O Torneamento Retilíneo, de Perfil Cilíndrico, Externo, entre Placa e Ponta
Por: Paula Micaelly • 14/9/2018 • Trabalho acadêmico • 2.139 Palavras (9 Páginas) • 372 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS / CÂMPUS GOIÂNIA
DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS IV
COORDENAÇÃO DE MECÂNICA
DISCIPLINA PROCESSOS CONVENCIONAIS DE USINAGEM - PCU
TÍTULO DA ATIVIDADE
Torneamento Retilíneo, de Perfil Cilíndrico, Externo, entre Placa e Ponta
Aluno
ANA CLÁUDIA JULIANO CARVALHO
PAULA MICAELLY FERREIRA BUENO
Professor
Prof. ILDEU SIQUEIRA
GOIÂNIA
setembro de 2018
1. Identificação da Atividade
1.1. Título: Aula prática de demonstração de torneamento retilíneo, de perfil cilíndrico, externo, entre placa e ponta.
1.2. Disciplina: Processos Convencionais de Usinagem - PCU
1.3. Local: Laboratório de Usinagem (T503) do IFG – Câmpus Goiânia
1.4. Responsável pela realização: prof. ILDEU, técnicos do laboratório (Paulo Vinícius, e Carlos), e Alunos da turma “A”.
2. Objetivo da Atividade
O objetivo principal desta atividade foi apresentar a influência das grandezas: avanço e profundidade de corte durante a usinagem e formação de cavaco em um aço 1020. Além disso, mostrar o efeito da velocidade de corte na vida da ferramenta de corte (bite de aço rápido).
3. Introdução
A Usinagem é um processo de fabricação de suma importância industrial, capaz de fabricar inúmeros tipos de peças. Dessa forma, é fundamental o estudo e a prática desse processo. Assim, com a observação e o manuseio das máquinas responsáveis pelas diversas operações de usinagem é possível maior e melhor aprendizado desse processo.
4. Fundamentação Teórica
O processo de usinagem convencional possui diversas variáveis. As duas principais variáveis que definem as demais grandezas envolvidas são o avanço f e a profundidade de corte ap. Segundo Diniz et al. (2001), o avanço f é o percurso de avanço em cada volta ou em cada curso da ferramenta; profundidade ou largura de usinagem ap é a profundidade ou largura de penetração da ferramenta em relação a peça, medida perpendicularmente ao plano de trabalho.
A velocidade de corte é outro fator de fundamental importância. Ela deve ser calculada corretamente para que não ocorra quebra da ferramenta de corte. De acordo com Diniz et al. (2001), velocidade de corte é a velocidade tangencial instantânea resultante da rotação da ferramenta em torno da peça, para as operações do tipo torneamento, e fresamento. A velocidade de corte pode ser calculada através da Equação 1.
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A usinagem é reconhecidamente o processo de fabricação mais popular do mundo, transformando em cavacos algo em torno de 10% de toda a produção de metais, e empregando dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo. Uma simples definição de operação de usinagem seria: processo de remoção de material que ao conferir à peça a forma, as dimensões, o acabamento, ou ainda a combinação qualquer destes itens, produz cavaco. E por cavaco entende-se a “porção de material da peça de forma geométrica irregular retirada pela ferramenta de corte”, conforme mostrado na Figura 1. Em usinagem, as condições em que ocorre a formação do cavaco influenciam diretamente na força de usinagem, no calor gerado, na temperatura de corte, nos mecanismos e nas taxas de desgastes das ferramentas de corte e consequentemente a vida das ferramentas (MACHADO et. al, 2011).
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Figura 1: Formas de cavacos produzidas de metais (ISO, 1993, apud Machado et al., 2009).
Os considerados bons cavacos são aqueles que ocupam pouco volume, não obstruem o local de trabalho e são removidos facilmente (Fig. 2). Já os indesejáveis são aqueles que oferecem risco ao operador, obstruem o local de trabalho, danificam a ferramenta, dificultam o manuseio e causam aumento de força de corte e temperatura diminuindo a vida da ferramenta, conforme mostrado na Fig. 3 (CIMM, 2010).
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Figura 2: Forma de cavaco bom (COSTA. N.M., 2018).
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Figura 3: Forma de cavaco ruim (COSTA. N.M., 2018).
Diversos são os fatores que podem influenciar na formação de cavacos bons ou ruins. Fatores tais como quebra-cavacos, que são usados principalmente para reduzir o tamanho de cavacos longos e para evitar que estes se enrolem na ferramenta, fluido de corte, que é um fluido utilizado com o objetivo de diminuir a resistência ao escoamento causado pelo atrito e para evitar a deflexão e encruamento do cavaco, as condições do corte como o avanço f ou a profundidade de corte ap além da geometria da ferramenta, são causas que podem interferir na formação de cavacos (CIMM, 2018).
5. Recursos materiais
- Materiais
- Aço ABNT 1020 redondo ….. x ….. mm, conforme mostrado na Figura 4;
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Figura 4: Tarugo de aço em bruto utilizado na demonstração (COSTA. N.M., 2018).
- Máquinas, equipamentos, ferramentas e instrumentos
- Máquina operatriz
- Torno paralelo universal, fabricante: ROMI; modelo: IMOR (Fig. 5);
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Figura 5 - Torno utilizado na demonstração.
- Instrumento de medição
- Paquímetro, marca: Mitutoyo/modelo: Stailess Hardeneo;
- Goniômetro, marca: Protractor/modelo: Stainless Steel;
- Ferramentas
- Bite de aço rápido 5/16” x 4” - 12% Co – marca: TOOL MASTER;
- Materiais
- Óculos de segurança, C.A. 10.346 107 - 116mm;
- Estopas para limpeza;
- Porta bite reto de 5/16”;
- Calços – chapa de aço de várias espessuras;
- Óleo de máquina – óleo lubrificante SAE 20W-40
6. Descrição das atividades realizadas
Foi realizado afiação da ferramenta de corte e torneamento de uma peça para demonstrar o processo de desbaste cilíndrico externo no torno.
Durante a operação de desbaste, obteve-se diferentes tipos e formas de cavaco ao mudar a rotação do torno e consequentemente, mudando a velocidade de avanço e de corte da operação (Vc).
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