Modelagem e Controle de um conversor CC-CC Boost por intermédio do espaço de estados
Por: Palaroni • 14/3/2017 • Dissertação • 1.655 Palavras (7 Páginas) • 750 Visualizações
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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Campus III – Leopoldina
Engenharia de Controle e Automação
Controle Automático IV
Bruno Ribeiro Carneiro
Hugo Palaroni
Modelagem e Controle de um conversor CC-CC Boost por intermédio do espaço de estados
Professor: Marlon José do Carmo
Leopoldina
Julho/2015
1 - Introdução
Em varias demandas, faz se necessário elevar ou reduzir uma tensão, mantendo a mesma constante na saída, como no carregamento de bancos de baterias utilizando energia solar, por exemplo, onde não se sabe qual será a tensão gerada, pois está varia dependendo da intensidade do sol. Entretanto, é necessário manter a tensão nas baterias em um valor constante. Para resolver este problema são utilizados os conversores CC, que são sistemas formados por semicondutores de potência operando como interruptores, e por elementos passivos, normalmente indutores e capacitores que tem por função controlar o fluxo de potência de uma fonte de entrada para uma fonte de saída, adaptando tensão de entrada e saída conforme especificado em projeto.
Neste trabalho será abordado o conversor boost, que é um conversor elevador de tensão, ou seja, disponibiliza em seus terminais uma tensão maior do que a tensão de entrada e para isso há uma atenuação na corrente. Esse pode operar no modo de condução contínua ou descontínua, sendo que no primeiro apresenta pouca distorção e é preferencialmente seu modo de operação usual.. A figura abaixo mostra o circuito de um conversor boost:
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Figura 01 – Circuito de um conversor boost.
As etapas de funcionamento do conversor Boost para operação no modo de condução contínua são descritas a seguir.
1ª Etapa: S está conduzindo. O indutor L é carregado com a energia da fonte .[pic 3]
2ª Etapa: S está bloqueado. O diodo D entra em condução. A fonte . e o indutor L fornecem energia à saída. A tensão na carga aumenta.[pic 4]
Ao retornar para a primeira etapa, o capacitor Co irá manter a tensão constante, idealmente, sobre a carga enquanto L é carregado novamente.
Após a modelagem e dimensionamento do conversor boost será realizado o projeto do controlador por intermédio do espaço de estados para o circuito em questão e avaliados os desempenhos tanto da modelagem do sistema, como também da eficiência do controlador, através de simulações no software Matlab.
2 - Desenvolvimento
2.1 - Projeto do Conversor Boost
O conversor boost foi projetado para operação em modo continuo, e conforme descrito anteriormente, como à tensão na saída é elevada, ocorre uma atenuação da corrente que é explicitada pela equação 01, onde D é o ciclo de trabalho (fração do período em que o sinal de controle de chaveamento está em nível alto, com valores usualmente adotados entre 0,1 e 0,9) do controle por largura de pulso, ou PWM (Pulse Width Modulation), que liga e desliga a chave.
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Equação 01 – Relações entre tensão e corrente de entrada com tensão e corrente de saída e a razão cíclica.
A equação 02 informa o valor mínimo de indutância para que o conversor se mantenha em modo de condução contínuo, sendo fs a frequência do sinal PWM. Em tais condições a corrente no indutor não chega à zero em nenhum momento. Isso faz com que o ganho dependa apenas do ciclo de trabalho, o que simplifica o projeto e o controle do sistema. O fator 0.15 representa o pior caso de D, mas esta equação também pode ser escrita explicitando-o. Foi escolhido este formato, pois na prática, o conversor pode assumir qualquer valor de ciclo de trabalho.
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Equação 02 – Calculo da Indutância mínima.
O capacitor de saída influencia na taxa de variação da tensão na carga, podendo ser escolhido de maneira a acomodar o ripple a níveis aceitáveis. A equação 03 expressa tal relação.[pic 7]
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Equação 03 – Relação entre o capacitor e a variação de tensão na carga.
A corrente de ripple no indutor, , para o pior caso do valor do ciclo de trabalho (D = 0,9) pode ser descrito pela equação 04.[pic 9]
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Equação 04 – Ripple de corrente no indutor para o pior caso.
Foram adotados os seguintes parâmetros para o conversor Boost:
Tensão de entrada [pic 11] | 50 V |
Frequência | 25 kHz |
Resistência | 50 [pic 12] |
Taxa de variação de tensão na carga [pic 13] | 1 % |
Seguindo as equações descritas anteriormente foram obtidos os seguintes valores:
Indutância mínima calculada | [pic 14] |
Indutância adotada a fim de se garantir operação em modo continuo | [pic 15] |
Capacitância calculada | [pic 16] |
Ripple de corrente no indutor [pic 17] | 1,2 A |
Variação de tensão (p-p) na carga [pic 18] | 10 V |
O circuito boost projetado foi simulado no Simulink, sendo obtido o gráfico de tensão de saída mostrado na figura 03.
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Figura 03 – Saída do conversor boost para D=0,5.
Observe que os objetivos de projeto foram atingidos.
2.2 - Modelagem do Conversor Boost
O conversor boost possui duas etapas de operação, sendo uma quando a chave S esta aberta e a outra quando a chave S esta fechada, conforme mostra as figura 04 e 05 respectivamente.
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Figura 04 – Conversor Boost com a chave S aberta.
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Figura 05 – Conversor Boost com a chave S fechada
O primeiro estado é considerado para a chave S conduzindo, figura 05.
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