Historia Da Borracha

História da Borracha

A Borracha já era usada no Brasil pelos indígenas da região Amazônia, antes mesmo da chegada dos Europeus ao nosso País. Em 1525, P.d’ Anghlieria relatou ter visto índios mexicanos brincarem com uma bola feita de borracha e essa bola tinha um aspecto elástico. Em outros lugares também foram encontrados esse material, como no Haiti onde Colombo presenciou nativo brincando com bola.

A palavra borracha se originou através de sua aplicação útil na fabricação de botijas, em substituição das chamadas borrachas de couro que eram usadas no transporte de vinho, pelos Portugueses e foi em 1735 que aconteceram os primeiros estudos científicos desse produto. O estudo foi realizado pelo francês Charles de La Condamine, que levou amostra do produto conseguido no Peru, suas experiências não eram muito notadas, pois tudo que vinha dessa substancia tornava-se pegajoso no calor, era inflexível ou esfarelava-se em baixas temperaturas. O engenheiro francês C.F Fresneau estudou essa substancia com mais cuidado e conseguiu fazer um par de sapatos de seiva e impermeabilizar um sobretudo.

Muitos estudiosos se interessavam por essa substancia e queriam encontrar uma maneira de tornar esse produto mais conhecido, então o primeiro emprego industrial da borracha foi como apagador e foi Magellan quem propôs este uso. Anos depois em 1770 o inglês Joseph Priesley difundiu a produção industrial da borracha, dois anos depois começaram as vendas dos cubos desta borracha cujo recebeu o nome inglês de “Índia Rubber”, que significa “Raspador da Índia”.

Em 1839 a borracha ganhou novas formas de beneficiamento que permitiram a aplicação tecnológica e foi com a descoberta do processo de vulcanização, pelo norte americano Charles Goodyear, onde era acrescentado enxofre na borracha e o aquecimento e com isso fazia com que a mistura ganhava propriedades de resistência e elasticidade.

O ciclo da borracha no Brasil

No Brasil, a descoberta da vulcanização coincide com a descoberta dos grandes seringais nativos no Rio Perus. O primeiro movimento de imigração acontece no nordeste do Brasil , este movimento migratório quase provocou uma guerra com a Bolívia, que na mesma época tentava instalar postos aduaneiros nos rios Madeira, Purus e Jurúa. Milhares de imigrantes, principalmente nordestinos fugidos da seca na década de 1870 invadem a floresta para recolher látex e transformá-lo em borracha.

A extração dessa matéria prima resultou na morte e extinção de muitos índios, cujo tentavam defender suas terras, mas só tinham arcos e flexas para se protegerem dos seringalistas. Os que sobreviveram tiveram que suportar a exploração da mão-de-obra para recolher o látex e construir estradas.

A borracha natural foi responsável por quase cinqüenta anos pelo desenvolvimento do Brasil, naquela época a revolução industrial se expandia velozmente e o mundo vivia momentos históricos de propriedade e descobertas que refletiam em todos os setores e com isso novos mercados surgiram. A amplitude da borracha só fez enriquecer as cidades de Manaus e Belém, a capital Amazonense torna-se o centro econômico do país, grandes desenvolvimentos aconteceram por causa da borracha como sistemas de abastecimento de água, luz elétrica, telefone, grandes construções como o teatro Amazonas, até hoje símbolo de riqueza advinda da borracha.

A cidade vai crescendo e ganhando prosperidades, em 1888 quando Dunlop descobre o pneumático para bicicletas, mais tarde aplicado nos automóveis pelos irmãos Michelin, chegam ser produzidos mais de 42 mil toneladas anualmente e a produção Amazônia domina o mercado da borracha natural em 1942.

A Fordlândia

Usando terras brasileiras no final dos anos 20, o inusitado industrial norte-americano Henry Ford escolheu o Pará para ser palco de um dos seus ambiciosos projetos, Henry que foi