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Os Sistemas Témicos

Por:   •  9/3/2021  •  Exam  •  8.985 Palavras (36 Páginas)  •  105 Visualizações

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SISTEMAS TÉRMICOS II

Sumário

  1. MÁQUINAS TÉRMICAS                                                                1
  1. Classificação                                                                        1
  2. Aplicações                                                                        2
  1. CENTRAIS TÉRMICAS A VAPOR                                                 3
  1. Geradores de Vapor                                                                3
  1. Geração do Vapor d’água                                                        4
  2. Componentes Principais                                                        5
  1. Cinzeiro
  2. Grelha
  3. Atomizador
  4. Fornalha
  5. Câmara de Combustão
  6. Caldeira de Vapor
  7. Superaquecedor
  8. Economizador
  9. Pré-aquecedor de Ar
  10. Condutos de Fumo
  11. Chaminé
  1. Capacidade do GV                                                                12
  1. TURBINAS A VAPOR                                                                15
  1.  Classificação                                                                        16
  2.  Funcionamento para produção de energia                                        19

  1. MÁQUINAS TÉRMICAS
  • Máquina térmica motora → Turbinas, motores
  • Trabalho (W) sai
  • Máquina térmica geradora → Bombas, compressores
  • W entra
  1. Classificação
  • Quanto ao fluido de trabalho
  • Gás neutro: compressores, central a gás hélio, turbina a gás em ciclo fechado, motor Stirling;
  • Vapor: turbina a vapor, máquina a vapor;
  • Produtos da combustão: motor a pistão, turbina a gás em ciclo aberto.
  • Quanto ao modo de transformação da energia
  • Máquina térmica a pistão (MTP)
  • Movimento alternativo ou rotativo
  • Trabalho e temperatura intermitentes
  • “Baixas” rotações
  • Sistema fechado
  • Energia de pressão (Ep) ↔ Energia mecânica (Em)
  • Mecanismo complexo
  • “Altas” pressões
  • Baixo custo
  • Maior rendimento (η) do ciclo
  • Baixa potência
  • Máquina térmica de fluxo (MTF)
  • Movimento puramente rotativo
  • Trabalho e temperatura contínuos
  • Sistema aberto
  • Ep ↔ energia cinética (Ec) ↔ Em
  • Máquinas menores do que MTP
  • Mecanismo simples
  • Pressão limitada
  • Alto custo
  • Menor η do ciclo.
  • Alta potência
  1. Aplicações
  • Motoras
  • MTF
  • Gás neutro (1000 MW)
  • Vapor de água ou mercúrio (1500MW)
  • Produtos da combustão na aeronáutica (50MW)
  • MTP
  • Motores automotivos (500 CV)
  • Motores marítimos (50000 CV)
  • Motores estacionários (25000 CV)
  • Geradoras
  • Alta pressão: compressor a pistão
  • Média pressão: turbocompressores, compressor rotativo
  • Baixa pressão: ventiladores.
  1. CENTRAIS TÉRMICAS A VAPOR
  • Objetivo
  • Produzir energia elétrica ou mecânica
  • Cogeração = produzir vapor para processo + energia elétrica ou mecânica
  • Planta transformadora de energia: energia calorífica → mecânica → elétrica
  • Componentes
  • Gerador de vapor → produz vapor para a Turbina
  • Turbina:
  • → transmite energia mecânica para o gerador → energia elétrica
  • → manda vapor para o Condensador
  • Condensador → condensa o vapor e envia para a Bomba de alimentação
  • Envia água (fluido de refrigeração) para a torre de resfriamento.
  • Bomba de alimentação → envia água para o Gerador de Vapor
  1. GERADORES DE VAPOR (GV)
  • Produção de vapor a partir de energia térmica: adicionar calor a um fluido vaporizante (água)
  • Combustão
  • Eletrotermia (a partir de energia elétrica)
  • Fissão (nuclear)
  • Calor residual de outro processo ou combustível subproduto = caldeira de recuperação
  • Utilização do vapor
  • Processos industriais
  • Geração de energia
  • Cogeração
  • Aquecimento
  • Nomenclatura de geradores de vapor
  • Caldeiras de vapor = GV de água mais simples
  • Caldeiras de recuperação = usa calor residual ou subproduto do processo
  • Caldeiras de água quente = fluido não vaporiza, é utilizado ainda na forma líquida (restaurantes, calefação)
  • Geradores reatores nucleares = combustível nuclear.

