O Sistema de Aquecimento Solar

Sistema de Aquecimento Solar

Sumário

Introdução............................................................................................................1

Características Técnicas.....................................................................................3

Metodologia de Execução...................................................................................6

Exemplos de Aplicação.......................................................................................9

Bibliografia.........................................................................................................10

Introdução[pic 1]

        A prática de centralização dos diversos serviços no Brasil é prejudicial em muitos aspectos. O acesso aos melhores serviços estão centralizados em uma região do Brasil, se formos mais práticos, em um estado. As melhores escolas, universidades, hospitais, oportunidades de trabalho e equipamentos de cultura estão concentrados em São Paulo.

        Centralizar as coisas quase nunca é bom. Vejamos que, uma região, a Sudeste, é superpopulosa, se comparado com as outras regiões, e o estado de SP o maior em população da região. Além disso há uma concentração da concentração. São Paulo é o estado mais populoso com cerca de 45,5 milhões de habitantes, dos quais, quase metade, 21,5 milhões, estão concentrados em uma área de quase 8000 km2, num estado de quase 250.000 km2. Isso acarreta diversos problemas, tanto para a parte superconcentrada quanto para a parte dispersante. Essa grande concentração populacional se deve porque o acesso aos melhores serviços e qualidade de vida estão aqui. Mas, com uma região superhabitada problemas de moradia começam a surgir, há muita gente para pouco espaço. Problemas de abastecimento de água também começam a surgir, a hidrografia brasileira também é desigual, a região norte, menos populosa, tem 68,5% dos recursos hídricos do Brasil e a região sudeste, mais populosa, conta com 6%. Problemas de geração de lixo surgem, de poluição, de saúde etc.

Com a energia elétrica não é diferente, o acesso a ela, na maior parte, fica concentrado. Isso é, há centros geradores de energia elétrica, que distribuem a energia para as suas respectivas unidades consumidoras. Assim, o sistema de energia fica comprometido a um gerador, e problemas com a geração da energia afetam todo o sistema.

Cerca de 95% da energia brasileira provem de hidrelétricas. A necessidade de integrar todo o sistema elétrico veio porque para a produção de eletricidade nas hidrelétricas requer um espaço muito grande, em represas, lagos, rios, lugares afastados dos grandes centros, necessitantes maiores da energia elétrica.

Por isso, a concentração de energia causa o encarecimento nas tarifas nos horários de ponta (18h às 21h), pois os sistemas de distribuição por estarem interligados se sobrecarregam com a alta demanda em um curto espaço de tempo e assim é preciso cobrar mais para que a produção não pare e “todos” consigam acessar a energia elétrica.

Além de tudo isso, o sistema de energia elétrica brasileiro é falho. As regiões mais afastadas das áreas superurbanizadas são as mais afetadas. Segundo um estudo feito pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), um morador do Amazonas pode ficar até 48h seguidas e 45 vezes por ano sem energia, já uma pessoa de São Paulo fica, no máximo, 7h seguidas à luz de velas, 6 vezes por ano.

         Em virtude de tudo isso, é importante que haja políticas públicas para a implantação de energias alternativas e limpas para que a distribuição energética seja mais igual, econômica e limpa para o planeta.[pic 2]

        A implantação de aquecimento solar para água quente numa residência é uma alternativa muito interessante para diminuir a conta de energia, já que, o chuveiro elétrico, eletrodoméstico mais usado com água quente, representa 25% da conta de energia. Ademais, é uma energia “descentralizada”, pois, normalmente, cada residência possui seu sistema de aquecimento solar, o que, se fosse implantado na maioria das casas, não haveria problemas de sobre carregamento, já que, parte do sistema energético não seria integrado.

        Visto as explicações de contexto social-político-econômico, vamos desenvolver neste trabalho a aplicação do sistema de aquecimento solar, demonstrando a técnica, típica de um curso Técnico, nesse caso, o curso Técnico em Edificações.

Características Técnicas[pic 3]

        Para o emprego de um sistema de aquecimento solar devemos seguir as especificações técnicas da NBR 15569/2008.

        A norma classifica um sistema de aquecimento solar (SAS) como: “um sistema composto por coletor solar, reservatório térmico, aquecimento auxiliar, acessórios e suas interligações hidráulicas, que funciona por circulação natural ou forçada”.

        O coletor solar são as placas, empregadas normalmente nos telhados, que captam a energia solar e a transformam em energia térmica. Temos dois tipos principais, os coletores solares planos e os coletores solares de tubo a vácuo. Sua escolha está ligada à temperatura e aplicação da água aquecida.

                

COLETOR SOLAR PLANO

São os mais usados, destinados na produção de água quente a temperaturas inferiores de 100 °C. É fácil de construir e de fazer manutenção e durável.

Constituídos por uma caixa externa, isolamento térmico, flauta, placa absorvedora, cobertura transparente e vedação.

Nesse tipo de coletor a energia do sol atravessa a cobertura de vidro e é absorvida pela placa coletora, que são de cobre o alumínio. Transporta o calor do fluido para uma serpentina de tubos de cobre conectada termicamente à placa por onde circula o fluido a ser aquecido. A cobertura de vidro deve ser limpa regularmente para que seu funcionamento sempre esteja eficiente.[pic 4]

                

COLETOR SOLAR DE TUDO A VÁCUO[pic 5]

Por possuírem o vácuo como isolamento térmico tem uma eficiência melhor que os coletores solares planos, assim a concentração de energia é maior e água tem sua temperatura elevada com uso de menos placas, por isso é recomendado para projetos de pequenos portes, onde não há espaço para o emprego de uma grande área de placas. Veja o detalhamento da estrutura do tubo evacuado na imagem acima. [pic 6]