O USO DA TECNOLOGIA NOS SISTEMAS DE SEGURANÇA AUTOMOTIVA: UM ESTUDO DE CASO

O USO DA TECNOLOGIA NOS SISTEMAS DE SEGURANÇA AUTOMOTIVA: UM ESTUDO DE CASO

Alisse Adriane P. dos Santos^[1]

        Guilherme Oliveira Lotz^[2]

Luan Pedro Santos^[3]

Luiz Henrique Correia^[4]

Marcos William M. de Oliveira^[5]

RONALDO TRENTIN ZIERHUT^[6]

1. INTRODUÇÃO

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP/PR) com base no relatório estatístico de 2017, houve o registro de 19.233 carros furtados e 11.352 roubados no Estado. Destes, 5.564 furtados e 3.954 roubados em Curitiba (uma média de 26 carros por dia). Apesar do avanço na segurança e os dados mostrarem uma queda de 9% no número de carros roubados em relação ao ano anterior, o índice de carros recuperados caiu em 1,92% no Paraná e 9,07% em Curitiba.

No mercado é possível encontrar diversos tipos de alarmes que tentam contornar o problema relacionado ao roubo de carros. O Perimétrico é um alarme padrão que geralmente já vem nos carros 0 km, ele consegue detectar a tentativa indevida de abertura da porta (arrombamento) e emite um alarme sonoro. O Volumétrico utiliza de um sensor para perceber movimentações e sons dentro do automóvel, consegue perceber se um vidro foi quebrado, por exemplo.

Dentre os mais sofisticados e eficientes existem os Rastreadores, basta ligar para central de monitoramento que um alarme é emitido desligando o carro imediatamente e informando a polícia sobre a localização do veículo. Apesar de ser o melhor no segmento, apresenta um alto custo de instalação e manutenção, visto que uma mensalidade é paga para as centrais trabalharem 24h no monitoramento do veículo.

Tendo os dados expostos acima, o presente artigo traz como problemática a seguinte questão: É possível aprimorar os sistemas de segurança automotivos através da implantação de câmeras e um aplicativo de monitoramento mobile?

Tal melhoria se torna necessária devido ao valor exacerbado dos sistemas já existentes, fato que dificulta a utilização dos sistemas pelos usuários e para aumentar a comodidade do consumidor, que poderá monitorar o automóvel pelo próprio celular. Além disso com as câmeras será possível não somente a recuperação do veículo, mas a identificação do assaltante e prevenção de outras ocorrências.

Portanto, o objetivo deste artigo é utilizar a tecnologia para aprimorar os sistemas de segurança de um automóvel através da implantação de câmeras e do desenvolvimento de um aplicativo de monitoramento móbile de fácil manuseio.

1. METODOLOGIA DA PESQUISA

      O quadro 1 – Metodologia da pesquisa especifica as etapas, questões para investigação, descrição e tipo de análise utilizada na metodologia.

Quadro 1 – Metodologia da Pesquisa

ETAPA	QUESTÕES PARA INVESTIGAÇÃO (Objetivos específicos)	DESCRIÇÃO	TIPO DE ANÁLISE (Tipos de pesquisa)
I	Identificar quais as soluções já existentes para o monitoramento dos automóveis	Pesquisa sobre o que já existe no mercado em questão de segurança automotiva	Bibliográfica, documental, descritiva e explicativa
II	Verificar a recepção do público em relação a proposta da solução	Realizar um levantamento sobre a recepção dos usuários em relação a proposta por meio de um questionário	Aplicada e exploratória
III	Verificar quais os requisitos para a aprimoração dos sistemas	Mapear os equipamentos e competências necessárias para desenvolver o aplicativo/software de aprimoramento	Bibliográfica, documental, explicativa
IV	Analisar possíveis soluções para o problema	Desenvolvimento do sistema	Bibliográfica, documental e exploratória

Fonte: Os autores.

A pesquisa bibliográfica consiste no desenvolvimento seguindo materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses, pode ser realizada independentemente ou pode fazer parte de uma pesquisa descritiva ou experimental. (CERVO, Bervian e da silva, 2007, p.61). Esse tipo de pesquisa será utilizado nas etapas. I, III e IV.

A pesquisa Descritiva ocorre quando se registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem manipulá-los. (CERVO, Bervian e da silva, 2007, p.71). Esse tipo de pesquisa será utilizado apenas na etapa I.

A pesquisa documental é feita uma investigação, através de documentos e possui o objetivo de descrever e comparar os costumes, comportamentos, diferenças e outras características, tanto da qualidade presente, como do passado. (LOPES.J, 2006). Esse tipo de pesquisa será utilizado nas etapas I, III e IV.

A pesquisa exploratória, não requer formulação de hipóteses para serem testadas, ela se restringe por definir objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto de estudo, portanto ela seria um passo inicial para um projeto de pesquisa. (CERVO, Bervian e da silva, 2007, p.61). Esse tipo de pesquisa será utilizado nas etapas II e IV.

A pesquisa aplicada concentra-se em torno dos problemas presentes nas atividades das instituições, organizações, grupos ou atores sociais. Está empenhada na elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções. Respondem a uma demanda formulada por “clientes, atores sociais ou instituições” (THIOLLENT, 2009, p.36). Este tipo de pesquisa será utilizado apenas na etapa II.

A pesquisa explicativa registra fatos, analisa-os, interpreta-os e identifica suas causas. Essa prática visa ampliar generalizações, definir leis mais amplas, estruturar e definir modelos teóricos, relacionar hipóteses em uma visão mais unitária do universo ou âmbito produtivo em geral e gerar hipóteses ou ideias por força de dedução lógica (LAKATOS e MARCONI, 2011). Este tipo de pesquisa será utilizado nas etapas I e III.