Práticas de TI verdes
Projeto de pesquisa: Práticas de TI verdes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AlanBarbosa • 19/5/2014 • Projeto de pesquisa • 2.583 Palavras (11 Páginas) • 525 Visualizações
1. Introdução
A sigla "TI" é um acrônimo de Tecnologia da Informação, que pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. A TI ganhou importância quando as empresas modernas perceberam que as informações que detém fazem parte de seu patrimônio e que o modo como uma implementação informacional é efetuada em sua estrutura pode moldar toda a empresa.
Segundo os estudos formulados pelo Sebrae em 2000, a TI quando bem utilizada, traz vantagens às pequenas empresas que, com a sua adoção, diminuem custos, aumentam sua produtividade e melhoram a qualidade de seus serviços.
Assim como outras atividades humanas, a TI provoca impactos no meio ambiente sendo tanto pela demanda de energia elétrica quanto pelos materiais utilizados na fabricação do hardware. Neste contexto, existem empresas que adotam as ações de TI Verde suportando os negócios e outras que oferecem as soluções.
Paralelamente ao desenvolvimento, a sustentabilidade ganha destaque a partir da década de 1980 com o Relatório de Brundtland (fonte: ONU, 1987), pois o rápido crescimento populacional acabou gerando uma grande dependência humana de energia fóssil, o que agride o meio ambiente de tal forma que os danos causados por ações antrópicas ao longo dos anos são praticamente irremediáveis na atualidade.
Assim, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento econômico são recorrentes e se inserem em todos os segmentos da sociedade. Com a participação ou ativa ou como expectador das mudanças, todos participam direta ou indiretamente das ações que podem ser nomeadas como TI Verde.
Neste sentido, o mundo corporativo começa a adotar e, principalmente, criar ações para atender as necessidades de um negócio sustentável. Um exemplo é o Índice de Sustentabilidade Empresarial, criado como uma ferramenta de análise comparativa de empresas sob o aspecto da sustentabilidade corporativa com base na eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa (fonte: BM & FBOVESPA, 2005) que impulsionam a adoção das ações propostas como TI Verde. As empresas com os melhores índices, possuem vantagens econômicas como facilidade de créditos e uma melhor imagem frente à sociedade, impulsionando as ações de marketing.
A Symantec Corp® revela que a TI Verde agora é essencial e faz parte do planejamento das empresas, segundo os próprios executivos de TI. Os dados revelam que 45% dos executivos entrevistados mostram que existem iniciativas em termos de TI Verde implementadas, principalmente para a redução do consumo energético e custos de resfriamento de equipamentos. (fonte: CUPERTINO, 2009).
A importância para os negócios, sociedade e futuro do planeta faz com que a TI Verde ganhe cada vez mais espaço e destaque para a comunidade técnica (profissionais de TI) que, através de pesquisa e desenvolvimento, atuarão diretamente no sucesso e na inovação tecnológica que auxilie o desenvolvimento sustentável.
2. As Práticas de TI Verde
As práticas de TI Verde podem ser divididas em três níveis:
TI Verde de incrementação tática:
Não modifica a infra-estrutura de TI nem as políticas internas, apenas incorpora medidas de contenção de gastos elétricos excessivos. São exemplos, o uso de monitoramento automático de energia disponível nos equipamentos, o desligamento dos mesmos nos momentos de não-uso, a utilização de lâmpadas fluorescentes e a otimização da temperatura das salas. Estas medidas são simples de serem implementadas e não geram custos adicionais às empresas.
TI Verde Estratégico:
Exige a convocação de uma auditoria sobre a infra-estrutura de TI e seu uso relacionado ao meio-ambiente, desenvolvendo e implementando novos meios viáveis de produção de bens ou serviços de forma ecológica. São exemplos, a criação de uma nova infra-estrutura na rede elétrica visando à sua maior eficiência e sistemas computacionais de menor consumo elétrico (incluindo novas políticas internas e medidas de controle de seus descartes). Além da preocupação com a retenção de gastos elétricos, o marketing gerado pelas medidas adotadas pela marca é também levado em consideração.
Deep IT (TI Verde "a fundo"):
Mais amplo que os dois primeiros, incorpora o projeto e implementação estrutural de um parque tecnológico visando a maximização do desempenho com o mínimo gasto elétrico; isto inclui projetos de sistemas de refrigeração, iluminação e disposição de equipamentos no local com base nas duas primeiras estruturas anteriores (o que demanda um custo muito maior que as duas primeiras).
Sendo simples a implementação do TI Verde Tático (com vantagens significativas, porém limitadas), podemos observar a redução do consumo energético com o desligamento dos monitores em desuso - que representam 50% do total dos gastos elétricos quando o mesmo é de CRT e 30% ou menos quando são de LCD (fonte: PRADO, 2005).
Um exemplo efetivo de práticas de TI Verde Estratégico foi implementado pelo Banco Real no o ProjetoBlade PC, aplicado em 2007: o Banco substituiu 180 computadores convencionais por 160 Blade PCs, equipamentos que possibilitam ficar na mesa do usuário apenas o teclado, o mouse, o monitor e uma pequena caixa responsável pela conexão destes periféricos com o Blade PC. Como resultado, houve redução estimada de 62% da energia elétrica consumida pelos computadores e 50% da energia consumida pelo ar condicionado utilizado na Mesa de Operações; a economia estimada é de US$ 355 mil em 4 anos pela redução do número de micros; a manutenção mais barata dos mesmos, o gerenciamento centralizado e a facilidade de mudança de layout representam uma estimativa de economia de US$ 300 mil em 4 anos (fonte: YURI, 2008).
No nível mais radical, o Deep IT, temos como exemplos as seguintes empresas:
Google: pratica ações que incluem desde o planejamento de seu datacenter à locomoção dos funcionários com veículos híbridos e o consumo de energia alternativa como a solar;
Yahoo: com plano ambiental agressivo que inclui desde a construção de datacenters com produção de acordo com as normas e exigências ambientais, o uso da virtualização de servidores, a gestão do consumo elétrico gerado pelo resfriamento de seus equipamentos até a extensão de medidas para o cotidiano
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