"Os mídia são Uma Dimensão Essencial Da Nossa Experiência Contemporânea".
Artigo: "Os mídia são Uma Dimensão Essencial Da Nossa Experiência Contemporânea".. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alberto • 20/2/2015 • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 1.706 Visualizações
Roger Silverstone (2005) afirmou: “Os mídia são uma dimensão essencial da nossa experiência contemporânea”. Que quis ele dizer?
Roger Silverstone, (1945-2006), nasceu no Reino Unido/Inglaterra, licenciou-se em Geografia e concluiu o doutoramento, com distinção, em Sociologia,
[Como investigador no campo dos designados “novos media”, interessou-se pelo campo das narrativas mediáticas, fixando-se depois na área da utilização dos mesmos “media”, seguindo-se a abordagem da relação entre a “média”, a tecnologia e mudança social. Fundou o Departamento de Media e Comunicação da prestigiada London School of Economics na Political Scinence, tendo leccionado nas Universidades de Sussex e Brunel. Publicou 12 livros e – pela excelência, inovação, dedicação, entusiasmo, generosidade e sensibilidade moral que caracterizaram a sua personalidade – está considerado um dos mais distintos intelectuais académicos da sua geração, impondo-se à consideração de todos, os e as que integram as comunidades científica e intelectual, como um exemplo a seguir.
Definia-se como um teórico da área dos “media” e comunicação, relevando, deste modo, a importância da ‘reflexão teórica’, tantas vezes ofuscada, como afirmava frequentemente, “por dados resultantes de pesquisa empírica, apresentados como ponto de chegada e não ponto de partida para a problematização aprofundada dos assuntos em causa”, o que revela, na minha opinião, a sua enorme preocupação ‘pelos aspectos morais das medições’.
Sem deixar de ser um entusiasta das potencialidades das tecnologias, definia-se como “um homem de comunicação olhos nos olhos”. Defendia que “mais importante do que a transmissão da informação é a forma como a comunicação se processa nas sociedades contemporâneas”, para concluir que “afirmar-se que vivemos na era da informação não espelha, completamente, a complexidade das interacções sociais e o papel do indivíduo como ser comunicante inserido num conjunto vasto de redes de informação”. Neste sentido, Silverstone chegou a defender que, em vez de TICs, dever-se-ia escrever TCIs, como abreviatura da expressão ‘Tecnologias da Comunicação e Informação’, e não ‘Tecnologias da Informação e Comunicação’.
É de Silverstone a tese de que “…se a leitura da realidade está substancialmente enquadrada pelos média, eles detêm um alto grau de responsabilidade na construção da visão do “outro”; o perigo é a perda de capacidade dos seres humanos para respeitar e compreender o “outro”, especialmente o “outro” que só é conhecido através dos média”. Silverstone destaca que devemos estudar a “media” porque precisamos compreender o processo de mediação, compreender como surgem os significados, onde e com quais consequências. Precisamos ser capazes de identificar os momentos em que o processo parece falhar, onde ele é distorcido pela tecnologia ou de propósito. Necessitamos compreender a sua política, a sua vulnerabilidade ao exercício do poder; a sua dependência do trabalho de instituições e de indivíduos; e o seu próprio poder de persuadir. A “media” é e sempre será importante. Ainda mais agora que ela está estabelecida como uma estrutura primária das nossas vidas para dar sentido ao mundo e ao nosso lugar nele. Poder nada inocente. Algumas vezes, benevolente, outras vezes, não. Em ambos os casos – e precisamos distinguir quais e em quais circunstâncias – é necessário compreender como esse poder é exercido, por quem, com quais consequências, além de como este poder pode ser transformado ou contido. Devemos estudar a “media” porque queremos respostas a muitas questões, respostas que não podem ser conclusivas e que, de fato, não devem ser. Precisamos examinar a “media” como um processo, como uma “coisa” em curso e uma “coisa” feita, em todos os níveis, onde quer que as pessoas se congreguem no espaço real ou virtual, onde se comunicam, onde procuram persuadir, informar, entreter, educar, onde procuram, de múltiplas maneiras e com graus de sucesso variáveis, se conectar umas com as outras. Entender a “media” como processo também implica um reconhecimento de que ele é fundamentalmente político ou talvez, mais estritamente, politicamente económico.]
Por último, e ousando supor ter ensaiado, com este texto, uma “explicação”
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