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POTENCIAL ENERGÉTICO: ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL

Por:   •  10/7/2019  •  Artigo  •  1.473 Palavras (6 Páginas)  •  291 Visualizações

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POTENCIAL ENERGÉTICO: ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA NO BRASIL

Contarini, Igor Rizzo[1] 

Fraga,Thiago Chiquetto.[2]

Resumo:

A crescente demanda por energia e o aumento dos efeitos causados pelo prolongamento da utilização de combustíveis fósseis, vem causando problemas e preocupações ambientais graves, assim, a busca por fontes renováveis e não poluentes de energia provocam aumento considerável no setor de geração de energia a partir de recursos renováveis. São inúmeras as formas já conhecidas para obtenção de energia solar, dentre elas, a com maior capacidade instalada e de geração entre as fontes renováveis no Brasil e no mundo, está a energia solar fotovoltaica. Este estudo bibliográfico busca salientar principalmente pontos positivos e negativos decorrentes da aplicação de sistemas fotovoltaicos e fazer um alerta para a falta de investimentos na área, visto que o país apresenta grande potencial de geração elétrica por meio de energia solar e este fato torna a temática imperativa para a busca de desenvolvimento socioeconômico e sustentável de nossa sociedade.

Palavras-Chaves: Sustentabilidade, energia renovável, geração de energia, energia solar fotovoltaica, energia solar.

Abstract:

The progressively demand for energy production and the increase of collateral effects caused by prolonged use of fossil fuels has been causing great amount of problems and enviromental concerns. Thus, the desire for clean and renewable power sources provoke a considerable arise of interest for these sources in Brazil. There are outnumbered forms already known for attaining solar energy, among them, the most used and the one with better energy production is the photovoltaic one. These study aim to clarify on the subject for positive against negative aspects that come from its use. Also, we point out for the lack of investiment in the area, compared to its enormous potencial, bringing out the necessity of discussing this crucial theme for the sustainable socioeconomic growth of our country.

Keywords: Sustainability, Renewable Enery Production, Power Generation, Solar Energy, Photovoltaic Solar Energy, Solar Energy.

  1. INTRODUÇÃO

Ao longo de muitos anos, nós seres humanos, utilizamos recursos do planeta na busca pela demanda energética sem nenhuma responsabilidade em relação as causas ambientais que a exploração e consumo desses recursos trariam.

Conforme Gore (2010, p.32), “o ecossistema terrestre e a humanidade estão entrando em rota de colisão, e a crise climática é a manifestação mais proeminente, destrutiva e ameaçadora desse embate”. Na esteira deste pensamento, a situação climática global com a crescente demanda por energia se encaminha para um cataclisma ambiental, trazendo à tona formas alternativas de energia, que destoam das fontes tradicionais.

Neste cenário, considerando o grande potencial solar brasileiro, torna-se imprescindível a diversificação da matriz energética. E tendo a energia solar fotovoltaica como um ponto chave neste artigo, devido sua taxa de confiabilidade e sua segurança, não somente para o fornecimento em localidades longínquas e sem conexões com as redes, mas também nas regiões urbanas conectadas à rede elétrica.

Através da Resolução Normativa Nº 482, de 17 de Abril de 2012 da Agência Nacional De Energia Elétrica – ANEEL, que estabelece condições gerais no tocante ao acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e determina outras providencias, o mercado de energia fotovoltaica para consumidores residenciais e comerciais pendem ao crescimento.

  1. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

O mercado fotovoltaico mundial cresce a cada ano de forma avassaladora, atingindo, no ano de 2015, segundo a IEA (2016), uma capacidade instalada de 227 GWp[3], como observado na Figura 1.

Verifica-se que o volume de geração de energia solar fotovoltaica está em franco crescimento desde de 2003. Somente em 2015, foram efetivados aproximadamente 50 GW de capacidade de geração instalada no mundo, 25% de aumento em relação a 2014.

[pic 1]

Figura 1 - Evolução da capacidade instalada de energia solar fotovoltaica.

           Fonte: IEA (2015)

O crescimento anual entre 2000 e 2015 que é composto pela capacidade de geração instalada de energia solar fotovoltaica foi próxima de 41%.

No ano de 2015, a China já era líder mundial na capacidade total instalada em energia solar fotovoltaica, com aproximadamente 43,5 GWp, acompanhada de Alemanha com 39,7 GWp, Japão com 34,4 GWp, EUA com 25,6 GWp e Itália com 18,9 GWp, exposto a seguir na Tabela 1:

[pic 2]

Tabela 1 - Os 10 países com maior capacidade instalada de geração FV.

Fonte: IEA (2015)

  1. POTENCIAL DO BRASIL NA GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

Segundo Pereira et al. (2006), a média brasileira anual de irradiação demonstra uma boa uniformidade, com médias altas em todo território. Os índices de irradiação solar em qualquer região do Brasil (1500-2500 Wh/m²) são maiores que boa parte das taxas dos países europeus, como Espanha (1200-1850 Wh/m²), França (900-1650 Wh/m²) e Alemanha (900-1250 Wh/m²), onde esses sistemas são amplamente difundidos.

O potencial para a geração distribuída através de instalações residenciais identificado pela EPE (2014), dão conta dos valores por estado, e ainda relacionam esses valores com o consumo residencial de eletricidade, apresentados na Tabela 3.

[pic 3]

Figura 3 - Potencial Residencial Fotovoltaico.

Fonte: EPE (2014)

As regiões mais habitadas, como esperado, demonstram maior potencial de geração, claramente pelo maior número de residências. O que é de extrema importância e vale ser ressaltado é, o potencial total brasileiro de geração de energia fotovoltaica é mais de duas vezes, (2,3) o consumo residencial do Brasil.  

  1. INCENTIVOS E PONTOS NEGATIVOS

Ainda que a energia solar fotovoltaica esteja em estágio introdutório no país, existem incentivos governamentais como aponta SILVA (2015), desconto na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e na Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (TUSD), sistemas de compensação de energia elétrica para micro e minigeração distribuídas, permitindo que consumidores de até 5 MW a partir de fonte solar ou demais renovais[4] compensem a energia elétrica injetada na rede com a energia elétrica consumida (sistema net-metering), dentre outras. Já os pontos negativos são, depende de condições atmosféricas, baixo rendimento, armazenamento pouco eficiente em relação as combustíveis fósseis, dispendiosa e etc.

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