Não Copie
Artigos Científicos: Não Copie. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dags • 10/10/2013 • 409 Palavras (2 Páginas) • 341 Visualizações
noção de sustentabilidade tem duas origens. A primeira, na biologia,
por meio da ecologia. Refere-se à capacidade de recuperação e reprodução
dos ecossistemas (resiliência) em face de agressões antrópicas (uso
abusivo dos recursos naturais, desflorestamento, fogo etc.) ou naturais (terremoto,
tsunami, fogo etc.). A segunda, na economia, como adjetivo do desenvolvimento,
em face da percepção crescente ao longo do século XX de que o
padrão de produção e consumo em expansão no mundo, sobretudo no último
quarto desse século, não tem possibilidade de perdurar. Ergue-se, assim, a noção
de sustentabilidade sobre a percepção da finitude dos recursos naturais e sua
gradativa e perigosa depleção.
Nos embates ocorridos nas reuniões de Estocolmo (1972) e Rio (1992),
nasce a noção de que o desenvolvimento tem, além de um cerceamento ambiental,
uma dimensão social. Nessa, está contida a ideia de que a pobreza é provocadora
de agressões ambientais e, por isso, a sustentabilidade deve contemplar a
equidade social e a qualidade de vida dessa geração e das próximas. A solidariedade
com as próximas gerações introduz, de forma transversal, a dimensão ética.
O relatório Brundtland (1987) abriu um imenso debate na academia sobre
o significado de desenvolvimento sustentável. Pearce et al. (1989) mostravam
uma quantidade razoável de definições. Hoje, há um
rais e o caráter desenvolvimentista da sociedade industrial. Já O’Riordan (1993),
apoiado por Dryzeh (1997), é de opinião que o DS traz em si a ambiguidade de
conceitos, como os de justiça e democracia, e que não por isso eles deixam de ser
relevantes. Por sua vez, Baudin (2009) vai concebê-lo como uma nova ideologia.
No Brasil, Machado (2005) defende que o DS é um discurso, conforme
a proposição de Foucault; enquanto Nobre & Amazonas (2002) afirmam que
é um conceito político-normativo, noção que já estava presente no Relatório
Brundtland. Veiga (2010), no entanto, fará uma defesa interessante – de que se
trata antes de tudo de um novo valor. Na sua assimilação pela sociedade, encontra-
se a possibilidade da adoção de medidas que venham efetivamente a mudar
o rumo do desenvolvimento, levando-o da jaula do crescimento econômico material
para a liberdade do desenvolvimento humano, enquanto ampliação das
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