O desenvolvimento de um estudo ergonômico do transporte manual de mercadorias devido aos esforços feitos pelos trabalhadores no transporte de carga excessiva em construção civil
Pesquisas Acadêmicas: O desenvolvimento de um estudo ergonômico do transporte manual de mercadorias devido aos esforços feitos pelos trabalhadores no transporte de carga excessiva em construção civil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: annyeloysse • 2/12/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.120 Palavras (5 Páginas) • 460 Visualizações
Resumo
Este trabalho desenvolve um estudo Ergonômico sobre O Transporte Manual de Cargas, em razão do esforço exercido pelos trabalhadores ao transportar cargas excessivas na Construção Civil. O objetivo é analisar se os trabalhadores ao preenchimento de lajes pré-moldadas estavam transportando as cargas manuais ergonomicamente corretas, e quais as principais queixas relacionadas aos tipos de Patologias.
1. Introdução
Apesar dos avanços tecnológicos e da mecanização das atividades, o transporte de cargas tem sido uma das atividades que continuam sendo realizadas manualmente. Ainda hoje, cargas além dos limites tolerados, são manuseadas e movimentadas pelo homem. Este é o caso do concreto transportado para o preenchimento de lajes pré-moldadas, onde o trabalho manual com cargas pesadas é constante. O transporte manual de cargas pressupõe a utilização do corpo do trabalhador como próprio “instrumento de trabalho”. Conforme mostra a imagem 1.
Imagem 1 – Transporte e Levantamento de material.
A maioria das dores que ocorrem estão diretamente relacionadas com o levantamento, transporte e deslocação de materiais. Na maior parte dos materiais de construção apresenta pesos acima do que seria recomendado para o transporte manual. Com relação às atividades de levantamento e transporte de cargas, a legislação brasileira manifesta na CLT - consolidação das leis do trabalho, no art. 198, que é de 60 kg o peso máximo que um empregado pode remover individualmente. Isto é aplicado a trabalhadores do sexo masculino, pois no caso de mulheres e menores existem outras especificações. Existe também uma disposição geral, para a proteção da saúde dos trabalhadores, que diz: "não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou segurança" (NR.17 item 17.2.2).
2. Metodologia
Para desenvolver este trabalho sobre o estudo Ergonômico do Transporte Manual de Cargas, visitamos uma obra no Loteamento Altiplano II, próximo a Unidade de Pronto Atendimento 24 hrs (UPA), onde estava sendo executado o preenchimento de uma Laje de concreto pré-moldada, onde sua área total concretada era de 150 m², e contava com 18 trabalhadores da construção civil, sendo 2 pedreiros, 1 mestre de obras e 15 colaboradores.
Em relação ao transporte manual de cargas, os trabalhadores exerciam a atividade ergonomicamente incorreta, pois transportavam as cargas sem nenhum equipamento que pudesse ajudá-los a diminuir o esforço físico exercido na atividade, onde a mesma requer muito do trabalhador, já que se utiliza do seu próprio corpo para transportar os diversos tipos de cargas. Assim causando dores osteomusculares e musculares no termino da obra. Nas quais essas são as principais queixas dos trabalhadores ao transportar as cargas excessivas, que não estavam de acordo com a norma que permite que o trabalhador carregue até 60 Kg, e na obra os mesmos transportavam bem mais do que o permitido chegando até 100 Kg, prejudicando a sua própria saúde.
No entanto o layout da obra estava possibilitando que diminuíssem os esforços físicos dos trabalhadores, nos quais os tipos de insumos para realização da atividade estavam localizados próximos a betoneira que se encontrava ao lado do local por onde estava sendo realizadas verticalmente e manualmente as cargas para concretagem da laje. Como mostra a imagem 2.
Imagem 2, organização do Layout da obra.
O transporte manual das cargas na obra estava sendo realizado através de latas de alumínio de 20L, cheias de concreto e sendo três trabalhadores preparando a dosagem do concreto, e apenas dois trabalhadores para o transporte vertical das cargas, isso durante três horas sem nenhum intervalo para descanso, podendo ocasionar desgaste físico e cognitivo. Os trabalhadores por não terem nenhum tipo de conhecimento correto no manuseio de cargas transportavam incorretamente e ergonomicamente de forma inadequada as cargas.
3. Analise dos dados
Na obra fizemos uma pesquisa com 8 dos 18 trabalhadores, em relação ao tempo de experiência que tinham na construção civil; a sua idade; se exerciam alguma atividade além de trabalhar nas obras; se faziam algum tipo de ginástica laboral antes de começar as atividades; onde se queixavam de mais dores e se eles procuravam consulta medica por, em que esses aspectos influenciam diretamente nas dores causadas pelos esforços físicos, pois a diferença de idade e o tempo de experiência que cada um tem em obra influencia.
A seguir apresentaremos tabelas com os dados obtidos na obra. Tabela I – Idade e tempo de serviço em obras.
Nº de trabalhadores Idade dos trabalhadores Tempo de serviço na construção civil
1 30
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