 

  • Norma: NR-13

  • Segurança
  • Dispositivos de segurança
  • Visor de nível do tubulão
  • Nível alto → desliga a bomba → não entra mais água
  • 1° sensor nível baixo → liga a bomba → entrar água
  • 2° sensor nível baixo → corta combustível → provável vazamento de água
  • Visor da chama → verificar a cor da chama → verificar combustão
  • Observar também cor da fumaça
  • Pressostato → se p muito alta → ↓ queimador → ↓ combustão → ↓ vapor
  • Válvula de segurança =  1 para vapor saturado e 1 para vapor superaquecido
  • Se 1. Entupir o bico de combustível = chama apagar ou 2. Pico de energia = bomba parar
  • Combustível entra e não queima → pode gerar pontos quentes → explosão
  • Se houver muito combustível na ignição a janela de proteção abre (por peso)
  • Quando o sensor fotoelétrico vê a luz da chama, ele desliga a bomba.

  1. Geração do vapor d’água
  • Combustíveis
  • Cavaco
  • Biomassa
  • Carvão: pulverizado ou em grelha
  • Óleo combustível: atomizado e vaporizado antes da queima (bico queimador)
  • Combustíveis gasosos = gás natural, propano e butano.
  • Já é vapor = queima mais fácil
  • Limpo
  • Tratamento da água de alimentação
  • Menos incrustações nos tubos
  • Incrustação = sólidos concentrados além do limite de solubilidade → precipitam e aderem à parede dos tubos
  • ↓ da vazão de água que passa no tubo
  • ↑ perda de carga
  • Golpe de fogo = incrustação reduz troca de calor → tubo superaquece → tubo expande e incrustação trinca (coeficiente de dilatação diferentes) → entra água nessa trinca → água vaporiza → deforma o tubo → rompe tubo ou placa → explode ou aquela parte volta a ser resfriada pela água
  • Menos desgaste de material (tubos e válvulas)
  • Presença de O2 e CO2 gera corrosão
  • CO2 e sílica geram endurecimento do material = fragilidade cáustica
  • Vapor de melhor qualidade = menos impurezas
  • Impurezas interferem no ponto de ebulição da água
  • Gasta mais energia = combustível para vaporizar
  • Água pode ser arrastada junto com vapor → cavitação
  • Impurezas = matéria orgânica, compostos minerais, gases dissolvidos
  • Tratamentos
  • Interno à caldeira = água de alimentação é analisada e produtos são adicionados conforme necessidade
  • Água já vem da COPASA tratada
  • GV pequenos, baixa e média pressão
  • Completo = externo + interno
  • Água direto de rios
  • Caldeiras de alta pressão
  • Propriedades do vapor d’água
  • ↑ calor fornecido
  • ↑ T = ↓ ρ
  • Altera 1° h; 2° estado físico
  • Temperatura de ebulição = função da pureza da água e pressão (↑p = ↑T)
  • Vapor saturado = produzido na temperatura de ebulição correspondente a sua pressão absoluta.
  • Úmido = contém partículas de água em suspensão;
  • Seco = não contém partículas de água.
  • Vapor superaquecido = acima da temperatura de saturação.
  • Produção do vapor saturado por absorção de calor
  • Calor sensível = entalpia do líquido → ↑ p e T para ↑ hf = h’ até temperatura de ebulição
  • Calor latente = entalpia de vaporização → p e T constantes, mas ↑ hfg para mudança de fase
  • ↑ p do vapor → ↓ hfg
  • Entalpia total (hg = h’’):
  • Vapor saturado seco:        [pic 1]
  • Vapor saturado úmido:        [pic 2]

