Os desafios da Engenharia de Segurança do Trabalho

TAREFA 1.2

Os desafios da Engenharia de Segurança do Trabalho vão muito além de fazer com que colaboradores entendam a necessidade do uso dos Equipamentos de Proteção Individual. Temos um objetivo maior, fazer com que os empregadores entendam a real necessidade de se investir na preservação da Saúde e Segurança de seus colaboradores e os gerenciem como bem patrimonial que são, não avançando para discussões mais filosóficas/políticas.

A criação da Notificação de Agravo à Saúde do Trabalhador (NAST) em evolução sobre a atual CAT cuja eficácia também me é duvidosa, já que tem sua emissão partindo do empregador, e este nunca a emitirá contra si mesmo, e tem a sua limitação, pois toma como base acidentes apenas três tipos (típico, trajeto ou doença), esquecendo doenças como depressão, conhecida como mal do século, ou doenças que tem origem ou agravação com stress fazendo assim que tenhamos uma abrangência maior de trabalhadores que estavam esquecidos, estes mapeados no painel epidemiológico observado em cenário nacional ajudando a incrementar o Nexo Técnico Epidemiológico, além do que o ônus da prova ao empregador faz com que este seja obrigado a desenvolver uma metodologia melhor para o estudo de tais aspectos em sua organização.

Na época em que vivemos buscar lucro ao menor custo com as menores despesas, sempre buscando a melhoria contínua do processo e com indicadores de performance sempre muito justos, a concessão de benefícios vinculados ao gerenciamento de riscos ocupacionais e suas inter-relações com aplicação do Fator Acidentário de Prevenção e o Nexo Técnico Epidemiológico pode ser de bom incentivo, obviamente que deveria partir do próprio empregador tal ação, mas quem sabe com bons profissionais gerenciando e realizando um bom acompanhamento, gerando relatórios que demonstrem o aumento da lucratividade do processo com diminuição do pagamento do SAT ou simplesmente pela diminuição do absenteísmo, tenhamos essa cultura como valor das Empresas no futuro sem que haja uma regulamentação por parte do Estado, e este não precisando recuperar erário público  de  empresas que negligenciam a gestão do meio ambiente do trabalho, e com isso a sociedade tem seu ganho.