Produção acadêmica científica
Por: mariliagasp • 24/9/2018 • Projeto de pesquisa • 1.142 Palavras (5 Páginas) • 172 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
PRODUÇÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICA
GABRIEL MAZEO
MARILIA GASPARETTI
ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA – A DEFASAGEM NA ENGENHARIA
Bagé
2018
A DEFASAGEM NA ENGENHARIA
O progresso econômico das nações tem como causa determinante a engenharia. O contraste na balança comercial em um universo globalizado se dá pela produção e criação de bens de grande valor. A quantidade, a qualidade e a existência de profissionais de Engenharia são elementos que influenciam na capacidade de inovação. Devida à rápida evolução da tecnologia e o constante desuso das mesmas, o desenvolvimento do engenheiro deve visar os conteúdos principais, instruindo-o a se adequar de forma rápida as novas técnicas e aos novos conhecimentos.
Por este motivo, a redução das especialidades é uma política profissional não desejável. É necessário estabelecer uma nova política para o corpo docente das instituições de engenharia, além de ser fundamental rever os currículos e as formas de integrar os conhecimentos mercadológicos, científicos, econômicos e tecnológicos.
A inovação é um procedimento que necessita de gestão específica, grande interação social, aplicação de capital e acúmulo do conhecimento. Já a inovação tecnológica necessita das “demandas sociais (uma vez que a tecnologia se caracteriza por atender a um mercado demandante e à cultura de um povo que exige maior qualidade e inovação dos produtos ofertados)” (ESTADÃO, 2012, n.p.), bem como das já existentes tecnologias e dos conhecimentos científicos acessíveis.
Aplicar somente em ciência não faz com que a inovação progrida, já que a inovação tecnológica não é uma mera utilização da ciência. É na união eficaz entre os três componentes citados anteriormente, que se torna produtiva a geração da inovação.
Assim como os profissionais da área tecnológica os engenheiros são formados para que seja atendida as demandas sociais, onde são indispensáveis estas práticas e conhecimentos.
A tecnologia não pode ser resumida apenas como domínio de técnicas, ela abrange atributos que estão nas pessoas e o conhecimento. Portanto, não se pode simplesmente transferir essa cultura de inovação tecnológica em um processo comercial. Por isso, é necessário aprimorar sua base cultural de inovação tecnológica. Esse processo não é fácil, pois necessita de uma mudança desde a educação básica até a formação de profissionais de alto nível. Assim, para que se tenha um desenvolvimento tecnológico bem sucedido é necessário direcionar e avaliar a formação dos engenheiros para que se tenha um pilar competente e adequado.
Dos quatro maiores países que estão em crescimento, ou seja, os países emergentes (BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China) o Brasil está abaixo da média quando o assunto é desenvolvimento. Esta é uma péssima notícia, pois sabe-se que a força da Engenharia está ligada diretamente à competitividade industrial e a capacidade de inovação tecnológica. Não somente, o Brasil é o que possui o menor número de concluintes anuais quando o assunto é Engenharia. Por conta dessa realidade, tem-se que a produção científica no Brasil é muito inferior quando comparada aos demais países.
Apenas um terço dos engenheiros Brasileiros atua diretamente em sua área de formação, o restante ou seguem para outros ramos da economia ou seguem para carreira docente. Estes que seguem para a área docente, muitas vezes, não mantêm outras atividades empresariais e acabam assim, limitando seus conhecimentos para apenas o círculo acadêmico.
Profissionais que são titulados como doutores são aqueles que se preparam ao longo de sua formação para a tecnologia especializada e para a pesquisa científica. Estes são de suma importância para o desenvolvimento de tecnologias que são baseadas nos processos do setor P&D (pesquisa e desenvolvimento) das empresas.
Enquanto as companhias não optam pela contratação de mestres e doutores, as instituições de ensino superior (IES) são coagidas pelas avaliações governamentais para que haja um constante crescimento em relação à titulação do corpo docente. Este fato está ocasionando a contratação de profissionais bem titulados, mas, muitas vezes, sem terem experiências profissionais no mercado de trabalho, o que prejudica o próprio ensino, pois dificulta a conexão entre teoria e prática.
Com isso, restam apenas duas opções para os profissionais recém formados: permanecer na vida acadêmica, ou seja, continuar sua formação até o nível de doutorado ou ingressar em um mercado de trabalho que não apoia e nem valoriza a formação de seus profissionais.
Além do baixo número de engenheiros formados no país ser um problema junto a excessiva e adiantada especialização, a própria qualidade dos cursos de Engenharia no Brasil, com algumas exclusões, vem sendo questionada.
A péssima qualidade da educação brasileira básica é apontada, por muitos, como sendo a causadora disto. Contudo, mesmo que isso seja verdade, o problema não pode ser ignorado. A qualidade dos formandos em Engenharia é um problema que exige uma análise mais ampla.
No Brasil (e não só aqui), o ensino de Engenharia enfrenta duas problemáticas que danificam a participação mais eficiente das Engenharias em projetos tecnológicos inovadores com conteúdo cientifico.
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