Obs. Notação

h’ = líquido

h’’ = vapor

  1. Componentes Principais

  • Princípio de funcionamento
  • Ar atmosférico
  • Entra por meio de um ventilador
  • É aquecido no pré-aquecedor
  • Se mistura com o combustível e é queimado na fornalha
  • Gases produtos da combustão
  • Circulam pelo GV cedendo calor para a água
  • Água torna-se vapor na caldeira
  • Vapor saturado torna-se superaquecido no superaquecedor
  • Água é aquecida no economizador
  • Sofrem tiragem pela chaminé
  1. Cinzeiro = Local de deposição de cinzas e restos de combustível
  1. Grelha (combustível sólido) = local de deposição do combustível para a queima
  • Ar primário entra por baixo da grelha → resfria
  • Algumas grelhas podem ser feitas de tubos, com água passando no interior → resfria a grelha + gera mais vapor
  • 4 camadas para a queima (da grelha para cima):
  • Cinzas = resíduos da combustão = óxidos ferrosos → não queima → roubam calor → prejudica combustão
  • Oxidação = ar primário rico em O2
  • C + O2 → CO2
  • Redução = pouco O2
  • C + CO2 → 2CO (ruim)
  • Destilação = aquecimento/ separação de voláteis do combustível novo
  • Acima do combustível = queima de voláteis/CO com uso de ar secundário
  • Fatores que influenciam na combustão
  • Tamanho do grão (5 a 10 mm, máx 50 mm)
  • Deve ser pequeno o suficiente para maior área de troca de calor
  • Não deve passar pela grade da grelha
  • Localização do grão no leito: deve gerar queima homogênea
  • Tempo de contato do ar ou gases com o combustível = velocidade de circulação
  • Transferência de calor e massa durante a queima
  • Propriedades do combustível
  • Tipos de grelhas
  • Plana
  • Simples: geralmente lenha, manual → joga e ela fica onde cair
  • Ar de combustão resfria a grelha
  • Ar secundário = depende se o primário consegue realizar sozinho a combustão adequadamente = depende do combustível
  • Parede refratária na parte traseira → faz com que a chama volte → aproveita melhor o calor
  • Inclinada
  • Alimentação manual (raro) ou projeção: geralmente carvão, tamanho médio
  • Projeção = rotor dosador com velocidade variável
  • Barras inclinadas provocam o deslizamento do combustível
  • Ar primário e secundário
  • Móvel
  • Leito de combustível = esteira inteiriça sobre rolos
  • Combustível atravessa a fornalha sobre a esteira e a escória cai no fundo
  • Ar primário direcionado para garantir que a mesma quantidade vá para o início e o final da esteira
  1. Atomizador (combustível líquido ou gasoso) = transforma um jato de combustível em gotículas = melhor combustão
  • Combustíveis sólidos = carvão de baixa qualidade moído no milésimo de mm
  • Passo a passo:
  • Atomização = formação de gotículas =  maior área superficial
  • Vaporização
  • Mistura com o ar
  • Combustão
  • Tipos de atomizadores
  • Mecânico = jato passa a alta pressão por pequenos orifícios
  • Spray cônico de combustível na câmara de combustão
  • Ar injetado ao redor do spray → completa a atomização + mistura
  • Orifícios são pequenos → podem entupir → combustível deve ser filtrado
  • Uso de alta pressão exige maior consumo de energia
  • Usado em pequenos GV
  • Fluido auxiliar = ar ou vapor
  • Uso de vapor → ↑ custo + pré-aquece o combustível
  • Reduz seção de passagem do ar → menor pressão na saída → “puxa” combustível → permite usar menor pressão do combustível → maiores orifícios → menos entupimento
  • Rotativo
  • Óleo injetado em um copo metálico girando a alta rotação → atomização por força centrífuga
  • Pressão do combustível pode ser atmosférica
  • η + ↑ preço + ↓ capacidade = pouco usado
  • Rotação acionada pelo eixo do ventilador do ar primário ou por mecanismo na bomba de combustível
  1. Fornalha = onde ocorre a combustão
  • Combustão deve ser:
  •  Contínua → não parar o GV → demora para chegar na condição de operação
