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O Trabalho Fundações

Por:   •  2/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.820 Palavras (8 Páginas)  •  98 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG[pic 1][pic 2]

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES E GEOTECNIA

Av. Antônio Carlos, 6627 – CEP.: 31270-901 – Belo Horizonte – MG

FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS DE CONTENÇÃO – 2019/1 INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS DE INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO

  1. PERFIL ESTATIGRÁFICO

O subsolo foi dividido em 4 camadas de solos e agrupou-se solos com características semelhantes (descrição do material e NSPT) como se fossem os mesmos solos, e estimou-se parâmetros de resistência e deformabilidade iguais, já que não há um ensaio de caracterização ligado à sondagem para obter a composição exata das amostras, a descrição do NSPT médio de cada furo de sondagem por camada está no Apêndice A.

  1. ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA E DE DEFORMABILIDADE

        O número de SPT médio de cada camada foi calculado com a mediana dos NSPT’s encontrados no Apêndice A, ou seja, retira-se os valores discrepantes e faz-se uma média do restante, para que ele represente de maneira realística o solo estudado. Os valores estão apresentados na tabela 1:

Camada

Descrição do material

NSPT, MÉDIO

Camada 01

Argila arenosa, muito mole

1

Camada 02

Areia fina e grossa pouco compacta

8

Camada 03

Areia argilosa, fofa a medianamente compacta

6

Camada 04

Argila arenosa, dura

23

2.1 ÂNGULO DE ATRITO

        Para estimar o ângulo de atrito das camadas de solo arenosos, utilizou-se a correlação empírica de Godoy (1983), representada na equação 1 e para os solos argilo-arenosos, utilizou-se a correlação empírica de TEIXEIRA (1996) na equação 2, ambos encontrada no livro “Fundações Diretas”, de Cintra e Aoki, representadas a seguir:

 (Equação 1)[pic 3]

 (Equação 2)[pic 4]

Para fins comparativos, usou-se a faixa de intervalo encontrada em SOARES (1997) 18,3º < Փ < 27,9° já que ele apresenta dados da caracterização de um depósito de argilas na região metropolitana de Porto Alegre, mesmo local que o boletim de sondagem estudado.

2.2 PESO ESPECÍFICO

        Para estimar o peso específico das argilas e areias usou-se a referência de GODOY (1972), já que não há nenhum ensaio de caracterização, os valores aproximados são apresentados nas tabelas 2 e 3 no Anexo A.

2.3 COESÃO

Como o perfil estudado é caracterizado majoritariamente pela presença de solos arenosos, assumiu-se que quando não há presença de materiais plásticos em sua composição, a coesão será nula. Mas na presença de material argiloso, as propostas gráficas indicadas por Sowers (1979) e por Terzagui e Perk (1948), encontradas na imagem 1 do Anexo A, serão avaliadas juntamente com resultados já publicados por Soares (1997) que definiu a faixa de variação da resistência não drenada ( de solos coesivos em Porto Alegre entre 10-32 kPa.[pic 5]

2.4 COEFICIENTE DE POISSON

        O coeficiente de Poisson pode ser determinado pela tabela Tabela 4 no anexo A em função da consistência e da compacidade do solo, que é estimado em função do índice de resistência à penetração do SPT.

2.5 MÓDULO DE DEFORMABILIDADE

Para determinar o módulo de deformabilidade, utilizou-se a equação 2 determinada por Teixeira e Godoy (1996) apresentada a seguir, em que α e K são coeficientes empíricos dados pelas tabelas 5 e 6 no Anexo A. Essa correlação será utilizada pois não há ensaios de laboratório nem de provas de cargas sobre placas para sua definição.

          (Equação 2)[pic 6]

        O módulo de deformabilidade é calculado a partir dos valores de NSPT calculados anteriormente, e os valores de K e α encontrados.

  1. APLICAÇÃO

3.1 CAMADA 01

A primeira camada é composta por uma argila arenosa, muito mole, apresentando um  médio de 1. Utilizando as teorias previamente apresentadas, seu peso específico ficou na ordem de = 13 kN/m². Já a coesão, foi estimada pela teoria de Terzagui & Peck (1948) e encontrou-se um valor na ordem de 6 kPa, também pela teoria de Sowers, obteu-se um valor próximo de 4 kPa, que não está na faixa de variação do estudo publicado por Soares (1997), mas como a camada apresenta um  médio muito baixo adotaremos o menor valor em prol da segurança.[pic 7][pic 8][pic 9]

O ângulo de atrito foi calculado usando a teoria de Teixeira (1996), apresentando um valor de 19,47°, ao comparar com Soares (1997) nota-se que o valor está dentro do intervalo apresentado por Soares (1997).

 E por fim, o módulo de deformabilidade apresentaram um valor na casa de 2,1Mpa e como o nível d’água está abaixo dessa camada, o coeficiente de Poisson para argilas não saturadas foi na ordem de 0,1.

3.2 CAMADA 02

A segunda camada é composta por uma areia fina e grossa pouco a medianamente compacta, apresentando um  médio de 8. Utilizando as teorias previamente apresentadas e levando em consideração que o solo está saturado, seu peso específico ficou na ordem de = 19 kN/m². Já para a coesão o valor adotado foi de 0 kPa, já que o solo é predominantemente atritivo.[pic 10][pic 11]

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