Produção de significados para a derivada
Tese: Produção de significados para a derivada. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1009 • 25/8/2013 • Tese • 1.553 Palavras (7 Páginas) • 317 Visualizações
O ENSINO DO CONCEITO DE DERIVADA SUGERIDO POR ALGUNS
TRABALHOS E LIVROS DIDÁTICOS
Neste capítulo, faço um levantamento da maneira pela qual o conceito
de derivada é abordado por alguns autores de livros didáticos, e também
aponto alguns trabalhos publicados relativos à introdução desse conceito, que
propõem diferentes abordagens e escolhas pedagógicas, em diversos
contextos e perspectivas.
CASSOL, Armindo.
Produção de significados para a derivada: taxa de
variação
. Rio Claro, 1997.Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) -
IGCE , UNESP.
Em seu estudo, o autor aponta conclusões relativas ao processo de
ensino e aprendizagem da derivada, examinando significados que podem a ela
ser produzidos neste processo: a derivada como um limite, derivada como
declividade de reta tangente, derivada como resultado da aplicação de uma
fórmula, derivada como velocidade e derivada como taxa de variação
Segundo o autor, a derivada como resultado de uma operação mostrou-
se como um dos significados mais freqüentes entre três grupos de alunos.
Dentre estes, dois, após terem cursado a disciplina onde a derivada foi objeto
de ensino; no terceiro grupo, foram examinados quais e como se deu a
produção dos significados supra citados.
Além disso, o autor examina alguns livros didáticos que tratam de
derivada e observa que o significado geométrico da derivada é apresentado na
maioria deles, mas as compressões dos estudantes são diversas, chegando a
atribuir à derivada seu significado como reta tangente, e a afirmar a existência
de derivada em pontos onde não é possível traçar uma reta tangente ou em
pontos onde a função não é derivável.
Para Cassol, o significado mais abrangente para derivada é como taxa
de variação instantânea, mas observa que na prática,
“foi muito difícil fazer uso
deste significado para expressar descrições de fenômenos. Uma vez
constatado que a descrição de um problema exigiria uma derivada, o aluno
lamenta-se: ‘se eu conseguisse a função...’ ”.
E acrescenta que
“ ...a exigência
que se faz para que a derivada represente variações instantâneas não é viável
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ao aluno pela definição mesmo que “vejam” alguma ligação. Seqüências de
operações para obter a derivada não parecem indicá-la como uma variação.
Toda vez que houve indicações da necessidade da derivada no texto de algum
problema o aluno procurou acréscimos, diferenças de acréscimos e limites”.
VILLARREAL, Mónica Ester.
O pensamento matemático de estudantes
universitários de Cálculo e tecnologias Informáticas.
Rio Claro, 1999.
Tese (Doutorado em Educação Matemática) – IGCE, UNESP.
A autora apresenta suas compreensões sobre processos de
pensamento matemático de três duplas de estudantes de graduação em
Biologia, na disciplina Cálculo Diferencial e Integral, que trabalham em
ambiente computacional, abordando questões matemáticas relacionadas ao
conceito de derivada. Ela conclui que:
“o pensamento matemático é permeado
e reorganizado pelas mídias utilizadas, que constituem, com as estudantes e a
pesquisadora, uma ecologia cognitiva particular; as estudantes desenvolvem
abordagens tanto visuais quanto algébricas no ambiente computacional,
sugerindo a necessidade de coordená-las para superar uma dicotomia
visual/algébrico; jogos de conjecturas e refutações caracterizam os processos
de pensamento matemático das estudantes que não seguem caminhos
lineares, mas em rede”
e acrescenta que
“tais aspectos sugerem a
necessidade de repensar o ensino do Cálculo, a partir de uma visão de
conhecimento como rede de significados que desafia a vigência da visão
cartesiana”.
Apresento a seguir, um levantamento sobre a abordagem feita do
conceito de derivada pelos autores de 8 livros didáticos. Foram escolhidos
livros considerados “mais teóricos” destinados à cursos que privilegiam um
maior aprofundamento em conceitos de Matemática, como por exemplo:
Spivak, Moise e Guidorizzi. Também foram examinados livros “mais técnicos”,
destinados à cursos que privilegiam aplicações do conceito de derivada
SPIVAK, Michael.
Calculus: Cálculo Infinitesimal
. Barcelona, Editorial
Reverté
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