore de comando de válvulas, que é movida pela árvore de manivelas.

A energia necessária para iniciar o movimento do conjunto é fornecida por um motor de arranque elétrico, que faz girar o volante do motor, e portanto a árvore, iniciando com isto, o movimento das bielas e êmbolos.

Nos motores de combustão interna, são geradas altas temperaturas, o que pode causar sérios danos às suas peças. Para se evitar este problema, há a necessidade de um sistema de resfriamento (arrefecimento). Para evitar desgastes e aquecimentos excessivos do motor, existe também um sistema de lubrificação, onde o óleo circula sob pressão por determinadas partes (peças) do motor.

4. Combustão:

A potência específica do motor será tanto maior, quanto maior for o volume da mistura gasosa admitida no cilindro bem como maior for a compressão desta mistura.

A relação entre os volumes antes e depois da compressão é chamada de taxa de compressão. O rendimento do motor depende da quantidade de energia calorífica transformada em energia mecânica, podendo ser comprometido por uma alta taxa de compressão.

Os motores de automóveis têm na sua maioria, um ciclo de funcionamento de quatro tempos, ou ciclo OTTO. Alguns estão equipados com motor de dois tempos, sendo estes mais simples que os de quatro tempos e utilizados principalmente em motocicletas.

O primeiro tempo é o de admissão da mistura, onde a válvula de admissão se abre e a válvula de descarga permanece fechada. O êmbolo então desce, aspirando a mistura. No fim do curso a válvula de admissão fecha-se. No segundo tempo acontece a compressão do combustível, onde as válvulas mantêm-se fechadas e o êmbolo comprime a mistura na câmara de combustão. O terceiro tempo é o de explosão. As válvulas permanecem fechadas. O gás é inflamado por uma faísca da vela de ignição, impelindo o êmbolo para baixo. No fim deste tempo a válvula de descarga se abre. Finalmente