REDUÇÃO DE CUSTO NO PROCESSO POR ESTAMPAGEM NA FABRICAÇÃO DE DOBRADIÇA
Exames: REDUÇÃO DE CUSTO NO PROCESSO POR ESTAMPAGEM NA FABRICAÇÃO DE DOBRADIÇA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gersonantunes • 28/8/2014 • 4.204 Palavras (17 Páginas) • 1.151 Visualizações
REDUÇÃO DE CUSTO NO PROCESSO POR ESTAMPAGEM NA FABRICAÇÃO DE DOBRADIÇA
Autores: Magdiel de O. Moreira2, Fabio de O. Lopes3, José A. B. da Silva4 e Luiz A. P. Junior5.
Orientador: Haroldo Hasegawa6.
RESUMO
As empresas do segmento automotivo estão utilizando cada vez mais o processo de estampagem em seus produtos, em virtude deste processo oferecer altos níveis de produtividade, velocidade e precisão uniforme. Este artigo tem o intuito de propor redução dos custos através do processo de estampagem e melhor aproveitamento da matéria prima (redução de sucata). O estudo é realizado em uma empresa de médio porte localizada em Sorocaba, São Paulo, que utiliza o processo de estampagem desde 2008. O processo será analisado desde a aquisição da matéria prima até a entrega da peça pronta para o setor de montagem. Serão utilizadas pesquisas bibliográficas e observações em campo, quantificando os resultados para análise.
Palavras chaves: Estampagem, redução, custo e sucata.
1 INTRODUÇÃO
Motivado pela busca incessante das indústrias em minimizar os custos e melhorar o aproveitamento dos recursos, o objetivo deste artigo foi estudar reduções de custo e tempo de produção no processo por estampagem.
Este trabalho é fundamentado em preceitos básicos de um problema comum em empresas para criar um processo a fim de melhorar o aproveitamento da matéria prima, minimizando ao máximo a quantidade de sucata gerada no processo e, consequentemente, alcançar melhores resultados de produtividade e utilização de recursos, refletindo diretamente nos custos. Estampagem de metais é um processo no qual as chapas planas de metal são precisamente moldadas em uma prensa com formas pré-definidas. Essas prensas são capazes de produzir peças bidimensionais e tridimensionais. Os métodos de estampagem de metal produzem grandes volumes de produtos e peças com precisão uniforme em alta velocidade e baixo custo. A estampagem pode ser classificada em: operações de corte por cisalhamento, puncionamento, recorte de sobras, corte em blank e repasse.
Devido às suas características, este processo de fabricação é apropriado, preferencialmente, para as grandes séries de peças, obtendo-se grandes vantagens, tais como: alta produção, redução custo por peça, bom acabamento, não necessitando processamento posterior, maior resistência das peças devido à conformação, que causa o encruamento no material, baixo custo de controle de qualidade devido à uniformidade da produção e a facilidade para a detecção de desvios. Como principal desvantagem deste processo, podemos destacar o alto custo do ferramental, que só pode ser amortizado se a quantidade de peças a produzir for elevada.
Para o estudo de caso, o processo será analisado a partir da colocação da bobina de metal em uma desbobinadora para abastecer a Prensa Niagara de 500 TON, que necessita de apenas um funcionário para operá-la, sendo que a chapa de metal passa por punções (etapas) na máquina para que o produto final seja alcançado. Não somente no objeto em questão, mas em qualquer empresa de estampagem o acumulo de sucata está precisamente ligado à configuração da ferramenta de estampagem, quantidade de etapas para conformar uma única peça e as tolerâncias estabelecidas no produto final.
A pesquisa será desenvolvida através de análises no processo de fabricação da empresa. As informações serão obtidas através de sites, livros, revistas e artigos, a fim de analisar o processo para reduzir os custos e tempo de produção, através da utilização mais adequada do processo de estampagem, operações e mão de obra.
A justificativa principal para este artigo é a redução dos custos com matéria prima e tempo de produção por peça, pois estes custos se refletem diretamente nas margens de lucros, além disso, o estudo também foca em minimizar ao máximo a quantidade de sucata, melhorar os índices de produtividade (peças produzidas / tempo total de produção) e aumentar a qualidade do produto.
Como benefícios indiretos são considerados, uma melhor utilização do espaço físico próximo à prensa (linha de produção), diminuição da movimentação de empilhadeiras no setor produtivo para a remoção das sucatas, ambiente visual mais agradável para trabalhar e motivação das pessoas envolvidas no processo.
Para tanto, a pesquisa desse artigo foi embasada pelo método cientifico e exploratório baseado em um estudo de caso em uma empresa de estampagem localizada na região de Sorocaba-SP, técnicas e ferramentas de pesquisa teórica e experimental.
O método científico pode ser definido como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em uma investigação científica com o intuito de obter resultados o mais confiáveis quanto for possível.
Para elaboração deste artigo, foi utilizado o método da pesquisa descritiva, que tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e validação de conteúdo.
A coleta de dados para este estudo foi feita mediante análise de documentos internos da empresa, questionários realizados com os operadores da prensa e o supervisor do setor, depoimentos pessoais, observação espontânea, observação participante e análise de artefatos físicos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Mercado de Aço no Brasil
Este artigo trata de uma melhoria no processo de estampagem mecânica em chapas de aço, para tal, vamos entender um pouco sobre a origem do aço no Brasil e o mercado de aço no Brasil.
Quando as terras brasileiras foram descobertas, as práticas mercantilistas imperavam na Europa. Os portugueses chegaram ao Brasil com a esperança da extração de metais como ouro, prata e bronze. No entanto, nenhum tipo de metal, nem mesmo ferro, foi encontrado em um primeiro momento. Os poucos ferreiros que vieram para o Brasil utilizavam o ferro originário da Europa para produzir os instrumentos usados na lavoura. Em 1554, o padre jesuíta José de Anchieta relatou, em um informe ao rei de Portugal, a existência de depósitos de prata e minério de ferro no interior da capitania de São Vicente (atual estado de São Paulo).
De acordo com o Instituto Aço Brasil (2013) quem primeiro trabalhou na redução desse minério de ferro foi Afonso Sardinha. Em 1587, ele descobriu magnetita na atual região de Sorocaba, no interior de São Paulo,
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