OS PROCESSOS DE HIDRATAÇÃO, PEGA E ENDURECIMENTO DO GESSO
Por: Gustavo Ferreira Cunha • 24/8/2020 • Trabalho acadêmico • 476 Palavras (2 Páginas) • 410 Visualizações
Os processos de hidratação, pega e endurecimento do gesso.
O endurecimento do gesso é causado pelo contato do hemidrato com água, provocando, dessa forma, a regeneração e cristalização da gipsita. Sem a utilização de aditivos retardadores, a hidratação pode ocorrer em até 2h. No entanto, a hidratação das anidridas podem levar meses, A pega termina em 2h, porém o material continua a ganhar resistência até 24h depois, o que se dá pela secagem.
O processo de hidratação consiste em primeiro lugar no contato do pó com a água e dissolução dos sulfatos. Após a saturação da solução, a gipsita precipita em cristais aciculares, formando núcleos de cristalização. A evolução da hidratação dimui a concentração de íons e a formação de novos núcleos. Com a fixação progressiva da água, a água disponível é reduzida, o que acaba aumentando o volume de sólidos. Após a velocidade máxima da reação ser atingida, ela decresce até a hidratação acabar, que é quando a concentração atinge um valor mínimo. As propriedades mecânicas da pasta serão influenciadas pelo crescimento dos cristais nessa etapa. A resistência aumenta devido a diminuição da porosidade causada pela aproximação dos cristais.
Quanto à pega do gesso, o processo consiste em: no início, o consumo da água de amassamento pela formação da gipsita hidratada aumenta a consistência da pasta. Ao redor de núcleos, ficam progressivamente os cristais formados, os quais vão se aproximando e aglomerando-se, causando o aumento da viscosidade da pasta. No fim da pega, a continuação da hidratação leva à formação de um sólido contínuo com porosidade progressivamente menor e resistência maior.
O ciclo do gesso consiste em: britagem da rocha gipsita, calcinação e moagem, preparo da pasta por meio da água de amassamento, processo de pega e endurecimento.
Durante os processos de pega e endurecimento, certos elementos e condições podem afetá-los, tais como: A presença de aditivos, a velocidade e tempo de mistura, a temperatura da água e do ambiente, a relação a/g e a finura e forma dos grãos.
Há também certos parâmetros os quais irão melhorar a análise do gesso quanto ao seu uso. São exemplos: a massa unitária, segundo a NBR 12127:2019, a dureza, de acordo com a NBR 12129:2019 e a aderência. Ademais, podemos classificar o gesso para fundição e revestimento. Isso irá depender da abertura da peneira e da porcentagem de material passante.
Para realizar uma correta inspeção do material é preciso se atentar a certas condições, como: lotes de até 14000 kg, retirar duas amostras de 10 kg, verificar os requisitos químicos, mecânicos e físicos, verificar marcações e estado das embalagens, rejeitar as embalagens com defeito ou molhadas, tomar 25 unidades para a verificação da massa.
Quanto ao armazenamento, é necessário verificar as embalagens e constatar a impressão do tipo, o lote e a validade; pilhas de até 1,5 m com afastamento de 20 cm do piso e 50 cm das paredes e acondicionar em locais secos.
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