Onde você quer caminhar
Artigo: Onde você quer caminhar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: GOCD • 1/4/2014 • Artigo • 729 Palavras (3 Páginas) • 249 Visualizações
PARA ONDE CAMINHA A JUVENTUDE
Gardênia O. Cardoso Dourado
Sentada no sofá estudando e observando minha filha e sua amiga, ambas com celular na mão, sem trocar uma palavra, um silêncio absoluto, porém mil palavras brotam das mensagens no aparelho. Recordo-me do meu tempo de criança ou adolescência, ansiava para terminar os afazeres de casa determinado pela minha mãe, para correr pra casa de minha amiga, com uma caixa de papelão na cabeça com brinquedos confeccionados por nós mesmos. Era mesinhas e cadeirinhas feitas de lata de óleo, panelinhas de barros, bonecas de pano feita pela minha vó, não havia brinquedos melhores do que aqueles, nem dias melhores, brincávamos até o entardecer, que chegavam sem nem mesmo notarmos, a não ser quando ouviu os gritos de minha mãe me chamando para tomar banho, após um dia inteiro de brincadeiras voltava pra casa com meus brinquedos arrumados na caixa e prontos para o próximo dia. Na época já existia energia elétrica, TV, rádio, mas não substituía nossas brincadeiras, nossas paqueras, nossa diversão. Hoje vejo os jovens desperdiçando seu tempo sentado no sofá com um celular na mão, não vou negar que às vezes me pego fazendo o mesmo no computador, e me pergunto quanta mudança na sociedade, nos costumes, nos valores deixamos de visitar os amigos, as família para conversarmos pelo computador ou celular.
Não é apenas saudosismo, mas sim uma preocupação com o futuro. Vamos nos transformar em máquinas, ou melhor, ser comandados por elas, temos celebro mas parece com somos manobrados por máquinas. Saio na rua à tarde e/ou ao anoitecer e não vejo mais a criançada nas ruas ou nas calçadas brincando de pular cordas, amarelinhas, baleados, cair no poço, que mês, entre outras brincadeiras que tanto fizeram parte do meu mundo infantil, não vejo mais os mais velhos contando as histórias de assombração, ou casos antigos, hoje nem mesmo se ouvem os idosos, que mais se tornaram um estorvo na vida dos filhos.
Na antiguidade a sociedade era regida pela religião, a tradição e a autoridade. Baseava-se na tradição e confiavam sem questionar na religião, sendo assim já sabiam onde iam chegar e como seriam quando adultos, porém aos poucos foram mudando os conceitos fundamentais da sociedade, os conceitos de família, religião, cultura e tradição foram questionados e transformados. Por quê? Como? Para quê? São dúvidas frequentes dos jovens e adolescentes, é obvio que não aceitam mais as imposições colocavas pelos outros, nem mesmo pelos pais, a autoridade agora quase não existe, a quem devem respeito? São eles próprios os donos de suas vidas? A quem temer ou obedecer? Eles agora podem tudo, basta um click e pronto repassam informações, trocam ideias, fazem pesquisas, aprendem e ensinam, para que serve a religião e a tradição agora?
Pois bem, e os valores? Com quem vão aprender? As máquinas não têm sentimentos, não aconselham e nem mesmo acolhe quando algo der errado, precisamos sim ser mais humanos, mais afetuosos, companheiros, trocar abraços apertados, quebrar essa frieza em que a sociedade vem se transformando, onde pessoas trabalham e convivem num mesmo espaço e mal se conhecem mal se cumprimentam. Oferecer um ombro amigo pro outro chorar, conversar, perguntar como vai, isso não é xeretar a vida do outro, é ser atencioso,
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