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Pavimentação com Borracha de Pneu

Por:   •  3/10/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.486 Palavras (6 Páginas)  •  152 Visualizações

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Resíduos de pneumáticos inservíveis em obras de pavimentação

Antes de efetivamente iniciarmos a apresentação do trabalho acadêmico referente à utilização do reciclado de pneu nas obras de pavimentação é de grande importância compreender alguns itens e nomenclaturas que utilizaremos no decorrer da obra.

Quando falamos de material reciclável podemos classificá-lo como resíduo,tendo em vista que o termorejeito se trata de um material que não podemos mais reutilizar a não ser na incineração ou destinação à aterros, apesar de que no caso dos pneus a incineração dos rejeitos alimenta os fornos e caldeiras da própria usina de asfalto.

Polímeros:são compostos químicos que representam uma macromolécula, ou seja, a união de várias moléculas iguais, termo largamente utilizado neste trabalho, pois os componentes do pneu são em grande maioria polímeros salvo a sua estrutura metálica (arames).

Geração do resíduo pneumático e seu respectivo quantitativo

A geração do resíduo de pneu, também chamado de pneumáticos inservíveis em algumas literaturas, se dá praticamente na mesma proporção que a fabricação do material. Imagine que um pneu fabricado é igual a um pneu descartado, o desgaste de sua borracha durante a vida útil é mínimacomparado com seu peso.

Os pneus, por terem o objetivo de ter vida longa, serem resistentes e seguros para superar os constantes impactos, tornam-se estruturas difíceis de serem eliminadas.

Um pneu, se utilizado de maneira correta, seguindo as especificações, pode rodar em torno de 95 a 128 mil km. Até ser descartado, ele chega a perder 10% de seu peso, sendo que grande parte do material perdido vem da banda de rolagem (cf. VAN BEUKERING; JANSSEN, 2001).

Para ilustrar melhor o que diz a citação acima (cf. VAN BEUKERING; JANSSEN, 2001) imaginamos que de toda a estrutura de um pneu apenas 10% da nervura central e banda de rodagem é gasta durante sua vida útil, o pneumático inservível não pode ser considerado um rejeito pois trata-se de um grande volume de borracha que se não for reciclado traz prejuízos enormes ao meio ambiente, sendo assim podemos considerá-lo como matéria prima secundária na fabricação do asfalto borracha.

O Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis é o órgão responsável pela administração das informações coletadas e cumprimento das metas de reciclagem que são fornecidas por empresas de pneumáticos assim como seu controle de resíduos e pontos de coleta, enquanto a Anip – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos gerencia o processo de logística reversa dos pneumáticos.

A Resolução Conama nº 416/2009 estabelece que para cada pneu novo comercializado para o mercado de reposição, as empresas fabricantes ou importadoras devem dar destinação adequada a um pneu inservível (relação 1:1).(Relatório Pneumáticos 2017- Ibama, pág 13, Resolução Conama 416/09)

Essa relação de 1:1 citada acima pela Resolução Conama expõe exatamente o que dizíamos da ínfima perda de material polimérico durante a vida útil de um pneu.

Hoje temos uma produção de 729.214,04 toneladas de pneus novos sendo colocados no mercado de reposição, a meta nacional de destinação correta deste material é de 510.449,83 toneladas, atingimos no ano de 2016 493.399,13 (t). (Relatório Pneumáticos 2017- Ibama, pág 15 e 16, Resolução Conama 416/09).

Diante deste número astronômico percebemos a importância de utilizar os pneus como matéria prima na produção de asfaltos, a tendência é de que acada dia que passa utilizarmos menos matéria prima virgem assim economizando os recursos naturais para produzir produtos que realmente dependem de algo extraído direto da natureza.

ETAPAS DE EXECUÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO UTILIZANDO O RESIDUO

O ciclo de vida útil do pneu tradicional é composto, geralmente, de cinco etapas principais: extração das matérias-primas, produção, consumo (uso), coleta de pneus usados e, posteriormente, gestão de resíduos gerados por esses pneus, sendo assim compreendemos que a utilização dos pneumáticos na pavimentação inicia na etapa de coleta do material.

Em 1999, foi aprovada a Resolução nº 258/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 1999) com modificações posteriores e acrescentada pela Resolução nº 301/02, que determina a responsabilidade dos distribuidores, dos revendedores, dos reformadores, dos consertadores e dos consumidores finais de pneus, em articulação com os fabricantes, importadores e poder público, que deverão adotar procedimentos adequados visando dar destinação final para os pneus usados (cf. CONAMA, 2002).

A borracha moída de pneus, após ser submetida ao processo de trituração, é incorporada às misturas asfálticas por dois métodos: seco, em que partículas maiores de borracha substituem parte dos agregados graúdos, ou úmido, em que partículas finas de borracha são misturadas ao cimento asfáltico aquecido.

1°FASE:COLETA

Por lei as empresas recicladoras, coletoras e produtoras de pneus são mutuamente responsáveis pela coleta do material e sua correta destinação, aqui no Paraná tem a STRASSER Reciclagem de pneus Ltda.

Uma parceria entre a STRASSER e ABIDP (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus).

A STRASSER coleta os pneus usando um sistema de pontos de coletas móveis, que acomoda esse resíduo em um ambiente fechado ao invés de deixa-lo em céu aberto o que diminui o risco da proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Também as lojas de pneus bem como os frotistas conscientes desse dever com a sociedade participam na coleta.

2°FASE:TRANSFORMAÇÃO EM CHIP DE PNEUS

É selecionado o material nobre do pneu para o asfalto borracha e desse material saem os polímeros, o que sobra é incinerado para aquecer os fornos das cimenteiras.

Podemos utilizar o chip de pneus para produzir o pó de borracha para fazer um ligante asfáltico, ou seja, nesse modo o pneu serve como aglomerante ou podemos utilizar como agregado apenas misturando-o com o cimento asfáltico tendo uma função de agregado.

3°FASE:TRANSFORMAÇÃO EM PÓ DE BORRACHA

O polímero é transformado em pó de borracha por meio de um processo totalmente automatizado para garantir melhor qualidade e agilidade na produção.

O pó que é processado é incorporado na mistura do asfalto comum

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