Perda de Carga em Tubos Lisos e Rugusos
Por: Gustavo Pereira • 21/9/2022 • Relatório de pesquisa • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 184 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
As perdas de carga são perdas de energia hidraulica que acontecem devido a
viscosidade da agua e mais algumas fatores como o atrito deste com uma camada
estacionária aderida à parede interna do tubo ou em razão da turbulência devido às
mudanças de direção do traçado. (ROCHA, 2018)
Pela afirmação acima deduzimos que a perda de carga está diretamente relacionada
com a turbulência que ocorre no conduto. Assim, é possível imaginar que, em uma
tubulação retilínea, a perda de carga seja menor se comparada com uma tubulação
semelhante, mas com uma série de peças especiais, tais como curvas, cotovelos, etc.
(BARRAL, 2019)
Existem dois tipos de perdas de carga: as distribuídas e as localizadas.
1.1 DISTRIBUÍDAS
Esse tipo de perda de carga ocorre em trechos de tubulação retilíneos e de diâmetro
constante. Ela se dá porque a parede dos dutos retilíneos causa uma perda de pressão
distribuída ao longo de seu comprimento que faz com que a pressão total vá diminuindo
gradativamente, daí o nome perda de carga distribuída. (VIANNA, 2019)
Expressão usando a fórmula universal:
𝑳 𝒗𝟐
∆𝒉 = 𝒇. (𝑫
) . (𝟐𝒈)
Onde:
Δh é a perda de carga distribuída (m);
f é o fator de atrito (adimensional);
L é o comprimento da tubulação (m);
D é o diâmetro da tubulação (m);
v é a velocidade média do escoamento (m/s);
g é a aceleração da gravidade (m²/s).
1.2 LOCALIZADAS
A perda de carga localizada ocorre em trechos da tubulação onde há presença de
acessórios, sejam eles: válvulas, curvas, derivações, registros ou conexões, bombas,
turbinas e outros. A presença desses acessórios contribui para a alteração de módulo ou
direção da velocidade média do escoamento e, conseqüentemente, de pressão no local, ou
seja, age alterando a uniformidade do escoamento. (VIANNA, 2019)
Assim sendo, há contribuição para o aumento da turbulência no fluido e essa
turbulência provoca a perda de carga. Neste caso, a perda de carga é provocada pelos
acessórios na tubulação e recebe o nome de perda de carga localizada.
A seguir, a fórmulas usada para o cálculo da perda de carga localizada em uma
tubulação (para vários acessórios), utilizando a expressão geral da perda de carga
localizada, sendo ela:
𝑽
𝟐
∆𝒉 = 𝑲. (𝟐𝒈)
Onde:
K é um coeficiente (adimensional) e será estudado em várias situações, a seguir;
V é uma velocidade de referência (m/s);
g é a aceleração da gravidade (m²/s).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Os escoamentos são o que ocorrem envoltos por superfícies sólidas. Escoamento em
canal aberto: Escoamento interno de líquidos onde o duto não fica completamente
preenchido, havendo uma superfície livre sujeita a uma pressão constante. Quando temos o
fluido escoando no interior de um tubo, temos um escoamento em conduto fechado.
Hidraulicamente liso - este regime de escoamento é estabelecido para uma faixa de
número de Reynolds variável, onde o limite inferior depende da turbulência natural e o
limite superior depende da rugosidade da parede. O escoamento no interior do tubo é
turbulento, porém existe próximo a parede interna, devido ao princípio de aderência, uma
subcamada (ou subníveis) laminar, que cobre a rugosidade da parede. Neste caso a parede é
denominada de hidraulicamente lisa e o “ f não depende” do material da tubulação.
Hidraulicamente rugoso - este regime de escoamento é estabelecido quando a
rugosidade da parede torna-se maior que a espessura da subcamada (ou subníveis) laminar .
Neste tipo de escoamento o diagrama de velocidade aproxima-se do estabelecido para o
escoamento ideal, como mostra a figura 1.
Figura 1 - Representação de um tubo rugoso
Fonte: Escola é vida
Para o escoamento hidraulicamente rugoso o “f” depende somente do parâmetro
denominado rugosidade relativa equivalente, que é um adimensional calculado pela
expressão representada pela equação.
πi = Δh/K => rugosidade relativa equivalente
Assim para determinar as perdas de carga, existem dois tipos: as distribuídas e
localizadas, depois de definas será possível calcular as perdas em cada situação.
3. METODOLOGIA
Com o auxilio da bancada didática (figura 1) foi realizado o experimento,
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