Ponte Estaida
Artigos Científicos: Ponte Estaida. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Risielli • 13/8/2013 • 816 Palavras (4 Páginas) • 631 Visualizações
Desde tempos primórdios o homem procura superar barreiras em busca de sustento ou abrigo. A ideia de ultrapassar um vão por meio de cabos ou correntes que partem de uma torre de sustentação é muito antiga, surgindo às primeiras tentativas ao imitar troncos de árvores caídos sobre os rios de forma natural. Dessa forma originou-se o que atualmente denomina-se “ponte”.
Logo que se formaram comunidades civilizadas, as construções de pontes se aprimoraram, evoluindo artisticamente com utilização de madeiras ou cordas, na forma de vigas, sendo vigas escoradas e/ou vigas armadas simples.
Numa escala de evolução em espiral, os chineses, romanos e turcos desenvolveram várias modelos de pontes para atravessar obstáculos. No entanto, a erupção das ferrovias tornou necessário a construção de grandes pontes para suportar cargas pesadas. Então, a partir de 1900, começaram a surgir pontes de concreto, substituindo a pedra como material de construção.
Em 1912, apareceram as pontes em vigas e pontes em pórtico. Simultaneamente, as pontes em arco de concreto atingiram dimensões cada vez maiores. Em paralelo com o desenvolvimento tecnológico das pontes, nota-se a tímida e potente Ponte Estaiada. Caracterizada como uma ponte suspensa por cabos, constituída de um ou mais mastros, onde partem cabos de sustentação para os tabuleiros que proporcionam a circulação de veículos.
A partir de 1940 pontes e passarelas sustentadas por cabos de aço, os estais, foram erguidas em todo o mundo para vencer médios e grandes vãos. Mas nos últimos anos, esse sistema construtivo vem apontando no Brasil como principal tendência para a construção de pontes e viadutos, em detrimento das pontes pênseis e fixas. As razões para isso vão desde a maior preocupação dos administradores públicos com o impacto estético desses grandes elementos na estética das cidades, ao aperfeiçoamento da tecnologia, que culminou em aços de alta resistência, estais e ancoragens mais avançados, bem como softwares que facilitaram e análise das estruturas.
Com o passar do tempo, as pontes e viadutos estaiados ficaram mais esbeltos e flexíveis. Inicialmente, essas obras de arte possuíam poucos estais muito espaçados, suportando tabuleiros rígidos. Em seguida as pontes começaram a apresentar um grande número de estais e o espaçamento entre eles diminuiu. Neste caso, o tabuleiro possui um comportamento similar a uma viga apoiada em apoios elásticos, conduzindo a uma baixa rigidez e à flexão do tabuleiro.
Enquanto uma ponte fixa requer uma estrutura de suporte muito maior, e uma pênsil necessitaria de exacerbada elaboração de cabos, a ponte estaiada se torna a alternativa ideal por ser intermediária a estas.
No entanto deve-se atentar ao problema fundamental da ponte estaiada, e preveni-lo. Sendo o mesmo a determinação das forças de implantação tanto final quanto durante a montagem necessariamente esta relacionada à ação direta do carregamento permanente mais a interação com a deformabilidade do estaiamento, incluindo o sistema tabuleiro e torre.
O engenheiro Ubirajara Ferreira da Silva, projetista estrutural e vice-presidente da Associação Brasileira de Pontes e Estruturas, conta que, em geral, esse tipo de ponte é eficiente para vãos acima de 200 m, mas não é indicado quando o traçado da rodovia exige curvas acentuadas e rampas íngremes.
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