O Relatório Transformador
Por: cesaraug2017 • 8/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.893 Palavras (8 Páginas) • 282 Visualizações
Universidade Federal de São João del Rei - UFSJ Campus Alto Paraopeba - CAP
TRANSFORMADORES
César Augusto
Ouro Branco - MG
1. INTRODUÇÃO
Os transformadores de tensão, chamados normalmente de transformadores, são dispositivos capazes de aumentar ou reduzir valores de tensão. Um transformador é constituído por um núcleo, feito de um material altamente imantável, e duas bobinas com número diferente de espiras isoladas entre si, chamadas primário (bobina que recebe a tensão da rede) e secundário (bobina em que sai a tensão transformada).
O princípio básico de funcionamento de um transformador é o fenômeno conhecido como indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um campo magnético variável, aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é proporcional às variações do fluxo magnético
Através do metal, o fluxo magnético quase não encontra resistência e, assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e chega ao enrolamento secundário com um mínimo de perdas. Ocorre, então, a indução eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a corrente do primário e com a razão entre os números de espiras dos dois enrolamentos.
Atualmente os transformadores são extremamente eficientes, devido a isso quase não há perda de energia na transferência do primário para o secundário, no entanto essa perda ainda existe, sendo que a maior parte da energia perdida é transformada em calor, por causa desse fator, que os fios envolvidos no sistema ficam muito quentes, sendo que se não forem resistentes o suficientes podem superaquecer.
A tensão na entrada e na saída são proporcionais ao número de espiras em cada bobina, podendo ser calculado através da fórmula:
Onde:
● é a tensão no primário;
● é a tensão no secundário;
● é o número de espiras do primário;
● é o número de espiras do secundário.
2. OBJETIVOS
Esse experimento tem por objetivo demonstrar o funcionamento de um transformador,
sendo possível observar como diferentes números de espiras afetam a energia elétrica
gerada. Também possibilitando observar como a corrente elétrica gera um campo
magnético.
3 PROCEDIMENTOS
Os procedimentos foram divididos em três partes, sendo que na primeira
determinou-se a relação entre o número de espiras e a tensão no secundário, na
segunda encontrou-se as relações de transformação e na terceira analisou-se o
campo magnético de uma espira com alta intensidade de corrente.
PARTE 1:
Inicialmente montou-se o transformador no enrolamento primário usando o
núcleo e uma bobina com 800 espiras. Assim, com um cabo banana enrolou-se apenas
uma espira no secundário do transformador, sendo que uma ponta do cabo
conectou-se na entrada do multímetro e a outra conectou-se no terminal “COM”. Feito
as conexões, ligou-se a fonte de tensão e o multímetro para medir tensões alternadas.
Em seguida, o valor indicado de tensão no multímetro foi anotado e a tensão foi
desligada. Com isso, pegou-se novamente os cabos e enrolou mais uma vez no
secundário do transformador e a partir daí realizou-se novamente a medição de tensão
pelo multímetro e observou-se o resultado.
Tal processo foi repetido para 3, 4, 5 e 6 espiras no secundário e obteve-se uma
tabela com tais valores, informando o número de espiras, tensão no secundário e a
razão entre as duas grandezas anteriores.
PARTE 3:
Inicialmente montou-se o transformador colocando uma bobina de 400 espiras
no primário e outra de 5 espiras no secundário, sendo que nos terminais do secundário
conectou-se o condutor em forma de espira, encaixando-o também na placa de acrílico.
Em seguida, colocou-se uma folha de papel embaixo da placa de acrílico para
evitar desperdício de limalha de ferro e espalhou-se um pouco da limalha sobre a placa
de acrílico.
Com a limalha sobre a placa, conectou-se a chave liga-desliga por apenas
alguns segundos à rede de energia e ao primário do transformador. Logo após fez-se
um desenho da configuração que as limalhas de ferro assumiram.
Por fim, trocou-se o condutor em forma de espira pelo condutor retilíneo, depois
pelo condutor com dois ramos paralelos e por último pelo solenóide. Para cada caso
ligou-se o transformador por apenas alguns segundos e desenhou-se a configuração
que as limalhas de ferro assumiram.
4. RESULTADOS
O experimento contava com duas partes. Na primeira, o transformador foi montado
conforme o indicado: usamos o núcleo e uma bobina com 800 espiras que foi
considerada o enrolamento primário. A fonte de tensão continha 126,3V. Enrolamos
duas espiras com o cabo de ligação no secundário do transformador e anotamos a
tensão indicada no multímetro. A partir disso, enrolamos o cabo mais uma vez no
secundário e novamente anotou-se a tensão obtida sucessivamente até atingirmos 6
voltas. Os dados obtidos são mostrados na tabela abaixo.
Número de espiras no
secundário Tensão obtida (V)
2 0,1 3 0,2 4 0,3 5 0,5 6 0,6
Tabeala 3.1 – Relação entre tensão obtida x número de espiras no secundário.
Mais adiante, montamos o transformador novamente com uma bobina de 400
espiras no primário e outra de 5 espiras no secundário. Após isso, conectamos nos
terminais do secundário diferentes geometrias de condutores: em forma de espira, um
fio retilíneo, com dois fios paralelos e um solenoide. Também encaixamos uma placa
de acrílico para servir de apoio às limalhas de ferro que foram esparramadas por cima
da mesma. Para cada vez que conectamos os condutores, ligamos o transformador por
apenas alguns segundos na fonte e observamos as configurações formadas pelas
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