Ovo Misterioso
Seminário: Ovo Misterioso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariaizel25 • 7/8/2014 • Seminário • 967 Palavras (4 Páginas) • 200 Visualizações
TRABALHO INDIVIDUAL REALIZADO NO ÂMBITO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO:
“LER EM FAMÍLIA: VIAGENS PARTILHADAS (COM A ESCOLA?)”
LIVRO ESCOLHIDO: “OS OVOS MISTERIOSOS”;
AUTORAS: LUÍSA DUCLA SOARES/MANUELA BACELAR – edições Afrontamento
PÚBLICO-ALVO: CRIANÇAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR
Tenho alguma dificuldade em escolher um excerto desta história porque toda ela é
fabulosa. O vocabulário, a estética, as emoções, a forma (prosa e verso), os conteúdos e a
mensagem que transmite torna-o um livro emocionante, especial.
Não sei se a nossa formadora conhece a história por isso decidi escolher não um mas
alguns excertos.
“Era uma vez uma galinha que todos os dias punha um ovo. E todos os dias vinha a dona,
com uma cestinha, tirar-lho.
- Já pus 1000 ovos. Podia ser mãe de 1000 filhos. Mas não tenho nenhum por causa da
gente gulosa – cacarejou certa manhã a galinha. – Vou fugir.
Se bem o pensou, melhor o fez. Quando a dona entrou na capoeira, como de costume,
esgueirou-se pela porta aberta. Só parou na mata.
Logo aí tratou de fazer o seu ninho com folhas secas, palhas, penugem, farrapos de lã.
Nunca se vira ninho mais lindo, redondo, confortável. Sentou-se nele e pôs um ovo muito
branquinho.
(…)
- Cocorocó…Que vem a ser isto? – disse ela. – Na minha capoeira tiravam-me os ovos, aqui
oferecem-mos. Mas que sorte.
E logo se aninhou.
Daí por diante, a galinha mal saía do choco. Estava preguiçosa, sentia o corpo quente,
quente como uma botija.
O tempo foi passando. Quanto não sabia, porque não aprendera a contar nem se guiava
pelo calendário.
Até que… crac! O primeiro ovo estalou e de lá de dentro saiu um bicharoco de bico
retorcido.
Ai mas que filho,
eu até desmaio!
Em vez de ser pinto
é um papagaio
- exclamou a galinha.
(…)- Olhem para a minha ninhada! – mostrava ela às galinhas do mato. – É tão variada, é tão
engraçada.
- Trata só do teu pinto. Não ligues aos outros bichos – aconselhava a perdiz.
Mas como podia ela abandoná-los depois de os ter chocado com tanto amor? Que outra
mãe havia de tratar deles?
Era feliz mas vivia num desassossego.
(…)
A serpente metia-se em todos os buracos e ela era gorda demais para a poder ir buscar.
A avestruz, essa, devorava tudo, não havia comida que lhe chegasse.
Só o pinto, naturalmente se portava como um pinto.
Mas ela de todos gostava. De todos cuidava.
Coçava a serpente quando ela tinha cócegas, porque à pobrezinha faltavam as patas.
(…)
- Cocorococó – refilou a galinha, o que quer dizer na sua língua “não lhe toques, senão eu
pico-te”.
O rapaz riu. Pois, quem tem medo de uma galinha? E apanhou o frango.
Foi então que a serpente, ao ver o que se passava, se pôs a assobiar à sua frente,
mostrando os dentes de veneno.
(…)
Foi a vez de o crocodilo avançar de boca aberta.
(…)
Aí estava o papagaio empoleirado numa árvore:
És ladrão, és ladrão,
vou prender-te na prisão!
És ladrão, és ladrão,
vou prender-te na prisão!
- Um polícia… – assustou-se o moço. – Deixa-me fugir.
Mas logo atrás de si começou a ouvir uns passos, primeiro distantes, depois cada vez
mais próximos. A grande velocidade. Era a avestruz.
(…)
Às costas da irmã avestruz o frango voltou para casa. Para festejar, a galinha juntou
todos os filhos e fez-lhes um bolo com vários andares.
Um tinha milho para o frango.
Outro, peixe para o crocodilo.
Outro, fruta para o papagaio.
Outro, ratos para a serpente.
E por cima, a enfeitar, sete berlindes, um martelo e vinte pregos, porque a avestruz só
gostava de pitéus extravagantes.
Depois do jantar, os filhos fizeram uma roda à volta da galinha e puseram-se a cantar:
Somos todos irmãos,
somos todos diferentes:
há uns que têm bico,
outros que têm dentes,
há
...