Microdrenagem

elevados para a sociedade como um todo.

Conforme TUCCI (1995), a melhor drenagem é aquela que drena o escoamento sem produzir impactos no local drenado, e nem a jusante. Ainda segundo TUCCI (1995), com o desenvolvimento urbano ocorre a impermeabilização do solo através de ruas, calçadas e pátios, entre outros, fazendo assim com que a parcela de água que infiltrava passe a escoar pelos condutos, aumentando o escoamento superficial. O volume que antes escoava lentamente pela superfície do solo e ficava retido pelas plantas, com a urbanização, passa a escoar no canal, exigindo maior capacidade de escoamento das seções.

O presente trabalho tem por objetivo dimensionar um sistema de microdrenagem para uma bacia de pequeno porte com área não superior a 2,5km². Serão utilizadas planilhas de cálculo e planta baixa da área da bacia que permitirão avaliar o sentido de escoamento da água para os pontos mais baixos, bem como a utilização ou não do uso de galerias para escoamento nos pontos “cegos”, que por ventura existam na área da bacia avaliada.

Um sistema de microdrenagem é aquele composto, principalmente, pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais, poços de visitas, condutos forçados e estações de bombeamento, e sarjetões. Logo, para que seja realizado um projeto de microdrenagem eficiente, faz-se necessário identificar os principais elementos do projeto, bem como as etapas necessárias para o seu dimensionamento.

Desta maneira, será apresentada, nos itens a seguir, cada etapa necessária para a elaboração deste projeto de microdrenagem.

Devido ao pequeno porte da bacia hidrográfica foi utilizado neste projeto para o cálculo das vazões de dimensionamento das estruturas do sistema de microdrenagem o Método Racional. A fórmula deste método é a seguinte:

Sendo:

Q = caudal que deflui sobre a superfície do solo em m³/s

C = coeficiente de escoamento superficial – é a relação entre o pico de vazão (deflúvio superficial direto máximo) e a chuva média sobre a área receptora

i = intensidade média da chuva em mm/h

A = área da bacia receptora em km²

Ressalta-se que a aplicação da fórmula racional depende do conhecimento do coeficiente de deflúvio ou coeficiente de escoamento superficial “C”.