  • Controlada → proteger o equipamento de combustão (grelha/atomizador)
  • Funções:
  • Preparar combustível para queima
  • Separação de voláteis (sólido) ou atomização (líquido) = “partes menores” → mais leves → facilita combustão
  • Evaporação da umidade
  • Elevar T até Tcombustão
  • Relação ar-combustível (A/C) adequada
  • Quantidade
  • Turbulência = melhor mistura
  • Realizar combustão completa
  • Temperatura de saída do GV adequada
  • ↓ poluição + ↑ η
  • Impedir troca de calor com o ambiente
  • Deve possuir superfície isolada/refratária
  • Conduzir gases até a superfície de convecção
  • Deve ter forma adequada para isso
  • Fornalha pressurizada
  • p- (maioria)
  • possibilita janelas de observação → se abrir, o ar entra em vez da chama sair
  • evita superaquecimento localizado
  • p+
  • ar pressurizado → mais perigoso
  1. Câmara de combustão = parte superior da fornalha
  • Mantém alta temperatura para que o combustível queime por completo antes do produto chegar na seção de convecção
  1. Caldeira de vapor = tubos onde a água torna-se vapor
  • Pirotubular = tubo de fogo = flamotubular = tubo de fumaça
  • Gases da combustão = fumo atravessam a caldeira no interior de tubos cercados por água
  • Baixo custo inicial
  • Baixa perda por radiação → a água está em volta dos gases, então é ela quem absorve o calor → ↓ isolamento + ↓ alvenaria
  • Pequenos GV
  • Baixas pressões (≈ 20 kgf/cm²) → sujeira decanta mais devagar → água de alimentação não precisa de tratamento tão rigoroso
  • Fácil manutenção
  • Aquecimento lento → panelão de água
  • Baixa vazão (≈ 20 ton de vapor/h)
  • Não gera vapor superaquecido → precisa de um trocador de calor externo para isso
  • Aplicações = processos industriais, motorização de locomotivas e veículos marítimos, hospitais.. → vapor saturado a baixas pressões → limitação de produção e pressão
  • Aquotubular = aqua ou aquitubulares = tubo de água
  • Água circula do interior dos tubos conectados ao tubulão → se não tiver água, os tubos aquecem demais.
  • Circulação dos gases quentes por fora do feixe de tubos por convecção natural ou forçada.
  • Altas capacidades (≈800 ton de vapor/h) = alta vazão → feixes de tubos fora do corpo da caldeira → maior superfície de contato para troca de calor → maior rendimento + partida mais rápida
  • Altas pressões (≈200 kgf/cm²) : esforços de tração e não de compressão nos tubos → pressão do gás << pressão da água
  • Pode produzir vapor superaquecido → Altas temperaturas ( ≈800 °C)
  • Precisa de melhor tratamento da água de alimentação → passa dentro dos tubos → incrustações → perda de rendimento
  • Paredes refratárias → suportar o calor dos gases
  • Alto custo → mais componentes + mais complexo
  • Aplicações = industriais, marítimas, centrais térmicas.

Obs. Tubulão superior = separador de líquido e vapor. Nível de líquido na parte inferior vai para os tubulinhos para virar vapor. Vapor na parte superior vai para o ‘consumo’.

Se há mais de um tubulão superior, eles são conectados e o vapor sai apenas por um deles.

Tubulões inferiores são preenchidos apenas com líquido e tem função de sustentação apenas.

  • Parede d’água (1° trocador de calor da caldeira)
  • 9% superfície da parede do GV x 47 % do calor absorvido
  • Tubos d’água aletados colocados na parede refratária na fornalha
  • Protegem os refratários das altas temperaturas
  • Aumentam a superfície de troca → ↑ capacidade
  • Dificultam a manutenção
  • Aumentam o custo
  • Tubos mais próximos à chama → maior temperatura → dissipam mais calor
  • Tubos aletados → maior superfície de troca → dissipa mais calor x tubos com formas simples → menor perda de carga

Obs. Seção ou superfície de convecção = região onde ocorre a troca de calor = feixe de tubos = caldeira = feixe de tubos + parede d’água

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