Memorial de incendio de um edificio

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Memorial Descritivo da Verificação das Medidas de Prevenção Passivas e Ativas de Incêndio

Henrique Bruno de Toledo RA: 322059

Miguel Zechianto RA: 411370

Professora:

São Carlos

2014

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INTRODUÇÃO

1. APRESENTAÇÃO

O fogo, além de essencial para o ser humano, pode oferecer um grande risco à sua existência caso não possamos controlá-lo, fenômeno esse que chamamos de incêndio. Nossos edifícios contem as três bases necessárias para que o fogo exista e assim devido à existência de meios que possam gerar um incêndio (energia, comburente e combustível) nossos edifícios habitacionais devem conter meios para que o incêndio possa ser prevenido e, caso ocorra, combatido.

De acordo com o Decreto Estadual No 46076, cabe ao Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo – CBPMESP- regulamentar, analisar e vistoriar as medidas de segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco, bem como realizar a pesquisa de incêndio.

Para esta análise foram aplicadas segundo os critérios da IT N° 07-08-09/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com o intuito de estabelecer critérios para o isolamento de risco de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e a transmissão de chama, garantindo que o incêndio proveniente de uma edificação não propague para outra, atendendo às exigências do Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.

As normas se aplicam a diversas áreas entre elas está a ocasião de novas construções, os quais devem conter projeto destinado a prevenção e combate a incêndio que sigam as prescrições do Decreto Estadual. Para tanto, pretendemos apresentar o projeto que segue em conformidade com as normas vigentes classificando o edifício segundo as tabelas pertinentes e provendo o mesmo dos dispositivos necessários.

1. REQUISITOS DAS INSTRUÇÕES TÉCNICAS

Antes de todas as verificações  previstas pelos IT’s já descritos , será necessário classificar e definir a edificação de acordo com o Decreto Estadual N0 46076.

Segundo a Tabela 1, o edifício estudado classifica-se como sendo do Grupo A ocupação-uso (residencial/apartamento),como mostra a tabela a seguir:.

[pic 1]

        Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros no14/04.

Portanto, o edificio é classificado como A-2 Habitação multifamiliar .

Carga de Incêndio é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos.

No projeto a ser estudado a carga de incêndio será determinada a partir das especificações da ocupação, determinado a partir de uma tabela fornecida pela IT no14 logo acima. Portanto, a ocupação estudada possui uma carga

Abaixo segue a tabela de IT14, onde os Apartamentos, que são as ocupações estudadas nesse projeto possue uma carga de incêndio igual a 300 MJ/m2.        Quanto a altura, de acordo com a tabela 2  mostrada abaixo, o edifício (H=11,46 m) pode ser classificado como sendo do tipo III- edificação de médio-baixa altura (6 m < H < 12 m).

[pic 2]

Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros no14/11.

[pic 3]

Considerando que o edifício possui área útil de 946,40 m², (Área do térreo = 316,8369  m²; Área dos quatros  pavimentos tipo  mais circulação= 629,56 m² ) os dispositivos de combate e prevenção necessários estão listados na tabela abaixo.

[pic 4] 

Fonte: Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros no14/04.

1. DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO PASSIVAS E ATIVAS

As medidas de segurança abaixo descritas seguem a respectiva ordem das exigências constantes da Tabela 2.1 (A-2), das IT’s do Corpo de Bombeiros.

1. ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Esta instrução fixa condições mínimas exigíveis para o acesso de viatura na edificação e/ou área de risco, visando disciplinar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate a incêndios ,atendendo ao previsto no D.E 56.819 de 10/03/2011.

Ela é obrigatória para os portões de acesso de condomínios de residências unifamiliares , que é o objeto de estudo deste.

Conforme a norma aplicada entende-se como via de acesso o arruamento trafegável para aproximação e operação dos veículos e equipamentos de emêrgencia juntos às edificações ou áreas de risco

1. DESCRIÇÃO DE SISTEMA

Serão apresentadas as seguintes características mínimas da via de acesso para viaturas para o projeto ficar em conformidade com a instrução técnica 06/2011:

• Largura mínima de 6 m (Figura 3.2.1.1);
•  Suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos;
• Altura livre mínima de 4,5 m;
• Como o acesso é provido de portão, este deverá atender à largura mínima de 4,00 m e altura mínima de 4,50 m.O portão de acesso deve ter as seguintes dimensões mínimas (Fígua 3.2.1.2):
• Recomenda-se que as  vias  de  acesso  com  extensão  superior  a  45  m  possuam retornos, que podem ser dos seguintes tipos:

• Circular;
• Em formato de “Y”; ou,
• Em formato de “T”.

Outros tipos de retornos podem ser usados, desde que garantam a entrada e a saída das viaturas nos termos desta IT (Figura 3.2.1.3).

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Figura 3.2.1.3 – Modelo de retorno.

[pic 9]

                   [pic 10]

Esta edificação em estudo possui vias internas que satisfazem a IT, com larguras mínimas de 4,0m e altura mínima de 4,50m no portão de acesso/saida, porém a largura do portão de acesso é de 3,26m , ou seja, menor que o recomendado e devendo ser reajustada. Portanto a edificação não atende a IT nº 06/2011.