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Por que a Argentina não se desfez do currency board antes da deterioração das condições que pudessem sustentar o regime, ou seja, antes de seu fracasso?

Em 1989, com a eleição de Menem para a presidência da Argentina e logo em seguida a nomeação de Domingos Cavallo para atuar no Ministério da Economia a Argentina da um passo para fugir da Crise que há muito tempo assolava aquele país. Com sua proposta de reformas politicas Menem juntamente com Cavallo adotam o Plano de Conversibilidade, este Regime consiste em Currency Board (Método de administração monetária em que um país só pode emitir moeda quando possui reservas em igual valor de moeda estrangeira. É um sistema que parte da ideia da conversibilidade - ou seja, da possibilidade de trocar moeda nacional por dólar ou outra moeda forte). Com o cambio fixado na livre conversão de um Peso por Dólar a Argentina então obteve resultados na queda e na estabilidade da inflação bem como a valorização da taxa de câmbio real, o fortalecimento das importações e o enfraquecimento das exportações, gerando maior aumento de capitais instáveis e especulativos, sendo vulnerável frente às crises externas, o aumento do desemprego, da concentração de renda e da pobreza.

Concluímos que O currency board abaixou e nivelou a inflação argentina, porém associado à abertura comercial, a discrepância de preços relativos entre o dólar e as outras moedas e a alta valorização cambial a Argentina então perdeu competitividade e estimulou as importações e reprimi as exportações, tornando se dependente de capitais especulativos de prazo curto para financiar o saldo da conta corrente, tornou-se mais vulnerável às crises externas, gerando grande aumento do desemprego e piorando o quadro social do país.

Acredito que a Argentina não se desfez do Regime de Currency Board antes do fracasso tendo em vista que por um período ela estabilizou a inflação e houve certo crescimento em sua economia, até porque ela tinha apoio do FMI, que posteriormente havia lhe avisado sobre os riscos desse regime, mas apoiando em seguida após ver que a Argentina teria estabilizado sua economia, o que firmou até o acordo de Blindagem Financeira o que permitiu a Argentina contratação de recursos para pagamento da divida publica, contudo o novo Governo de De La Rua em 1999 enfrentou a recessão ainda mais acentuada e novamente recorreu ao FMI que agora não mais os apoiaria a Argentina, negando assim os novos empréstimos fazendo com que a Argentina entrasse em recessão agora ainda mais grave.